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Podemos esperar ainda algo realmente inovador da industria horologica?

Iniciado por automatic for the people, 10 Outubro 2012 às 13:30:16

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automatic for the people


Pessoal

O que esperar da industria em termos de inovação? Seja em materiais, produção, movimento, qualquer área...inovações que possam ser compartilhadas por muitos, portanto não me refiro a protótipos malucos, movimentos sofisticados e caríssimos, complicações exóticas, algo que talvez até no inicio, possa ser exclusivo da alta relojoaria, mas depois possa ser distribuído para todo o mercado. Penso e não consigo encontrar hoje em dia, inovações que pudessem ter tanto impacto, quando apareceram:

- O primeiro relógio automático, imaginem o que isto significou?

- Estanqueidade: imagina vc poder mergulhar com teu relógio de pulso!

- Mostradores com vidros resistentes, e nem me refiro a safira, lembro do relógio que meu tio usava, cujo acrílico era tão arranhado que era quase impossível olhar as horas...e era muito comum até inventarem algo resistente.

- O fator quartzo? Puxa essa até eu me lembro, e aí nem foi tanto inovação, mas sim revolução...

E teriam muitas outras, hoje parece simples e trivial estas coisas, mas nas suas épocas quebraram paradigmas, alteraram hábitos, comportamento, ampliaram possibilidades, etc

E hoje, vocês enxergam alguma possibilidade de inovações com tamanha repercussão e consequência? Será que ainda existe espaço para este nível de mudança?

Abs

AFTP

Carbonieri

não sei se é exatamente esse tipo de inovação que vc se refere, mas ontem no jornal nacional havia uma noticia sobre os dois ganhadores do prêmio nobel de ciência e, segundo foi noticiado na matéria, o estudo deles, dentre outras coisas, pode desenvolver relógios infinitamente mais precisos que os relógios atômicos existentes....sera que precisa de tanta precisão? ;D ;D ;D
sic transit gloria mundi

Adriano

Eu vejo. Existem "n" problemas na relojoaria mecânica que são mal resolvidos ou simplesmente não resolvidos.

A principal veia de pesquisa é a de se eliminar a lubrificação, ou pelo menos eliminar a lubrificação convencional. A princípio no escapamento e possivelmente em todo o mecanismo. Em segundo, isocronismo. E nesse assunto, a pesquisa vai tanto em direção ao escapamento quando em direção à força motriz.

Na verdade verdadeira, nada muda: são exatamente coisas que todo relojoeiro no século XVIII já sabia. Vide a espiral de Breguet e outros tipos de curvas terminais, vide o fuso com corrente... Todo já sabia que o problema do isocronismo tinha que ser resolvido, aqui ou ali. A diferença é que hoje a tecnologia pode permitir que se obtenha traquitanas diferentes. E aí entra materiais, nanotecnologia, ou, no mínimo, materiais covencionais mas com tecnicas de fabricação novas.

Tem MUITO espaço para muita coisa acontecer. Mas os problemas, são os mesmos de sempre e continuam mal resolvidos.

Abraços!

Adriano

mestreaudi

É uma boa pergunta!!

Eu imagino que ainda temos a capacidade da inovação na indústria horológica!

Mas ao mesmo tempo, acho que nada seria tão "bombástico" quanto à era quartz!

A propósito, qual a última grande inovação nessa indústria?? Será que foram os quartz... faz tanto tempo!!

Falando em relógios mecânicos, o escapamento Co Axial?
É uma inovação, porém é muito restrito ainda. Não será popular (pelo menos por enquanto) E consequentemente não influenciará a indústria...
A volta dos mecânicos? Após o quartz, nunca vimos tantos relógios mecânicos por aí!!
O marketing da Hublot??  ;D ;D ;D ;D ;D ;D Tá legal, to brincando...

Temos que pensar!

Abs!
Rafael.

Adriano

Acho que o Co-axial influencia a indústria sim. Tem muita, mas muita coisa rolando nos bastidores no que tange novos escapamentos. Aqui do lado de fora não percebemos porque nosso termômetro em termos de inovações são as vitrines. O Co-axial parece um troço isolado porque é o único escapamento diferente produzido em larguíssima escala. Mas isso é o que todo mundo na verdade está atrás, e só a Omega até agora conseguiu fazer. E convenhamos, haja culhões para ter botado esse troço no mercado há quase 13 anos atrás e agora tem praticamente todos os modelos mecânicos com esse escapamento.

Comparando o co-axial com qualquer outro escapamento que não seja o tradicional, pode-se dizer que ele é quase popular. Qualquer outro escapamento tem produção limitadíssima. Nenhum até agora chega nem perto do volume de produção do Co-axial. É hercúleo o que a Omega fez. E claro, agradeça aos bolsos do Swatch Group. Quando você tem controle da Omega, da ETA, da Nivarox, da Frederic Piguet, e uma carteira bem rechonchuda de grana, o resultado é esse. Ninguém teve esse tanto de "inspiração" para se meter a fabricar em massa o escapamento do Daniels.

Abraços!

Adriano

Betocd

Citação de: Adriano online 10 Outubro 2012 às 14:14:51
Eu vejo. Existem "n" problemas na relojoaria mecânica que são mal resolvidos ou simplesmente não resolvidos.

A principal veia de pesquisa é a de se eliminar a lubrificação, ou pelo menos eliminar a lubrificação convencional. A princípio no escapamento e possivelmente em todo o mecanismo. Em segundo, isocronismo. E nesse assunto, a pesquisa vai tanto em direção ao escapamento quando em direção à força motriz.

Na verdade verdadeira, nada muda: são exatamente coisas que todo relojoeiro no século XVIII já sabia. Vide a espiral de Breguet e outros tipos de curvas terminais, vide o fuso com corrente... Todo já sabia que o problema do isocronismo tinha que ser resolvido, aqui ou ali. A diferença é que hoje a tecnologia pode permitir que se obtenha traquitanas diferentes. E aí entra materiais, nanotecnologia, ou, no mínimo, materiais covencionais mas com tecnicas de fabricação novas.

Tem MUITO espaço para muita coisa acontecer. Mas os problemas, são os mesmos de sempre e continuam mal resolvidos.

Abraços!

Adriano

Adriano,
Todos esses pontos que vc colocou são importantes, mas acho que são evoluções, melhorias e não realemnte inovações, ou revoluções, como os outros intens colocados...

Just my 2 centrs...

Abs

Sifion

Mesmo com meu conhecimento técnico do tamanho de uma pulga eu vou me arriscar.

Não poderia ser esse uma forma de inovação?

http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php?topic=8357.0

Sim, ele é quartzo, mas não precisa de baterias convencionais já que é solar(ok, isso já é feito há algum tempo) e o mais importante ele é regulado automaticamente.

Creio que é uma forma de evolução, mesmo que lenta.

Quartzo > Quartzo solares > Quartzo solares com regulagem via satélite.

Você não precisa nem mais se preocupar em regular as horas do seu  relógio nem mesmo em viagens.

Agora uma Revolução maior que a do Quartzo meu pouco conhecimento não me deixa ver algo nem tão cedo....

Talvez isso, se chegar ao alcance das outras marcas, pode ser considerado realmente uma evolução ou mesmo uma revolução.

http://www.youtube.com/watch?v=8tkMbdOFlaA

Um relógio mecânico equipado com um transmissor que abre e fecha as portas do carro, bem como aciona o alarme.

Seria esse um futuro? Relógios que não são só relógios (mas que não são calculadoras tbm?  ;D )

Abraços.

Adriano

Citação de: Betocd online 10 Outubro 2012 às 16:04:16
Citação de: Adriano online 10 Outubro 2012 às 14:14:51
Eu vejo. Existem "n" problemas na relojoaria mecânica que são mal resolvidos ou simplesmente não resolvidos.

A principal veia de pesquisa é a de se eliminar a lubrificação, ou pelo menos eliminar a lubrificação convencional. A princípio no escapamento e possivelmente em todo o mecanismo. Em segundo, isocronismo. E nesse assunto, a pesquisa vai tanto em direção ao escapamento quando em direção à força motriz.

Na verdade verdadeira, nada muda: são exatamente coisas que todo relojoeiro no século XVIII já sabia. Vide a espiral de Breguet e outros tipos de curvas terminais, vide o fuso com corrente... Todo já sabia que o problema do isocronismo tinha que ser resolvido, aqui ou ali. A diferença é que hoje a tecnologia pode permitir que se obtenha traquitanas diferentes. E aí entra materiais, nanotecnologia, ou, no mínimo, materiais covencionais mas com tecnicas de fabricação novas.

Tem MUITO espaço para muita coisa acontecer. Mas os problemas, são os mesmos de sempre e continuam mal resolvidos.

Abraços!

Adriano

Adriano,
Todos esses pontos que vc colocou são importantes, mas acho que são evoluções, melhorias e não realemnte inovações, ou revoluções, como os outros intens colocados...

Just my 2 centrs...

Abs

Bem, eu nem parei para pensar, tampouco dizer, se são evoluções ou se são revoluções. E certamente, tendo a transformar seus two cents em four cents, pois creio que sejam também só evoluções. Concordo contigo.

Mas nesse sentido, questiono: o que carateriza uma evolução? O que define uma revolução? Qual a diferença entre as duas coisas?

Podem ser conceitos bem relativos e quem sabe até pessoais.

O balanço inteiriço em comparação ao bimetálico, é evolução ou revolução? E a espiral de elinvar? E a nivarox? E a espiral de breguet? E o segundeiro central? E o relógio automático? E a caixa estanque? E a safira? E os rubis? E o quartzo? E o molibdênio? Silício, teflon, PVD, DLC, luminova, cerâmica, nylon, delrin, hytrel, LIGA... em que categoria estão?

Penso que enquanto não mudar claramente os hábitos de metade das pessoas no mundo ou falir outra metade, não chega nem perto de ser revolução... tendo a crer que só o quartzo realmente se enquadra na revolução. O que disse o David Landes a respeito? Podemos concluir algo desse tipo baseado em sua obra?

Abraços!

Adriano

Alberto Ferreira

Salve!

Pois é...   A futurologia ainda é uma "Ciência" hermética, pelo menos para mim...  ::)

Mas, como perguntado...  "...realmente inovador"...  ::) ::) ::)


Por definição, e pragmaticamente, eu creio que será difícil até "palpitar".  :-\

Afinal se for mesmo algo totalmente revolucionário, que mude princípios, paradigmas, conceitos e tal...
Deverá ser surpresa, ou um segredo ainda muito bem guardado, ou não descoberto.

Eu não sei...
A minha bola de cristal está meio turva...  ;)

Mas, falando de mecânicos, eu fico na linha do que nos disse o Adriano... Materiais, lubrificação, novas "arquiteturas", mas com ressalvas quanto á "novidade" a aplicação real da coisa...  ::)

Se falarmos de "eletrônicos", no chute, eu pensaria em displays, digamos, revolucionários...
Quiçá holográficos e coisa e tal...  ;)
8)

Abraços,
Alberto

lucius

De certa forma o conceito está posto, um relógio é um relógio.

Até hoje não reinventaram a roda e ela está ai.

O que virá serão variações do tema por fora e por dentro os materiais e técnicas que implementarão melhorias a mecânica atual.

Lucius
Corruptissima re publica plurimae leges

Correia

Um exemplo, na minha opinião, de inovação - ou, se preferirem, aprofundamento de algo que já existe há muito - estanquecidade, foi o Rolex Deep Sea Challenge.

OK, já nos '60 a Rolex tinha feito algo assim, mas não da forma técnica(principalmente da caixa do relógio) com que este DS Challenge foi construído. Um protótipo, OK, mas a base já havia sido lançada...

E partiu de um dos melhores divers jamais feitos(se não mesmo o melhor), o Deep Sea 3900m. com o ring lock system.

Pode parecer um disparate, somente 3 pessoas na história alcançaram os cerca de -11.000m., mas a façanha está lá, e fazer um relógio que aguente essa brutalidade de pressão...não será fácil, mesmo!
(Possivelmente a essa profundidade um robusto Submariner 300m. pareceria uma lata de Coca-Cola vazia apertada pelas mãos de Mike Tyson ;D ;D)

O mecanismo é o mesmo 3135 de sempre, o trabalho todo foi feito à volta dele :)

Abraços,
Correia
Convém evitar 3 acidentes geométricos nesta vida : círculos viciosos, triângulos amorosos e bestas quadradas.

automatic for the people

Bem, creio q a diferença básica entre evolução e inovação, é que a primeira tem a tendência de deixar o que foi ultrapassado obsoleto, a segunda é um melhoramento, ou aprimoramento, podendo conviver com, digamos, uma geração anterior.  Creio q o caso que pode ilustrar uma inovação atual, é o uso da cerâmica, vai substituir os outros materiais? Creio q não, até pq seu custo ainda é elevado. Um relógio automático, quando do seu lançamento, certamente foi uma evolução, pois deixou obsoleto aqueles em q tinham q dar corda para funcionar, evidente que por questões mercadologicas, históricas ou mesmo sentimentais, hoje encontramos relógios manuais sofisticadissimos, mas conceitualmente naquele momento ficaram para trás.

Abs

AFTP



BigPaul

A ultima inovação eu creio que seja os relogios com bateria carregada por energia solar, depois disto nao vi mais nada de inovação

Paul

flávio

Algo realmente inovador? Não... No entanto, os métodos de produção estão mudando muito. Materiais, como citado pelo Adriano, idem, muito embora eu ache um tanto quanto estranho, por exemplo, peças em silício, feitas mais ou menos com o método de produção circuitos integrados, sendo usadas em conjunto com algo "metálico", se me fiz entender. Claro, isso não me impedirá de comprar um Omega com escapamento em silício, mas que é estranho, não posso negar.


Flávio

Betocd


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Bem, eu nem parei para pensar, tampouco dizer, se são evoluções ou se são revoluções. E certamente, tendo a transformar seus two cents em four cents, pois creio que sejam também só evoluções. Concordo contigo.

Mas nesse sentido, questiono: o que carateriza uma evolução? O que define uma revolução? Qual a diferença entre as duas coisas?

Podem ser conceitos bem relativos e quem sabe até pessoais.

O balanço inteiriço em comparação ao bimetálico, é evolução ou revolução? E a espiral de elinvar? E a nivarox? E a espiral de breguet? E o segundeiro central? E o relógio automático? E a caixa estanque? E a safira? E os rubis? E o quartzo? E o molibdênio? Silício, teflon, PVD, DLC, luminova, cerâmica, nylon, delrin, hytrel, LIGA... em que categoria estão?

Penso que enquanto não mudar claramente os hábitos de metade das pessoas no mundo ou falir outra metade, não chega nem perto de ser revolução... tendo a crer que só o quartzo realmente se enquadra na revolução. O que disse o David Landes a respeito? Podemos concluir algo desse tipo baseado em sua obra?

Abraços!

Adriano
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Adriano,
vc tem razão. É difícel conceitualizar o que seria uma evolução e o o que seria uma revolução.

Mas acho que algumas coisas são revoluções:
- A prova d´agua
- Quartzo
- Digitias

Vamos esperar e ver o que mais vem por ai...

E temos algums "invencionices", tipo essa:
https://www.youtube.com/watch?v=u0xamRXGe1E&feature=g-hist

Ou essa:
https://www.youtube.com/watch?v=6zn1fTtbp84&feature=g-hist


Abs,

Cosentino

Achei fantástico o ajuste da hora por satélite.
Creio que seja uma nova revolução na precisão.
Temos um tópico específico sobre o assunto.

http://forum.relogiosmecanicos.com.br/index.php?topic=8357.0

Abs



naio21

Um relógio mecânico com a precisão de um a quartzo termocompensado (5 segundos ao ano em vez de 10 segundos ao dia).
Abs,

Ivan B. Prado

Alberto Ferreira

Salve!

Naio21,
Mas...
Esperar, como propõe o tópico, digamos num sentido do minimamente viável, ou simplesmente sonhar?  ::)

Ok... Vale sonhar.   ::)
:D

Abraços!
Alberto
8)

naio21

Citação de: Alberto Ferreira online 11 Outubro 2012 às 16:48:47
Salve!

Naio21,
Mas...
Esperar, como propõe o tópico, digamos num sentido do minimamente viável, ou simplesmente sonhar?  ::)

Ok... Vale sonhar.   ::)
:D

Abraços!
Alberto
8)


Concorda que seria uma REvolução em vez de uma simples Evolução? Quem sabe se bolarem um amortecedor de inércia a lá USS Enterprise e miniaturizarem para caber em um relógio?  ;D

OK, realmente estou sonhando.  ::) ::)
Abs,

Ivan B. Prado

Alberto Ferreira