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RELÓGIOS BARATOS E/OU MAL FEITOS... VALEM?

Iniciado por Alberto Ferreira, 29 Junho 2010 às 15:57:16

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Cigano

Tem muitos relógios baratos que valem á pena sim, por exemplo o Tehcnos Skydiver, ele é barato e muito duradouro, tem colegas que tem dos primeiros modelos á quartzo que batem um ETA, e só trocam a bteria, outro exemplos são os Seikos 6119 e Orients 4694, eu tenho exemplares com esses calibres estão á toda prova, e o que é mais engraçado, são mais velhos que eu!!

Abraços,
Cigano!

Alberto Ferreira

Salve, amigos!

Realmente, foi como eu imaginei (e provoquei), as opiniões e os enfoques variam...

Mas como a proposta é mesmo trocarmos idéias, sem tentarmos propriamente convencer ou sermos convencidos.  :D
Eu vou "pinçar" alguns comentários, sem a preocupação da autoria (posto que muitos podem também pensar da mesma maneira), comentários que na minha visão pareceram interessantes.

Mas, lembrem-se, talvez não haja apenas verdades e inverdades, erros ou acertos, aqui...  ::)


"...o barato sai caro..."

"...vale a pena ter um Sicura, um Mirvaine, um Poljot, pois acho que a função deles não é marcar horas, mas o tempo passado, guardar o momento,..."

"...Ih, esse assunto vai dar o que falar..."

"...ficaria extremamente aborrecido se uma caixa de algum relógio descascasse..."

"..."Não existe milagre". Qualidade tem seu preço..."

"...muitas vezes podemos encontrar qualidade aliada a preço baixo ..."

"...São relógios de níveis diferentes..."

"...(eu) junto vintages, vale a pena..."

"...Creio que a forma de se abordar o tema proposto apresente várias vertentes..."

"...Pra quem curte relógios, vale.
Pra quem curte movimentos, pode valer também.
Pra quem preza pela qualidade, não...
"

"...Já comprei um (na verdade dois...) frankenstein com caixa e mostrador orient e máquina ronda-matic pin-lever (equipava os sicura), sabendo exatamente o que estava comprando, unicamente pelo movimento..."

"...essa discussão é complicada,...
...vale a pena, mas depende do seu objetivo...
"

"...tenho ojeriza a caixa de latão,... (Essa eu gostaria de comentar, depois).

"...Recebi relógios de presente do meu pai...da minha avó... relógios que se não fossem de qualidade, certamente não estariam mais em condições de uso..."

"...Funções diferentes, respostas diferentes..."

"...Mal feitos, nunca! Baratos? Por que não?..."

"...o que vale mais a pena é os Vintage mesmo..."

"...Tem muitos relógios baratos que valem á pena sim..."



E aí?
Tendo por base o acima, eu perguntaria...

É mentira, Terta?
Alguém discorda? Quer comentar ou acrescentar algo antes de prosseguirmos?
:D

Abraços a todos e vamos seguir?
Alberto

sat

Lançando mais lenha na fogueira: eu, como disse, junto vintages. São de um tempo em que praticamente não havia relógios ditos bem feitos. Mas, são de má qualidade? Depende o ângulo a ser analisado. Vou dar o exemplo do meu Tissot feioso. Não possui caixa de aço (é alpaca). Não possui resistência a água, nem antichoque. Equipado com a primeira edição do calibre 27, provavelmente, de 1936, ou pouco mais tarde...
É bem feito, talvez, não... Má qualidade? Depende... Algo de má qualidade dura 70 anos?
Abraços,

SANDRO

Gravina

Dizem que vaso ruim, não quebra com facilidade!
Obviamente que isso não se aplica aos relógios!!!
A questão da durabilidade-qualidade, não está ligada ao ano de fabricação do relógio, e sim no tempo de efetivo uso, e no cuidado que ele recebeu ao longo deste tempo (manutenção)..........isso sim é óbvio!

Alberto Ferreira

#24
Salve, amigos!

Tentando trazer a conversa para o ponto que eu enfoquei de início (embora deixando espaço para as outras "vertentes" do tema sejam exploradas, é claro!) eu gostaria de acrescentar um par de comentários, a minha visão pessoal.

A questão é, vale a pena ter um relógio mal-feito?
Não, não vale.

Mas notem que eu não falei em "caro," e nem "barato".
Afinal, há relógios mal-feitos que, em compensação  :D, são caros. E também o inverso... Baratos e bem-feitos.
Tudo bem...

Também não faz sentido, pelo menos eu penso assim, que um fabricante reduza (tanto) a qualidade (de um simples banho, por exemplo) que o seu bom relógio se deteriore rapidamente e, de certa forma tenha que ser "acabado em casa" (refeito) pelo futuro dono, em uma restauração...

Como eu disse, eu gosto do Vostok que mostrei e agora terei que desmontá-lo e refazer o cromado da caixa...
Não seria melhor que o fabricante tivesse feito menos "economia" neste quesito?
Sim! Eu já respondo, sabendo que os custos nem seriam tão relevantes para ele e certamente muito menores do que serão agora para mim.
Mas,... Tudo bem, outra vez...


E, antes que nós nos concentremos em falar dos "vintages" e dos "novos e cheirosos" (obrigado, Douglas, eu adoro essa!  8)) eu gostaria de fazer uma colocação, no sentido quase que didático...

Eu repito, não tomem as citações aqui feitas por mim como algo dirigido a quem eventualmente as tenha feito, ok?
Tomem a coisa apenas como uma idéia que vemos repetida e compartilhada por muitos.

Pois bem...

Tomemos então esta opinião.

"Eu não gosto de caixas de latão e nem de relógios com caixas banhadas (os tais plaquês)."

Primeiro eu perguntaria...
Por que temos os tais plaquês (os banhos)?

Dois motivos...
- Para dar mais resistência superficial ao metal usado na confecção da caixa, claro!
Banhos de níquel, cromo, são exemplos antigos e os PVD´s (de diferentes materiais) os mais recentes.

- Por razões estritamente estéticas, quase cosméticas...
Num certo sentido, e não entendam "a ferro e fogo", para fazer a caixa parecer ser feita de algo que não é, seja neste caso o ouro, a platina o ródio, etc...
Quase como as mulheres fazem ao se maquiar...  ;)  E notem que muitas nem precisariam...  :D
E, em ambos os casos, a coisa é antiga...
A Cleópatra não nos deixa mentir.  ;)

Mas, como esse meu papo "pós-eliminação da Copa" já está ficando muito comprido...
Eu vou mostrar umas fotos, que tenho aqui para ilustrar, depois...

Um abraço a todos,
Alberto

Alberto Ferreira

Salve!

Será que os vintages, no seu tempo, eram (todos) baratos?
Não!
Muitos eram até razoavelmente caros. O que os "barateou" mesmo foi o ostracismo.

E, curiosamente, alguns outros eram razoavelmente baratos,... E encareceram ao se tornarem "raros", "desejáveis" e "colecionáveis".


Mas, será que não havia relógios "chinfrins" (mal-feitos) lá no passado?
Claro que sim, amigos. Claro que sim!
E por razões diversas...  ::)

Alberto

Alberto Ferreira

#26
Mas,...
Voltemos então à questão dos banhos...
Sejam eles bem e mal "tomados"...  ;)  :D

Eu vou ilustrar com dois casos, a meu ver, bem característicos.

Primeiro, vejam este Gladiador, que eu mantenho no meu "ajuntamento" por razões quase "histórico-didáticas"...  ;D



A sua caixa é de uma liga de péssima qualidade, para aquilo que se propõe aqui, bem entendido...
Algo na linha do zamac ou algo do tipo, eu creio.

Com o tempo, a coisa fica assim... Ou seja, o banho (de ouro) da época se vai.
Fica simplesmente horrível.



Mas por que faziam isso?
Bem,... Porque guerra é guerra.
E com a escassez de materiais (ditos estratégicos, entre eles o bronze, o latão, etc...), direcionados ao tal "esforço de guerra", a coisa "sobrava" (na verdade faltava  ;)) para as (literalmente) pobres caixas, que eram feiras com qualquer coisa.

Alguém poderia até dizer que eram mal-feitos,...
Mas por uma justa causa...  ;)  :D

No mínimo interessante, não?

Alberto

sat

Alberto. No dia que você não quiser mais esse relógio, jogue-o no meu lixo. ;D O mesmo deve se aplicar ao meu Tissot. Mas, volto a perguntar: se a qualidade fosse tão ruim, duraria tanto tempo? Eu pegaria esse Gladiador e daria um banho de ouro e depois, usaria tranqüilamente.
Abraços,

SANDRO

Alberto Ferreira

::)

Agora vejam este Eldor.




Vejam o detalhe do banho original



O uso, através das décadas (que não foram poucas) criou os desgastes nas arestas, em especial nas garras, mas nada "descascou, ou "sumiu".
O plaquê é excelente, durável.

Conclusão, não é uma peça mal-feita, concordam?


Então, amigos, é isso que eu queria levantar de momento.

O que vocês pensam disso?

Abraços,
Alberto

Alberto Ferreira

Citação de: sat online 02 Julho 2010 às 16:48:27
...
...Mas, volto a perguntar: se a qualidade fosse tão ruim, duraria tanto tempo? Eu pegaria esse Gladiador e daria um banho de ouro e depois, usaria tranqüilamente.
...


Sim!
Claro que não é assim tão "ruim", Sandro.
Eu concordo, mas em termos.  ::)

Pois um novo banho, inclusive considerando que as "técnicas" oferecidas comercialmente nos dias de hoje nem chegam perto das (boas) do passado, pois são coberturas que não excedem a 3 micra, etc...  :(

Mas, claro que dá para fazer um novo banho e usar prazerosamente.
Eu não fiz neste, pela razão que mencionei...
Guardá-lo como um exemplo de uma época.

No caso eu não estou interessado a usá-lo, no pulso, entende?

Abraços!
Alberto