Menu principal

Reforma de um relógio... até onde ir, eis a questão...

Iniciado por Paulo Sergio, 24 Junho 2012 às 11:24:05

tópico anterior - próximo tópico

Paulo Sergio

Olá amigos...
Sei que o tema já foi discutido por aqui!!!  ;) ;) ;)
Contudo, inspirado nas assertivas de dois amigos do Fórum:

edulpj: "Não pretendo executar nenhuma restauração daquelas de deixar "zerobala". As marcas do tempo contam a história do objeto e essas marcas foram feitas por meu pai. Não quero perder nenhuma delas..."; e

Paulistano: "sim amigo, deixe-o com as marcar do tempo....era do seu pai!"

Tomo a liberdade de perguntar:
Até que ponto deve ir uma restauração?
Tudo "novo"?
Somente algumas "partes"?
Até onde o dinheiro "aguenta"?  ;D ;D ;D

Abraço
Paulo Sergio

Abraço
Paulo Sergio

edulpj

Citação de: Paulo Sergio online 24 Junho 2012 às 11:24:05
Olá amigos...
Sei que o tema já foi discutido por aqui!!!  ;) ;) ;)
Contudo, inspirado nas assertivas de dois amigos do Fórum:

edulpj: "Não pretendo executar nenhuma restauração daquelas de deixar "zerobala". As marcas do tempo contam a história do objeto e essas marcas foram feitas por meu pai. Não quero perder nenhuma delas..."; e

Paulistano: "sim amigo, deixe-o com as marcar do tempo....era do seu pai!"

Tomo a liberdade de perguntar:
Até que ponto deve ir uma restauração?
Tudo "novo"?
Somente algumas "partes"?
Até onde o dinheiro "aguenta"?  ;D ;D ;D

Abraço
Paulo Sergio



Durante muito tempo, Paulo, foi minha maior dúvida... Sou totalmente neófito nessa arte de restaurar relógios, mas já restaurei arma, carro, bicicleta, móveis e mais um monte de coisas que não lembro agora... A rigor, existem três operações que podem ser feitas com QUALQUER objeto e não só relógios. E muita gente confunde os conceitos...

1) Restauração: É a operação mais complexa e delicada. Presume a renovação completa do objeto, preservando a originalidade até mesmo de época de peças. Exemplificando: Se você restaura um carro antigo e sente que é necessário trocar as rodas, pra poder chamar de restauração, é necessário trocar as rodas do carro por rodas originais fabricadas NA MESMA ÉPOCA.

2) Recuperação: É uma restauração mais light... São aceitos componentes de melhor importância modernos. Exemplificando: Parafusos em bicicletas, freqüentemente enferrujam e ficam inúteis. Na restauração seria necessário comprar parafusos de época. Na recuperação podem ser parafusos modernos. Recuperei há alguns anos uma Philips inglesa, aro 28". Coloquei raios de aço inoxidável nas rodas, o que não existia na original.

3) Reforma: Só há preocupação com a FUNCIONALIDADE, ou seja, a operação visa permitir que o objeto funcione corretamente, mesmo que para isso seja necessário até mudar parcialmente o visual original.

Como contei aqui no fórum algum tempo atrás, mandei pro J. Carregalo, um Tissot Militar que pertenceu ao meu sogro. A coroa dele, tem a letra OMEGA em alto relevo... Segundo o Sr. Carregalo, seria necessário substituir a coroa por outra original, pois aquela CERTAMENTE teria sido alterada...

Minha decisão, foi deixar a coroa Omega lá mesmo, pois essa substituição, caso realmente tenha ocorrido, é uma das marcas do tempo.

Acredito que quando se trata de objeto que tenha valor sentimental, devemos preservar as marcas...

Paulo Sergio

Boas as suas colocações amigo...
Creio que muito desse trabalho, misto de sentimentos e valores, mude a cada momento...
Vamos ver o que os outros amigos dizem!!!  ;) ;) ;)
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

Filipeandrade

Meu pensamento é exatamente como a do amigo Eduardo!

Como sou pobre e muito jovem, não tenho dinheiro para relógios novos, e aprecio grandes marcas ;D ;D, e gosto de coisas antigas feitas para durar. Ok, vamos para os vintages 8).

Todo relógio que tenho, tem uma historia, vem dos avôs, das gavetas antigas ou até mesmo de baus, guardados por anos.

Por mais que apreciamos coisas mais novas, algumas partes dos relógios tendem a sofrer ação do tempo,(embelezando o mostrador e ponteiros)

O único porem é o envelhecimento por igual dos mostradores. Se tornão mais belos e únicos. Quando olho para alguns modelos, a imaginação vai longe. hehe

Assim que penso

Abs

Filipe.

Doce é a vida do operário que se basta a si próprio;
  Vivendo assim, encontraras um tesouro!

Alberto Ferreira

Salve!

Bem,...
Como eu até já comentei aqui em outras oportunidades eu vejo a coisa de três maneiras, e de pontos de vista diversos.

Sem propriamente entrar no mérito de como chamar a operação, se restauração, se conserto, se recuperação, etc.

Eu vejo três vertentes...
A que eu chamo de "ética", a estética, e a funcional.

Na primeira, a ética, estão aquelas peças de valor sentimental, ou "histórico" (para cada um de nós). Aqui, são mantidas as "marcas do tempo" e a intervensão é a mínima possível.

Na segunda, a estética, a peça volta a ter o seu aspecto de "novo", trocando que for possível e cabível. Para ficar "bonita".

E na última, a funcional, trata-se mesmo de um conserto, onde e como for possível.

Abraços a todos,
Alberto

Adriano

Acho que a opinião pessoal prevalesce. Em segundo, se há alguma relação histórica pessoal entre o relógio e suas marcas, e você. Reformar um relógio que foi uma herança de família é uma coisa, reformar o mesmo relógio comprado em uma feirinha, é outra totalmente diferente e merece abordagens diferentes. Penso eu...

A questão da restauração, reforma, etc., é até que ponto ela esbarra na preservação da originalidade e eventualmente o valor comercial do bem.


Aqui a minha opinião: máquina, caixa e mostrador são peças muito relevantes, com grande peso na avaliação da originalidade. Essas são peças que procuro manter o mais originais possíveis desde que em condições de uso. Coroas, pulsadores, juntas e vidros, considero peças funcionais e que precisam ser trocadas, desde que por novas originais. Até ponteiro, principalmente em cronógrafos, pois são peças funcionais, acima da estética.

Eu não suporto relógio com cara de sucata. Não consigo usar relógio com cara de estragado. Por isso sempre restauro meus relógios, procurando preservar mostrador, mecanismo e caixa. Aliás, se isso estiver além da possibilidade de restauro, já nem cogito a aquisição.

Mas ainda acho que cada caso é um caso. Não há como estabelecer regra. Há relógios nos quais qualquer modificação é um pecado. Mais vale tê-lo envelhecido e às vezes até parado. Há outros em que uma restauração completa, até com peças não originais, não tem relevância alguma, quando o relógio não tem importância histórica nem pessoal.

Abraços!

Adriano

edulpj

Citação de: Adriano online 24 Junho 2012 às 17:07:01
Acho que a opinião pessoal prevalesce. Em segundo, se há alguma relação histórica pessoal entre o relógio e suas marcas, e você. Reformar um relógio que foi uma herança de família é uma coisa, reformar o mesmo relógio comprado em uma feirinha, é outra totalmente diferente e merece abordagens diferentes. Penso eu...............................................................

Adriano

Perfeita análise!!!

FALCO

Eu acho que o mais importante na reforma de um relógio, para poder decidir o nível de "intrusão", é saber se as peças necessárias estão disponíveis para compra e se você tem acesso a um profissional capaz de realizar esta tarefa de acordo com suas expectativas.
Devo dizer que minha expectativa é alta quanto à qualidade e resultado final de qualquer serviço, mais do que a média, pelo que acompanho dos relatos e das opiniões publicadas aqui no forum.
Na minha experiência, já sofri nos dois problemas que relatei, tanto já fiquei mais de ano atrás de uma peça específica para finalizar um projeto quanto já tive relógios arrasados e grande prejuízo por incompetência e inoperância do relojoeiro escolhido.
Então seria, deixar o mais novo e original possível diante dos recursos disponíveis.
FRM: contra argumentos, não há fatos !!!

BigPaul

Citação de: Adriano online 24 Junho 2012 às 17:07:01
Acho que a opinião pessoal prevalesce. Em segundo, se há alguma relação histórica pessoal entre o relógio e suas marcas, e você. Reformar um relógio que foi uma herança de família é uma coisa, reformar o mesmo relógio comprado em uma feirinha, é outra totalmente diferente e merece abordagens diferentes. Penso eu...

A questão da restauração, reforma, etc., é até que ponto ela esbarra na preservação da originalidade e eventualmente o valor comercial do bem.


Aqui a minha opinião: máquina, caixa e mostrador são peças muito relevantes, com grande peso na avaliação da originalidade. Essas são peças que procuro manter o mais originais possíveis desde que em condições de uso. Coroas, pulsadores, juntas e vidros, considero peças funcionais e que precisam ser trocadas, desde que por novas originais. Até ponteiro, principalmente em cronógrafos, pois são peças funcionais, acima da estética.

Eu não suporto relógio com cara de sucata. Não consigo usar relógio com cara de estragado. Por isso sempre restauro meus relógios, procurando preservar mostrador, mecanismo e caixa. Aliás, se isso estiver além da possibilidade de restauro, já nem cogito a aquisição.

Mas ainda acho que cada caso é um caso. Não há como estabelecer regra. Há relógios nos quais qualquer modificação é um pecado. Mais vale tê-lo envelhecido e às vezes até parado. Há outros em que uma restauração completa, até com peças não originais, não tem relevância alguma, quando o relógio não tem importância histórica nem pessoal.

Abraços!

Adriano


Adriano eu ja tive varios vintages restaurados e sempre preservando a originalidade dos mostradores por exemplo e caixa, o maximo que eu mandava fazer era troca do cristal e recupeaçao as vezes da maquina mas com o tempo acabei me desfazendo de todos eles, pois muitos apresentavam ferrugem nos mostradores, imperfeições etc, e é aquela velha historia se voce restaura tudo ai perde a originalidade se nao restaura e deixa como esta as vezes fica do jeito que no intimo voce nao fica satisfeito com o relogio, entao resolvi me desfazer de todos rsrsrsrs

agora quando eu voltar a comprar vintages só se estiverem com mostradores em condições razoaveis sem danos, pois o dial é a cara do relogio.

Paul

DonPepe

Citação de: BigPaul online 25 Junho 2012 às 12:06:22
Citação de: Adriano online 24 Junho 2012 às 17:07:01
Acho que a opinião pessoal prevalesce. Em segundo, se há alguma relação histórica pessoal entre o relógio e suas marcas, e você. Reformar um relógio que foi uma herança de família é uma coisa, reformar o mesmo relógio comprado em uma feirinha, é outra totalmente diferente e merece abordagens diferentes. Penso eu...

A questão da restauração, reforma, etc., é até que ponto ela esbarra na preservação da originalidade e eventualmente o valor comercial do bem.


Aqui a minha opinião: máquina, caixa e mostrador são peças muito relevantes, com grande peso na avaliação da originalidade. Essas são peças que procuro manter o mais originais possíveis desde que em condições de uso. Coroas, pulsadores, juntas e vidros, considero peças funcionais e que precisam ser trocadas, desde que por novas originais. Até ponteiro, principalmente em cronógrafos, pois são peças funcionais, acima da estética.

Eu não suporto relógio com cara de sucata. Não consigo usar relógio com cara de estragado. Por isso sempre restauro meus relógios, procurando preservar mostrador, mecanismo e caixa. Aliás, se isso estiver além da possibilidade de restauro, já nem cogito a aquisição.

Mas ainda acho que cada caso é um caso. Não há como estabelecer regra. Há relógios nos quais qualquer modificação é um pecado. Mais vale tê-lo envelhecido e às vezes até parado. Há outros em que uma restauração completa, até com peças não originais, não tem relevância alguma, quando o relógio não tem importância histórica nem pessoal.

Abraços!

Adriano


Adriano eu ja tive varios vintages restaurados e sempre preservando a originalidade dos mostradores por exemplo e caixa, o maximo que eu mandava fazer era troca do cristal e recupeaçao as vezes da maquina mas com o tempo acabei me desfazendo de todos eles, pois muitos apresentavam ferrugem nos mostradores, imperfeições etc, e é aquela velha historia se voce restaura tudo ai perde a originalidade se nao restaura e deixa como esta as vezes fica do jeito que no intimo voce nao fica satisfeito com o relogio, entao resolvi me desfazer de todos rsrsrsrs

agora quando eu voltar a comprar vintages só se estiverem com mostradores em condições razoaveis sem danos, pois o dial é a cara do relogio.

Paul

A opção é totalmente pessoal, mas eu concordo contigo... Por conta disso, qdo vou reformar um vintage não tenho dúvida: peço para restaurar o mostrador, mesmo sabendo que isso compromete a originalidade. Acho que é justificável pois me permite usar o relógio no dia a dia sem ficar com aquela sensação de estar usando algo que não me agrada aos olhos.

Arriba!

TUDA

Por essa tortura pretendo passar longe. Já sofri demais com isso.

vinniearques

Quero a opinião dos senhores e por isso procurei esse topico para postar!

estou com um MIdo que comprei bem baratinho e gosto muito dele.... como não vale muita coisa e não vou vender nunca pois não vale a pena, estou na duvida se devo ou não reformar o mostrador, SEM PENSAR NOS GASTOS, se vale a pena ou não, pois sei que a reforma vai custar quase os 62 reais que ele me custou  ;D ;D ;D ;D

Queria saber mais a opinião de vocês quanto a originalidade com as marcas do tempo ou ele novinho!

Na verdade o champanhe dele está meio descascado e os escritos do mostrador meio apagados! alem doas cantos "sujos"!





e Originalmente ele é ASSIM:





E ai mantenho ele com as marcas do tempo feinho mesmo, ou faço um mostrador novo?

abração!



Jmm

#12
Se pretender ficar com o relógio, sem pensar nas despesas para reformar, prefiro o mostrador novo. Principalmente porque o relógio não tem nenhuma ligação histórica contigo, ou seja, já foi adquirido usado. Mesmo que não fosse preferiria a restauração.
O mostrador é a "cara" do relógio, é o que se vê a princípio. Acho que deve passar uma boa impressão afinal, como disse o poeta, "beleza é fundamental".

Sei que muitos preferem manter todas as características que o relógio adquiriu com os anos, e veem beleza nessas marcas do tempo, entretanto prefiro a aparência nova.

ThiagoDF

Vinnie, na minha opinião, eu restauraria, tentando manter ao máximo a originalidade. O que não consigo, como alguns já postaram, é usar o relógio com cara de coisa velha, estragada.

Respeito quem gosta de manter originalidade total, mas eu fico agoniado, rssss. :-X
Membro do RedBarBrazil

Jefferson

Olá Vinnie,

Se você pretende usar com certa frequência, se gosta do relógio, acho que vale a pena reformar o mostrador.

Se estivesse envelhecido de maneira uniforme, ou com já foi dito, mesmo nessas condições, tivesse um dado histórico relevante...

Mas nesse caso, mesmo a identificação de marca e modelo estão desgastados.

Acho que é sim um caso para restauração do mostrador.

Abraço,

Jefferson

Lourival

Concordo integralmente com o que disse o Adriano lá em cima ... é coisa pessoal!
Agora, só em relógios se vê esta dúvida ... como disse o edulpj, quando se fala em restaurar automóveis, estamos falando em deixá-lo novo ... como se tivesse saído da fábrica naquele dia.
Agora,  quando o objeto da restauração é um relógio (ou mesmo qualquer outra coisa) de família ou algo que traga alguma lembrança aí o papo é outro .. vai da opinião do dono.
Eu não restauro o Omeginha véio de guerra que foi do meu pai ... puro sentimentalismo! ;) Ou melhor, saudosismo! ::)

Paulistano

O ASSUNTO E TÃO EXTENSO QUE, SINCERAMENTE, NÃO TENHO PACIÊNCIA PARA ESCREVER TUDO QUE PENSO.
CONTUDO, FIRMO-ME NO SEGUINTE PROPÓSITO: SE O RELÓGIO FOI DE UMA PESSOA MUITO CHEGADA, E EU NÃO VOU UTILIZÁ-LO SEMPRE, DOU UM PEQUENO TRATO, REVISO E DEIXO COM AS MARCAS...
SE O RELOGIO TEM UM GRANDE VALOR, POR EXEMPLO UM ROLEX SUB ANTIGO OU COISA PARECIDA, NÃO RESTAURO O MOSTRADOR. A PARTE MECÂNICA SERÁ REVISADA E NADA MAIS.
AGORA, SE O RELÓGIO E FURREQUINHA, SEM VALOR SENTIMENTAL, MAS EU GOSTEI DO BICHINHO E QUERO USA-LO, NÃO TENHO DÚVIDAS: RESTAURAÇÃO NELE.
ESSE RELÓGIO DO VINNIE CAI NO ÚLTIMO CASO. GOSTOU? NÃO É SENTIMENTAL O VALOR? TOCA PAU, E USE-O COM ALEGRIA.
ENFIM, COMO DISSE, O ASSUNTO VAI LONGE, E NÃO ESTOU MUITO A FIM DE DESENVOLVÊ-LO COM A GRANDIOSIDADE QUE ELE MERECE. CASO QUEIRAM DISCUTIR MAIS COMIGO SOBRE ISSO, MARQUEM UMA PIZZADA. EU VOU COM A CORDA TODA, APESAR DE ESTAR DE REGIME.

PEÇO DESCULPAS PELA LETRA MAIÚSCULA, POIS FIQUEI COM PREGUIÇA DE MUDAR O TAMANHO....AQUI NO RJ ESTÁ 35 GRAUS!!!!

GRANDE ABRAÇO A TODOS.

Alberto Ferreira

Salve!

Vinnie,...
Concordando com a maior parte do que foi dito pelos colegas...

Quanto à sua pergunta, sim, eu restauraria o mostrador do Mido.

Sempre procurando manter o seu aspecto o mais próximo possível do original, mas restauraria.

Abraços,
Alberto

Paulo Sergio

Amigo Vinnie...
Eu também restauraria esse mostrador!  ;) ;) ;)
Se o relógio está 10, verás que ficará 11!  ;D ;D ;D
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

vinniearques

Então tá resolvido mostrador vai ser restaurado  8) 8) 8)

Obrigado pelas opiniões!

Depois de pronto coloco fotos!