Boas!
Questiono os amigos no sentido de dizerem de vossa justiça, qual dos dois movimentos preferem?
1120 ou 2500 co-axial
Sem entrar em grandes considerações técnicas(OK, deveria entrar, mas meus conhecimentos técnicos da "coisa" são rasos... :P), eu acho que prefiro o 1120, sem o escape co-axial.
Sei lá, manias de um, pelos vistos a Omega está a apostar cada vez mais e mais no co-axial, 2500, 8500, agora os fantásticos 9300...tudo com o escapamento co-axial, mas não sei, entre esses dois eu iria de 1120(se falarmos a partir do 8500 aí a coisa mudaria obviamente de figura), essa ideia me ocorreu hoje ao ver um SMP 300 dos novos numa vitrine.... :-\
Digam de vossa justiça! :)
(http://i265.photobucket.com/albums/ii207/ajcgarcia/omega1120-1.jpg)
(http://i265.photobucket.com/albums/ii207/ajcgarcia/omega2500.jpg)
Abraços,
Correia
Eu tenho 2 Seamasters, um com 1120 e outro com 2500.
O com 1120 já foi revisado na autorizada e é um animal de precisão. Faz +2s numa semana.
Tenho um 2500 que o antigo vendedor diz ter feito uma manutenção, fora da autorizada, e funciona MUITO bem. Continua com as características de um Chronometer.
Este 2500, espero muito dele, pois ele tem modificações que, na minha pouca experiência, considero evoluções no que tange o 1120(balanço free sprung e o escapamento co-axial).
Confesso que fiquei na dúvida quando comprei meu Seamaster james Bond, pois não sabia se comprava o 1120 ou o 2500.
Por várias razões(preço, oportunidade, comodidade, por ser colecionável...) comprei o 1120. Ainda estou bem tentado a comprar o 2500, mas em cerâmica. Achei lindo quando vi.
Meu voto vai para o 2500!!
Também voto do 2500, tenho 3 relógios com este movimento e absolutamente nenhum problema, além de precisão acima da média.
Só fiquei com uma dúvida que nunca havia notado antes de observar as fotos acima pois, pelo formato das hastes dos balanços, o 1120 claramente usa balanço glucydur mas o 2500 não, o que achei muito estranho... ???
[[]]'s
Desculpe a ignorância, mas o 1120 é o que equipa o "Bond" clássico??
Abs.
Neme
Minha experiência me diz que, na média, o desempenho de marcha dele é superior. Há 1120 que bate o desempenho de outro 2500, mas na média, de dezenas e dezenas de 2500 e centenas de 1120 que já testei pessoalmente, nas mesmas "CNTP", os 2500 se mostraram principalmente com melhor isocronismo.
Agora, se me perguntar o quanto dessa vantagem se dá pelo co-axial e o quanto se dá pelo balanço free-sprung, não me arrisco a dizer.
Minha opinião? Não sei. Gosto da teoria, aparentemente comprovada, das vantagens do baixo ângulo de levantamento do co-axial e a óbvia vantagem do free-sprung, mas aprecio o clássico escapamento de âncora.
Quem sabe meu preferido não seria um 1120 com balanço free-sprung...
Abraços!
Adriano
Citação de: Desotti online 14 Outubro 2012 às 21:50:37
Também voto do 2500, tenho 3 relógios com este movimento e absolutamente nenhum problema, além de precisão acima da média.
Só fiquei com uma dúvida que nunca havia notado antes de observar as fotos acima pois, pelo formato das hastes dos balanços, o 1120 claramente usa balanço glucydur mas o 2500 não, o que achei muito estranho... ???
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Desotti, o formato dos raios do balanço não absolutamente conclusivo sobre o material com o qual ele é confeccionado. Convencionou-se, desde a invenção da liga, que balanços feitos de Glucydur tivessem os raios com esse desenho meramente para diferenciá-los. Quem sabe até, era mera firula estética do fabricante dos balanços (Fabriques de balanciers reunies S.A.) que depois se tornou convenção. A indústria suíça convencionou que esse formato de raios é exclusivo para balanços de Glucydur. Você não é obrigado a usar esse formato. Mas usa-se justamente para diferenciar de balanços de qualidade inferior. Mas você pode usar o formato que quiser. Vide os balanços free-sprung da Omega, que obviamente são de Glucydur, e não possuem esse desenho nos raios. Vide ainda os balanços da Rolex.
Agora, o que não se pode é fazer um balanço com esse desenho de raios sem ser em Glucydur ou liga de berílio-bronze semelhante. Obviamente estamos falando da indústria suíça. A China faz balanços de qualquer porcaria com esse mesmo formato.
Abraços!
Adriano
Tenho dois Omega com esses dois movimentos, um SMP 2254 com 1120 e um PO 2201 com o 2500, portanto nada contra o 2500, apenas prefiro o escape tradicional de âncora.
Amigo Adriano, fazer um 1120(ou outro) com o free-sprung tornaria o movimento muito mais caro que o tradicional?
Claro está que nesta altura do campeonato se vê claramente que o futuro da Omega passe pelos co-axial, será quase uma questão de retórica.
Abraços,
Correia
Amigo Correia, não creio. Para que um 1120 adotasse o balanço free-sprung, mudaria meramente sua ponte, e o balanço em si. Acho que o preço extra do balanço (por causa dos parafusos), compensaria a ausência do regulador, que também é uma peça relativamente cara. Acho que empataria.
Pensando bem, a Omega poderia ter adotado um balanço free-sprung no 1120 antes da adoção do escapamento co-axial...
O próprio 2500 está no rumo da aposentadoria. Não deve passar da versão atual, a "D", que possui roda de escape feita pelo processo "LIGA". Posso estar enganado, claro, mas a tendência é que ele desapareça. Todos os modelos antes equipados com ele estão mudando para o 8500.
Abraços!
Adriano
Amigo Adriano, se você diz que ficaria melhor, quem sou eu para discordar! :D
Sim, talvez o 2500 desapareça, quando falei no prosseguimento dos co-axial estava até pensando nos 8500, 9300, os in-house com esse escape.
Nos 1120 ou 2500 será talvez forçado poder comparar com um 3135, mas será que os novos já estarão jogando de "ombro" com ele?
Grande abraço! 8)
Correia
Ótima pergunta, pois é uma boa hora para comparar o Omega 8500 com seu concorrente direto, o Rolex 3135.
Sim, concordo que é "forçar a barra" comparar o 1120 ou 2500 com o Rolex. Afinal, por melhor que seja a sua base, o ETA 2892, provado e comprovado, ainda assim é um mecanismo que pode-se lá apontar alguns defeitos. Sim, a Omega corrigiu e eliminou os conhecidos problemas de carga dos ETA, mas, de todo modo, ainda não é um calibre de manufatura Omega e por isso perde pontos preciosos na comparação com os Rolex, que além disso, pode-se dizer que são calibres praticamente indefectíveis.
Agora, comparar o 8500 com o 3135 é bem mais justo e eu diria que um resultado empatado, pelo menos para o meu gosto. Ambos são de manufatura, ambos com balanço free-sprung, então nesse quesito empatam. Mas há concepções totalmente diferentes entre eles, técnica e filosoficamente falando. No 8500 temos um calibre ultra-moderno, com tudo o que é tendência: escapamento alternativo (co-axial), espiral de silício, duplo tambor de corda com excepcional isocronismo e alta reserva de marcha, diversas possibilidades de ajustes, ou seja, é quase impossível não conseguir um ajuste e regulagem precisos... enfim, tudo o que há de mais moderno. E sim, ainda é robusto, pelo que pude experimentar. Porém isso tudo faz dele um calibre altamente complexo, cheio de detalhes que requerem cuidados de toda ordem na montagem, regulagem, lubrificação...
O Rolex 3135 é o total oposto: extrema simplicidade de construção, e logo, sem segredos. Apenas uma evolução da mesma coisa, há décadas. Sem novidade, sem riscos. Aliás, tem tudo o que faz o Rolex ter sua fama: um mecanismo com construção de jipe mas acabamento, "conforto" e precisão de uma limousine.
Então admiro ambos, por igual, mas por razões diferentes. O 8500 por seu vanguardismo e o 3135 por exatamente o oposto: tradicionalismo.
Vale absolutamente o mesmo para os cronos 9300 da Omega e os seus concorrentes, como o Rolex 4130 e o Breitling B01. Assim como o 8500, o 9300 é fabuloso, tudo do mais top. Mas com um manual técnico de quase 40 páginas, um milhão de adendos, e detalhes, e observações, e checagens... O 4130 e o B01 são totalmente o oposto: o mais simples possível, para se fabricar e principalmente para se dar manutenção. Admiro todos por igual, mas por razões diferentes.
Aí cabe a cada um escolher qual caminho deseja seguir, ou qual filosofia agrada mais. E acho um pouco arriscado que se escolha por um ou por outro sem conhecê-los bem. Quanto mais conheço esses calibres com filosofias diferentes, mais difícil fica para mim dizer qual eu prefiro, ou qual eu gosto ou simpatizo mais...
Abraços!
Adriano
Grande Adriano, grato pelos esclarecimentos. :)
Uma pergunta de ordem técnica referente ao 8500: além da óbvia vantagem de não sofrer com o magnetismo, há alguma outra vantagem real na adoção da espiral de silício ante a primeira versão do calibre com espiral Nivarox, que possa refletir positivamente na precisão do movimento?
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Sim. Não porque é de silício, mas pelo método com o qual pelo qual ela é feita. A espiral das ligas metálicas convencionais, seja lá qual for a liga, é feita mecanicamente, ou seja, o arame de metal é prensado até atingir a espessura necessária, cortado, enrolado, dobrado, etc. etc. etc. Isso tudo resulta em imprecisões geométricas, mesmo que de ordem atômica, mas suficiente para ter impacto na marcha. E ainda precisam ser coladas ou soldadas no pitão e na virola, gerando mais chances de distorções.
A espiral de silício não, é feita pelo processo LIGA, ou seja, do mesmo método que se fabrica elementos eletrônicos microscópicos. O resultado é uma espiral geometricamente perfeita, podendo inclusive ser feita por completo, ou seja, com virola e pitão, dispensando mais dois elementos sujeito a erros e deformações em suas junções. Ou seja, o método com o qual são feitas as espirais se silício permite espirais perfeitas, e de ponta a ponta, homogêneas, do pitão à virola.
Abraços!
Adriano
Inclusive, pelo processo Liga, a espiral pode ter espessura variável, o que por si só já introduz um novo elemento a ser estudado a fim de se obter a mola perfeita.
Verdade. Vide a própria Spiromax da Patek: sua curva terminal é mais espessa para dar rigidez e funcionar como a espiral de Breguet, mantendo o centro de gravidade da espiral o mais próximo possível do centro geométrico durante o ciclo de expansão e contração. Citei a Spiromax pois sua imagem de divulgação é bem clara quanto à esse detalhe.
Abraços!
Adriano
Caramba!!! :o :o :o
Cada informação conseguimos com uma simples pergunta!!!
Muito bom amigos!!!
Abraço
Paulo Sergio
MUITO obrigado pelas explicações, amigo Adriano :D
Ou seja, o 8500 poder-se-á considerar como que um moderno 3.0 TDI com mil e uma inovações tecnológicas, a todos os níveis, capaz de sacar facilmente + de 200 cv, ao lado de um bloco 2.8 - 6 cilindros a gasolina, daqueles com 10/20 anos, mas totalmente fiáveis, sem as "grandes" ajudas electrónicas xpto e turbos de geometrias variáveis, etc etc.
Na hora de revisar, pois terão lá as suas diferent€s dificuldad€s ;D... ::)
Sei lá, prefiro o BMW 2.8 a um Audi 3.0 tdi...mas também prefiro um velhinho Integrale 16v a um V8 4.9 americano.
FiabilidadeXRobustezXManutenção = O que mais a gente gostar, o resto... :D 8)
Fabricar umas dessas espirais "topo de gama"... :o...têm de ser "muitos anos a virar frangos"...a perfeição é o limite...na minha humilde opinião, deve ser do mais difícil de conseguir num calibre.
Abraços!!! 8) :D
Correia
E vejam: as ligas metálicas usadas em relógio surgiram na metalurgia como não variáveis à temperatura. Volto a dizer: o calcanhar de aquiles dos relógios é a variação de temperatura e, salvo engano, o silício tem menor coeficiente ou erro medio do que as ligas de berílio bronze. Aliás, no passado, fizeram reguladores de precisão com pêndulos de quartzo, vidro e tudo quanto é coisa que puderem imaginar. Lá pelas tantas, vingou o pêndulo em Invar com peso em mercúrio (ou Invar também, com sistema de compensação pelo tradicional método de latão e aço).
Flávio
Amigo Adriano...
Você falou na "série D" do 2500...
Poderia dizer quais são as diferenças entre as "séries" A, B, C e D?
Qual o ano de seus lançamentos?
Outros calibres, como o 1120, passaram por "séries" como o 2500?
Caramba, esse assunto fascina!!! :o :o :o
Abraço
Paulo Sergio
Citação de: Paulo Sergio online 16 Outubro 2012 às 21:38:12
Amigo Adriano...
Você falou na "série D" do 2500...
Poderia dizer quais são as diferenças entre as "séries" A, B, C e D?
Qual o ano de seus lançamentos?
Outros calibres, como o 1120, passaram por "séries" como o 2500?
Caramba, esse assunto fascina!!! :o :o :o
Abraço
Paulo Sergio
Também tenho muito interesse na resposta do Mestre Adriano, além de querer fazer outros questionamentos.
Será um "mau" negócio adquirir um 2500 daqui pra frente, caso ele realmente seja descontinuado? Faltarão peças de reposição no curto prazo? Melhor investir logo, apesar do maior preço, num 8500?
Agradeço de antemão pelas respostas, sua opinião é algo que passei a levar em conta! ;D
Abraço.
Amigos,
Somente um adendo nada cientifico, tenho um PO com calibre 8500 e com a espiral de silício, e o relógio no uso normal, quando sincronizado com o "relógio atômico" do IPhone, depois de 4 dias fazendo a media, apresenta + 1,2 seg dia!!
Então minha constatação pessoal e que "a coisa" funciona e muito!!
Grande abraço
Rodrigo STR
Citação de: - STR - online 16 Outubro 2012 às 22:29:24
Amigos,
Somente um adendo nada cientifico, tenho um PO com calibre 8500 e com a espiral de silício, e o relógio no uso normal, quando sincronizado com o "relógio atômico" do IPhone, depois de 4 dias fazendo a media, apresenta + 1,2 seg dia!!
Então minha constatação pessoal e que "a coisa" funciona e muito!!
Grande abraço
Rodrigo STR
Sim, os 8500 são impressionantes na marcha absoluta e na variação entre posições. O "delta" é baixíssimo! E veja: quase todos que testei eram com espiral convencional, nem eram as de silício! O ajuste desses relógios já era perfeito sem espiral de silício.
Citação de: ThiagoDF online 16 Outubro 2012 às 21:52:35
Também tenho muito interesse na resposta do Mestre Adriano, além de querer fazer outros questionamentos.
Será um "mau" negócio adquirir um 2500 daqui pra frente, caso ele realmente seja descontinuado? Faltarão peças de reposição no curto prazo? Melhor investir logo, apesar do maior preço, num 8500?
Agradeço de antemão pelas respostas, sua opinião é algo que passei a levar em conta! ;D
Abraço.
Se você considerar que o curto prazo para fornecimento de peças pela Omega é algo em torno de 50 anos... A Omega tem todas as peças de mecanismos e a maioria das peças do resto do relógio livremente fornecidas para a rede autorizada para relógios da década de 1960. Mais antigos que isso ainda existem as peças também, mas mais restritas, para uso interno da Omega em Bienne.
Então, se você comprar um 2500 hoje, creio que não precisará se preocupar com peças tão logo. Quem sabe não precisará se preocupar com peças em vida...
Citação de: Paulo Sergio online 16 Outubro 2012 às 21:38:12
Amigo Adriano...
Você falou na "série D" do 2500...
Poderia dizer quais são as diferenças entre as "séries" A, B, C e D?
Qual o ano de seus lançamentos?
Outros calibres, como o 1120, passaram por "séries" como o 2500?
Caramba, esse assunto fascina!!! :o :o :o
Abraço
Paulo Sergio
Ótima pergunta! Senão vejamos: há de se fazer algumas considerações antes. Primeiro sobre o 1120.
Sim, o 1120 continua em sua versão A. Nunca sofreu modificações desde seu lançamento e lá se fazem uns 15 anos se não me engano. Sua história remonta lá para o calibre 1108 (e também 1109,1110 e 1111), que era um ETA 2890 cuspido. Mudou para 2892 junto com a ETA mas continuou sem modificações pela Omega. O 1109 e 1111 eram COSC. A Omega já conhecia os problemas de carregamento dele: no rolamento do rotor, na roda inversora, no empenamento da roda intermediária... Chegou a mudar o perfil do rotor para fazer ele ganhar momento de inércia mas não resolveu. A solução era mudar bastante todo o sistema de carga: buchas e rubis da roda intermediária, rotor, rolamento, etc. E mais outras modificações, não estruturais, mas em termos de materiais de algumas peças, acabamentos funcionais (toda a parte de calendário e ajuste das horas), geometria de escapamento e etc. e virou o 1120, sempre com COSC.
Voltando agora ao co-axial, outra consideração. O escapamento usado no 2500 não é o co-axial tradicional de Daniels, mas sim a versão "slim", que a Omega decidiu chamar de "co-axial de dois níveis" ou "co-axial de dois andares". Simplesmente porque no 1120 não cabia a versão traicional, então optou-se por essa de baixa espessura. Isso tem um impacto do ponto de vista técnico. Estou supondo que todos conheçam bem como funciona o escapamento co-axial. Caso negativo, leiam um pouco sobre neste link. http://www.tempusrerumimperator.net/artigos/escapamento/escapamento.html
Resumindo, enquanto o escapamento normal transmite impulso ao balanço somente pela roda de escape, por seus dentes, à cada uma das levées, no co-axial a roda de escape dá impulso de duas maneiras diferentes: um impulso é dado na âncora e outro diretamente ao balanço. Isso significa que a roda de escape do co-axial não tem apenas um jogo de dentes e um pinhão, mas dois jogos de dentes, um mais externo e outro mais interno e logo acima. Os dentes "de fora" dão impulso direto no platô no balanço enquanto os "de dentro" dão impulso na âncora. E a transmissão de força, naturalmente vem pelo pinhão, ou pelo menos, deveria. No escapamento comum, o pinhão da roda de escape recebe a força diretamente da quarta roda. No co-axial, entre a roda de escape e a quarta roda, há uma roda intermediária. Até aí tudo bem. Continua a necessidade da força dessa roda intermediária chegar à roda de escape por um pinhão. Só que na versão "slim", não há espaço para a roda de escape ter dois jogos de dentes e mais um pinhão. Resultado: o jogo de dentes superior, o mais interno, tem que fazer as vezes de pinhão, além de já ter que dar impulso à âncora. É engenhoso pacas, assim como é inteligente pacas, mas a necessidade geométrica de um dente que dá impulso e de um dente que recebe força é diferente. Logo, a geometria desse jogo de dentes tem que ser um meio termo que atenda às duas funções, mas, dadas as diferentes necessidades, ele não atende perfeitamente às duas funções, especialmente à de receber força da roda intermediária. Resultado: na versão "slim", o impulso é um pouco prejudicado, mas principalmente a transmissão de energia ao escapamento é prejudicada, não só pela geometria dos dentes mas também pela quantidade deles. Afinal, é sacanagem transmitir essa energia toda por meio de 8 dentes... E ainda assim, ele funciona incrivelmente bem, mas é sabido que a versão "slim" não extrai toda o potencial do escapamento co-axial.
Já a versão tradicional, de três níveis, tem as funções separadas, ou seja, um jogo de dentes de impulso externo, outro interno, e um pinhão exclusivo para transmissão de força. Naturalmente, com vários dentes, e com perfil apropriado para essa função. A transmissão de energia é plena (dentro dos limites teóricos) e todo o potencial é extraído do co-axial. E somente os calibres 8500 puderam finalmente usar o co-axial tradicional de Daniels, ou seja, o de três níveis.
Porém, nesse meio termo surgiu também uma alternativa em permitir que os calibres 2500 e derivados e 3313 e derivados pudessem se beneficiar do co-axial em três níveis mesmo com altura limitada: a fabricação da roda de escape pelo método LIGA.
Então, voltando ao 2500. Sua primeira versão, naturalmente a "A", um 1120 adaptado para receber o escapamento novo. Rodagem, tambor, corda, tudo igual, e trabalhando a 28.800 a/h (4 Hz). Porém essa versão, pouco produzida pois equipava modelos especiais, limitados e etc., apresentou alguns problemas. Honestamente, nem sei dizer quais. Eu mesmo acho que nunca pus as mãos em um 2500A. Um problema que sei que tinham era uma partida difícil. O relógio não começava a funcionar logo com um pouco e corda. Tinha que ter bastante corda e às vezes ainda precisava de um pequeno chacoalho para começar a funcionar. A geometria do escapamento foi amplamente alterada para resolver esse e outros problemas, com nova roda de escape, nova roda intermediária, nova âncora e novo balanço, e virou o 2500B. A frequência permaneceu a mesma, de 28.800 a/h, mas com nova corda, específica para ele, e não sei dizer se de tensão mais baixa ou mais alta. Mas é notável que alguns 2500B apresentem uma amplitude um pouco abaixo da média, ainda que sem impacto nenhum no desempenho.
Sabe-se lá exatamente por que motivo, mas a Omega decidiu baixar a frequência dos co-axial e veio o 2500C trabalhando a 25.200 a/h (3,5 Hz). Supõe-se, analisando tecnicamente, que tenha a ver com durabilidade. Pois essa é basicamente uma das poucas razões que justifica o uso de uma frequência mais baixa. Não significa que os co-axiais de 28.800 a/h tenham apresentado algum problema. Até porque essa frequência foi mantida nos 3313 desde o princípio, da versão A à C. Isso faz supor que essa frequência não é problema, mas que talvez seja desnecessária para o desempenho do co-axial. Em outras palavras, botar o co-axial para funcionar a 28.800 a/h é suor a toa. A frequência mais alta não melhora o desempenho do co-axial, como faz com o escapamento de âncora convencional, e logo, por que estressar todo o mecanismo a 28.800 a/h se com co-axial ele é capaz de fazer a mesma coisa a 25.200 a/h? Soma-se à isso que nunca houve evidência de que algum defeito ou desgaste tenha aparecido por conta da frequência de 28.800 a/h.
Vejam, essa é uma conclusão minha, ainda que bem estudada e calculada, mas é uma opinião minha, compartilhada por outras pessoas também, e não uma explicação oficial da Omega sobre a redução na frequência. O 2500C usa, denovo, nova roda intermediária, nova âncora, novo balanço, naturalmente nova quarta roda por causa da frequência, e curiosamente a corda voltou a ser a do 1120. Ou seja, uma corda de tensão teoricamente alta para trabalhar a 25.200 a/h. O resultado é que o 2500C trabalha bem pacas, com amplitude num padrão normal.
E por fim, com a adoção da roda de escape de três níveis feita pelo processo LIGA, veio a versão "D" do 2500. As mudanças são apenas para receber a nova roda de escape. Uma nova roda intermediária, nova roda de escape obviamente, e novo balanço, mas a âncora permaneceu a mesma do 2500C o que supõe-se que a Omega encontrou a geometria ideal. Tambor e corda, contudo, são novos e exclusivos para o 2500D o que supõe também que o novo escape em LIGA em três níveis fez o que prometeu: melhorou a transmissão de energia entre a rodagem e o escapamento, exigindo que a força motriz fosse totalmente recalibrada.
Putz, acho que é isso. Se eu lembrar de mais alguma coisa, comento.
Abraços!
Adriano
belissima explicacao Adriano eu tenho pensado em comprar um planet ocean , foi sem duvida de grande ajuda.
abracos,
cesar
Tópico crasse!
Flávio
"Bái-de-uei", não sei dizer ao certo os anos de lançamento de cada um... Ou exatamente quando chegaram ao mercado, mas posso estimar pelas alterações nos manuais técnicos do 2500.
Claro, o "A" é de 1999. O "B" de meados de 2001, o "C" em meados de 2004 e o "D" em meados de 2010.
Também gosto como tópicos relativamente inocentes se desdobram assim.
Abraços!
Adriano
Adriano, falando em datas, o 1120 é de 1994, se não me falha a memória. Seu lançamento coincidiu com o novo Constellation.
Flávio
Muito obrigado pela aula Adriano, grande abraço! ;)
Orgulho de ser forum.relogiosmecanicos!!!
Parabéns Adriano, que bela aula.
Tópico Show!!!
Novato aqui aprendendo demais!! ;D
Boa explicação, Adriano.
Eu suponho que a Omega tenha reduzido a frequência do 2500 exatamente para que a amplitude fosse mais "normal", equivalente a de um escape de âncora.
Digo isso pois Daniels insiste muito nesse ponto em sua autobiografia. Ele diz que o co-axial tem mesmo uma amplitude mais baixa que o âncora suíça, e que os suíços trolhas viviam enchendo o saco, dizendo que amplitude era baixa, e ele logo perdia a paciência (quase mandou a Rolex tomar no c*).
Pra resolver esse problema e não ter de ouvir mais nenhum espertinho falando que a amplitude é baixa demais, e achar que isso é motivo para alguma intervenção, creio que os suíços preferiram reduzir a frequência e, com isso, aumentar a amplitude. Assim fica tudo certo, tudo bonito, e ninguém estranha.
Sim, e complementando o comentário do Igor: segundo Daniels, o co-axial não necessita de amplitudes muito altas pois o ângulo de levantamento é baixo. Ângulo de levantamento, grosseiramente falando, é o arco que o balanço descreve em contato com a âncora. Enquanto no escapamento de âncora suíço o ângulo varia entre 47º a 54º, o ângulo de levantamento do co-axial é de 30º a 38º (38º nos Omega). O que isso significa? Que menos "tempo" de contato entre o balanço e a âncora significa menos perturbação no balanço, menos desperdício de energia e mais tempo com o balanço girando livre só por sua oscilação natural. Percentualmente, o impacto dos 38º de ângulo de levantamento em relação à amplitude total por oscilação representa um escapamento mais eficiente, especialmente nas posições verticais, quando a amplitude é naturalmente mais baixa. Ou seja, enquanto no escapamento comum funcionando a 300º na horizontal e 270º na vertical, desperdiça-se algo em torno de 20% a 25% respectivamente de energia. No co-axial, com a mesma amplitude, perde-se apenas de 12% a 14% respectivamente. E mesmo se trabalhar com uma amplitude mais baixa, como 270º na vertical e 250º na horizontal (sim, com o co-axial o roubo de energia é menor e impacta menos sobre a perda natural na vertical), ainda temos um escapamento mais eficiente, com 14% a 16% de desperfício e perturbação.
E sendo assim, "economizando-se" 20º no ângulo de levantamento, pode-se economizar na amplitude total e fazer com que o balanço passe mais tempo com uma amplitude de algo em torno de 270º, ou seja, 3/4 de volta, o que em teoria miniza, ou melhor, autocompensa os erros de balanceamento do balanço. Ou seja, com o co-axial, você trabalha com uma amplitude mais baixa, mais ideal no que tange desbalanceamentos do balanço, e ainda assim, com melhor eficiência.
Podem se perguntar, sem fugir do assunto: por que o escapamento convencional então não trabalha com amplitude mais baixa, visto que é mais vantagem trabalhar perto dos 270º do que dos 300º de amplitude? Justamente porque o escapamento de âncora suíça perde um bocado de energia no contato do balanço com a âncora, e isso rouba ainda mais energia nas verticais e dificulta a retomada da amplitude plena em caso de choques ou movimentos bruscos. Se trabalhasse com amplitude mais baixa, perderia ainda mais amplitude nas verticais e dificultaria ainda mais a recuperação da oscilação em caso de distúrbios.
Abraços!
Adriano
Caro Adriano,
Muito obrigado por dividir etas informações.
Agora eu vejo claramente a razão e os benefícios do co-axial.
Vi muita coisa, alguns vídeo e até publicidade da Omega sobre o assunto, mas nada foi tão esclarecedor.
Tópico show de bola!!!
PS:Estou com meu PO no braço, e não tiro mais!
Salve!
De fato, um belo tópico!
Como sempre, com colocações interessantíssimas do amigo Adriano! 8)
Aliás...
Um aviso aos navegantes (da NET... :D)... ;)
Este tipo de informação, com essa consistência e assim concentrada (prontinha para o consumo ;)) não dá em "cachos" por aí, não!
É coisa do nosso FRM, meus caros! É cosa nostra... ;)
Podem crer.
8)
Abraços!
Alberto
Como bem diz o amigo Alberto, informações deste CALIBRE não há por aí assim como a chuva...
Quer pela sabedoria do amigo Adriano, quer forma cristalina como é veículada pelo mesmo.
Faz-me recordar alguns dos professores que tive, que conseguem transmitir de forma magistral aquilo que (muito) sabem(pela sabedoria e não menos importante -pela escolha das palavras).
Um prazer, uma honra poder fazer parte deste magnífico Fórum, creio que há uns bons 6 anos :D :D.
Muito obrigado! 8)
Abraços,
Correia
Caramba!!! :o :o :o
Obrigado amigo Adriano pelos excepcionais comentários!!! ;) ;) ;)
Realmente são informações que não são conseguidas facilmente, nem trazidas nos achismos fáceis que são vistos por aí!!! ;) ;) ;)
Valeu mesmo amigo!!!
Abraço
Paulo Sergio
Ah, o amigo Correia nunca pensou que seu post desse nisso!!! ;D ;D ;D
Valeu Correia!!!
Amigo Paulo Sérgio,
Engana-se redondamente! 8) :D
Pensei que meu post pudesse dar nisso, sim! ;)
1.º Porque mesmo com um daqueles posts de "qual destes dois relógios gosta mais?"(dos quais já terei aberto algum ::)), nunca a maioria dos colegas aqui se fica por alguma consideração superficial;
2.º Porque, com a excelência da maior parte das pessoas que aqui estão, estamos sempre habilitados a nos calhar "a lotaria" - como com aqueles brilhantes Professores que, depois de alguém colocar uma simples questão sobre um esquecido artigo do Código Penal vigente, e ele(s), durante meia hora poderiam dissertar com excelência, fazendo acervo desde o Penal de 1929...quem anda à chuva molha-se... ;D ;D ;D
3.º Porque o tópico, não sendo(e não podendo ser... ::), o "autor" sou eu... ::) ;D) carregado da componente técnica à qual não estou(estava :D) habilitado, dirigia-se sim claramente a que quem sabe da "coisa" me/nos pudesse dizer o "b - á- bá" dos benefícios, vantagens ou desvantagens de um movimento muito tradicional e de outro que o veio de alguma maneira substituir.
O tempo, dedicação, conhecimento e os princípios filantrópicos do amigo Adriano só podem merecer um MUITO OBRIGADO!!! :D :D :D
Abraços,
Correia
:D :D :D
;) ;) ;)
Fiz uma pergunta em outro tópico, sobre o Cal 2500, e havia me esquecido deste tópico... :-\ :-\ :-\
Desculpem...
Abraço
Paulo Sergio
O 1120 é o que equipa os primeiros Bonds?
Citação de: Neme online 27 Fevereiro 2013 às 00:50:26
O 1120 é o que equipa os primeiros Bonds?
Sim. O 1120 é o 2892-2 modificado da Omega.
Na verdade verdadeira, o calibre que equipava os primeiros Bonds era o 1109, que era um ETA 2892 praticamente sem modificações. Usavam o rotor com desenho original da ETA e tudo mais. Fui substituído pelo 1120, esse sim, consideravelmente modificado pela Omega.
Abraços!
Adriano
Taí uma informação (entre várias outras, óbvio) que eu não sabia!
Obrigado por compartilhar, Adriano! ;)
Aproveitando o gancho então, vou listar família da Omega baseada no 2890 e 2892. Mas antes, explicar as diferenças entre 2890, 2892 e 2892-A2.
"Senta que lá vem história", como dizia aquele programa da TV Cultura.
Como já falei aqui, o 289x usa um sistema de automático que é o mais arcaico que há, é o original da Eterna, o primeiro sistema bidirecional que a Eterna bolou, lá da década de 1940 (final dela), com uma roda inversora só. O livro do Gazeley tem um raro diagrama desse projeto e é ridículo como ele é praticamente o mesmo do 289x. O 2824 usa uma versão mais moderna do sistema Eterna, com duas rodas inversoras. O "defeito" do 289x é de nascença. A razão é bem simples: o sistema original da Eterna foi bolado numa época que os rleógios funcionavam a 18.000 a/h, 21.600 a/h no máximo, ou seja, com cordas longas, de baixa tensão, ou seja, uma molezinha de enrolar elas na árvore. Com o andar da carruagem, já na década de 1960, a frequência alta começou a virar moda. Vale lembrar, ou informar, já que pouca gente sabe, a família 282x/3x já teve versões de 36.000 a/h. Umas belezinhas, mas que pouca gente adotou pela preocupação com durabilidade. Essas versões foram abandonadas. Quase ninguém queria elas. Eram o 2826, que é que nem o 2824, só com data, o 2832 que era como o 2836, ou seja, day-date, e o 2838, que era como o 2834, ou seja, day-date com dia por extenso às 12 horas. Tem também as mesmas versões de corda manual com 36.000 a/h. Menos gente ainda sabe que a Zenith, para manter sua tradição de alta frequência, usou o 2832.
Voltando, o causo é que esse sistema da Eterna funcionava bem com cordas "molinhas". Mas alguém teve a idéia de manter esse mesmo sistema em mecanismos de alta frequência: o nosso amigo 2890, de 28.800 a/h, obviamente, com uma corda dura pacas, curta, com muita tensão. Resultado? A carga sobre o sistema do automático é enorme e a eficiência é bem prejudicada. Continuando, o 2890 é o original, pouca gente sabe, mas seu diâmetro era maior, tinha 12 1/2''' ou 29mm de diâmetro. Para caber em caixas menores, havia a opção de 11 1/2''', ou 25,6mm, que é o 2892. Resultado? O sistema de carga que já era capenga para carregar a corda de alta tensão, ficou ainda mais capenga pois o diâmetro do rotor diminuiu e ele perdeu muito momento de inércia. O 2892 original é uma lástima. Na tentativa de dar uma corrigida, a ETA veio com o 2892-A2, onde aumentou a massa do rotor, seu momento de inércia melhorou, mas... todo mundo já sabe.
Agora, aos Omegas:
- 1110, o pai de todos, era um 2892 cuspido. Dourado.
- 1111, era a versão chronometer do 1110, dourado também. Você encontra eles naqueles em Constellations e Seamasters 200m, os "tartarugas" como chamam.
- 1108, versão aprimorada do 1110, baseado no 2892-A2, ou seja, melhorado ao mesmo tempo que a base da ETA, e passou a ser rodiado.
- 1109, versão aprimorada do 1111, ou seja, chronometer.
E nesse meio termo, teve aí uma porção de 111x, de séries limitadas, esqueletos, etc. E aí veio o:
- 1120, que esse sim é um 2892-A2 consideravelmente modificado pela Omega no sistema do automático. Rolamento menor e de baixa inércia, modificações na ponte, roda inversora... A mesma abordagem que a Girard Perregaux fez, e que sabe-se lá por que razão, a ETA nunca fez. O 1120 portanto é a evolução do 1109, ou seja, ele é chronometer e com ele deixou de existir parentes sem COSC. O único baseado em ETA 289x (sem crono) passou a ser o 1120.
E sim, aí há as versões com crono e outros módulos. Mas os cronos (1140, 1141, 1143, 3220, 1138...) sempre se mantiveram baseados nos 2890 e não 2892, por seu diâmetro maior, que permite o acoplamento do módulo. Mas também por alguma razão desconhecida, nunca usaram o sistema de carga aprimorado pela Omega... vai entender.
E por fim, a evolução final do 1120, o 2500, que é um 1120 com escapamento co-axial. O resto todo mundo já sabe.
Abraços!
Adriano
Bela história, Adriano. Faça uma cópia lá nos Clássicos, por favor!
Corrigindo uma informação anterior que dei, os 1120 surgiram em 1996, segundo um catálogo que tenho aqui; os 1109 ainda foram utilizados por algum tempo nos Dynamic.
Adriano, o sistema de carga do 2892 é semelhante ao do ETA 1256?
Flávio
Citação de: flavio online 27 Fevereiro 2013 às 10:18:21
Corrigindo uma informação anterior que dei, os 1120 surgiram em 1996, segundo um catálogo que tenho aqui; os 1109 ainda foram utilizados por algum tempo nos Dynamic.
Adriano, o sistema de carga do 2892 é semelhante ao do ETA 1256?
Flávio
Corrigindo a sua correção: os Dynamic continuaram usando o 1108, que é a versão non-chronometer. ;)
Mas nunca houve irmão do 1120, com seus aprimoramentos in-house, sem COSC.
Flávio, exato, o sistema do 289x é conceitualmente e estrututalmente o mesmo sistema do 1256 (aquela aberração).
Abraços!
Adriano
Isso, 1108.
Caro Adriano,
Obrigado por compartilhar estas informações!
Bela aula Adriano, grande abraço! ;)
Citação de: Adriano online 15 Outubro 2012 às 18:33:16
O próprio 2500 está no rumo da aposentadoria. Não deve passar da versão atual, a "D", que possui roda de escape feita pelo processo "LIGA". Posso estar enganado, claro, mas a tendência é que ele desapareça. Todos os modelos antes equipados com ele estão mudando para o 8500.
Abraços!
Adriano
O tópico é velho mais muito interessante. Estava relendo e conforme citado pelo Adriano o 2500 estaria para ser aposentado, então pergunto: o Seamaster Bond estaria pra ser aposentado também, ou seria utilizado um terceiro calibre nele, já que 8500 não cabe no Bond? abs
Qualquer resposta que não seja do Urquhart ou do Monachon, seria chute.
Em outras palavras: quem sabe? Mas não há nada que impede que o James Bond receba outro calibre. Talvez seja difícil manter as mesmas dimensões usando o calibre 8500, mas como falei em outro tópico, quem sabe a Omega não tem outro calibre de manufatura na manga?
Abraços!
Adriano
Citação de: Adriano online 23 Dezembro 2013 às 01:40:53
Qualquer resposta que não seja do Urquhart ou do Monachon, seria chute.
Em outras palavras: quem sabe? Mas não há nada que impede que o James Bond receba outro calibre. Talvez seja difícil manter as mesmas dimensões usando o calibre 8500, mas como falei em outro tópico, quem sabe a Omega não tem outro calibre de manufatura na manga?
Abraços!
Adriano
E já que é pra chutar...
E ainda estamos falando de Bond, James Bond...
Quem sabe o próximo filme da franquia não estreie o calibre antimagnético e sem lubrificação, nada mais 007 que isso.
Abs.
Gente, bom dia. Que belo presente neste fim de ano.
Vivendo e aprendendo muito.
Obrigado e boas festas com meu abraço, Veiga.