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Blz, entendi! Então, você acha que este sistema de mudança de horas, torna este componente mais fragil e suscetível a quebra?

Adriano, se possível, depois poderia postar uma foto de como funciona o mecanismo saltador desses ponteiros, eu nunca analisei o mecanismo para ver como é. Afinal, qual é a mola que quebra. Ps. Sou daqueles que DETESTA com todas as forças essa merda de mecanismo e, no caso do meu 8500, cada vez que vou ajustá-lo eu rezo uns 10 pais nossos esperando que não quebre.

Flávio,

Fugindo um pouco deste tópico, mas por curiosidade, porque você DETESTA o mecanismo 8500? Sempre considerei um excelente calibre.

A proposito, sua restrição também se aplica aos coaxiais com base ETA e aos mais novos master cronometros da Omega?

A 1 está corretamente respondida pelo João Victor. Em outras palavras, o arraste do calendário é sempre feito diretamente pelo ponteiro de horas, seja no seu salto natural à meia noite, seja pelo ajuste rápido. É um sistema único.

E estendendo a resposta, é justamente por não ser um sistema único, mas dois separados e independentes, que e em um relógio "comum" se você usar o ajuste rápido na hora errada, com o sistema engajado, pode danificá-lo.

Outro comentário: muitas marcas tem feito ajuste de horas independentes mesmo sem possuir a função GMT, como é o caso dos próprios Omegas 8500 e seus sucessores. Há quem goste, por permitir mudar de fuso sem parar o relógio, há quem deteste porque acertar o calendário é um saco.

Sobre a pergunta 2, é problema de material mesmo. Tudo em um relógio tem que ser feito para você manusear. Se o usuário tiver que ter "cuidado" ao manusear, é porque é mal projetado. Então não tem o que você faça para evitar essas quebras. São as marcas que têm que fazer coisas que durem o mínimo a que se propõem. Até onde sei, esses são problemas do passado, tanto da Omega como da Rolex.


Abs.,

Adriano

Adriano,

Sobre a pergunta 2, saberia informar a partir de quando, mais ou menos, este problema do material foi resolvido? É problema antigo ou recente?

Ainda sobre a pergunta 2, entendi quando você comenta sobre a questão do "cuidado" do usuário ao manusear, mas entendo que a falta "exagerada" de "cuidado" do usuário também pode danificar um relógio mecânico. Nesta questão, observo em videos que muitos usuários fazem a passagem do ponteiro da hora muito rápido, o ponteiro passa quase de forma continua. Eu, particularmente, passo uma hora por vez pensando que estou aumentando a vida útil dos componentes do GMT. Este meu "cuidado" procede ou não faz diferença?

Saudações,

Jefferson.

Prezados Foristas,

Recentemente conversando com Flávio sobre ajustes em relógios com mecanismo GMT "verdadeiro", ficaram algumas duvidas e ele sugeriu abrir o tema aqui no forum para ampliar a discussão.

1- Mecanismos com GMT "verdadeiro" possuem limitação de horário para ajuste da data, como ocorre em relógios mecanicos de três ponteiros e data, que não devemos ajustar a data entre às 21h e 3h? E porque não possuem esta limitação?

2- Estes mecanismo possuem histórico, a exemplo dos Omega como até mesmo Rolex, de quebra da mola de pulo das horas? Qual a causa desta quebra? Existe algum cuidado especial no manuseio para evitar a quebra?

Saudações,

Jefferson.

Flávio, muito bom...

A historia está rendendo mas sinceramente acho que não vai dar em nada ou muito pouco em termos práticos.

Muito legal, também não conhecia, nem fazia ideia desta possibilidade. Realmente o sistema é bem complexo e fico imaginando o trabalho que dava para fazer manutenção e o problemão quando ocorria algum vazamento numa destas tubulações, tanto para localizar o vazamento, como reparar sem deixar os relógios desta mesma rede sem funcionar. A engenhosidade humana sempre me surpreende.

O IPR fez uma seleção bem legal de videos explicativos do funcionamento de relógios mecânicos, algo que hoje encontramos com muita facilidade na internet, mas dentre estes videos tem uma perola de 1949 da Hamilton que é imperdivel, tanto pela didática quanto pelo valor histórico. Boa diversão...

https://www.institutoportuguesderelojoaria.pt/post/como-funciona-um-rel%C3%B3gio-mec%C3%A2nico

O único X da questão aí é que o Kern disse que a Universal seria posicionada ACIMA da Breitling em seu portfólio, o que faz sentido num grupo, mas não nas raízes históricas da marca... Aguardemos.

Pior seria... que eu não acredito porque não faz o menor sentido, é a Breitling fazer com a Universal, o que a Montblanc fez com a Minerva.

Uma outra noticia atrasada, mas não achei menção aqui no FRM, foi a aquisição do nome Universal Geneve por parte da Breitling que apanhou a indústria relojoeira de surpresa. Particularmente, da Universal Geneve só conheço um pouco da sua rica historia e algumas das suas contribuições para a relojoaria, mas sua reputação precede seu nome.

https://espiraldotempo.com/a-ressurreicao-da-universal-geneve-5-questoes-que-se-impoem/

Estava desatualizado das minhas leituras de relojoaria e afastado do FRM, mas no passado feriado do carnaval consegui me atualizar um pouco e achei interessante este apanhado que a Espiral do Tempo publicou no inicio de 2024 sobre as tendências para este ano.

https://espiraldotempo.com/previsoes-o-que-nos-espera-em-2024/

Embora o tema já seja um pouco batido e volta e meia surgem considerações a respeito em outros assuntos relacionados, achei interessante e me fez pensar um pouco sobre o valor que ainda hoje conseguimos perceber, independente de todas as artimanhas dos grandes fabricantes, nos relógios mecânicos.

De fato, como dito, um produto eletrônico por principio é algo descartável e com vida curta. Portanto, não consegue criar vinculo, nem aquele tipo de ligação especial com seu dono. Aí o relógio mecânico, quando bem cuidado, apreciado e bastante usado pelo seu dono, vai construindo uma história toda especial que só aumenta essa ligação. E quando o dono inventa de associar a compra de um bom relógio mecânico com algum evento ou momento especial da sua vida, f***u, o danado agarra no sujeito de um jeito que parece ganhar vida própria.

Tem também outras questões que me fascinam nos relógios mecânicos, como todos os séculos de história associados num produto que nos dias de hoje mudou muito pouco seu principio de funcionamento, o fato de ser uma das maiores invenções da história humana, a miniaturização de componentes mecânicos e de ser um produto totalmente alinhado com as questões ambientais (não precisa de bateria, não é descartável etc).

E as questões de funcionalidade e precisão nem precisam entrar na conta.

Aí me pergunto como uma pessoa de bom senso pode não gostar, nem admirar um bom relógio mecânico. Portanto, acredito que ainda tenham um futuro, isso se a ganância das grandes marcas não estragar ainda mais seu encanto.

Acontece nestes dias e até o próximo dia 20 de novembro aquela que é considerada por muitos a mais diversa e interessante evento relojoeiro da atualidade e pode ser acompanhado em direto nas diversas mídias disponíveis.

Aproveitem e segue um bom resumo do evento:
https://espiraldotempo.com/dubai-watch-week-2023-tudo-o-que-e-preciso-saber/

Vou hoje conhecer a loja!

Posta aqui suas impressões e preços.

A Seiko vem equipando alguns relógios da linha Presage com GMT, date pointer e reserva de marcha utilizando este calibre 6R64, que aparentemente é uma modificação da linha 6R.

Alguém aqui do FRM utiliza relógios com este calibre ou conhece para dar uma opinião? Tipo qualidade dos componentes/materiais, utiliza peças em polimero, histórico de problemas?

Saudações,

Jefferson.

Já publiquei aqui um tópico falando do relojoeiro independente Hervé Schlüchter e seu projeto Árvore da Vida, mas agora ele lança seu primeiro relógio e fala ele mesmo sobre o projeto e detalhes da sua construção. Está aí um relógio, que se fosse para o meu bico, amaria ter. Primeiro por todo o significado da sua criação e depois por ser construido manualmente e com recurso de várias artes tradicionais da relojoaria.

Segue link do IPR: https://www.institutoportuguesderelojoaria.pt/post/estreia-do-relojoeiro-herv%C3%A9-schl%C3%BCchter-com-l-essentiel-o-regulador-filos%C3%B3fico

Saudações,

Jefferson.

Para quem curte publicidade de relógios e também gosta de uma boa nostalgia, vejam esta seleção dos arquivos da publicação Europa Star e que através do autor Marco Strazzi abrange um século, de 1900 a 2000, e dividido em décadas. Muito legal!

Link do artigo no IPR: https://www.institutoportuguesderelojoaria.pt/post/uma-hist%C3%B3ria-da-publicidade-relojoeira

Acho normal qualquer pessoa ficar com duvidas da qualidade quando se fala em componentes de mecanismos de relógios mecânicos em polímero (vulgo plástico), mas o fato é que na industria em geral a tecnologia de desenvolvimento de polímeros evoluiu bastante e encontramos varias aplicações importantes substituindo os metais por polímeros e não necessariamente estes polímeros especiais são mais baratos, mas apresentam desempenho superior dependendo do serviço e por este motivo são adotados, como maior resistência a oxidação, menor atrito, menor necessidade de lubrificação, menor sensibilidade a mudanças de temperatura, maior resistência a abrasivos, não magnéticos etc.

Agora a pergunta de 1 milhão é qual a qualidade do polímero aplicado nos powermatic 80, mas considerando que até onde sei, sendo este recurso adotado para baratear os calibres, me parece sensato pensar que talvez não tenham a mesma durabilidade que os metálicos.

O IPR fez um inressante resumo dos acontecimentos com o titulo "Um Omega Frankenstein 3,2M€ depois e o princípio do Observador de Heisenberg". Achei bem interessante... segue o link:

https://www.institutoportuguesderelojoaria.pt/post/um-omega-frankenstein-chf3-115-500-depois-e-o-princ%C3%ADpio-do-observador-de-heisenberg

Eu me divirto com isso. Era mais do que esperado que isso aconteceria.

Isso começou a acontecer quando otários começaram a pagar não apenas 10 ou 20% a mais em Submariner e Sea-Dweller "red", mas pagar o dobro, triplo... Não demorou nada para começarem a pintar de vermelho por cima das gravações originais.

Aliás as grandes casas de leilões internacionais se especializaram em vender relógios "montados", frankensteins... Tipo mesmo mostrador aparecendo em 3 números de série... Isso quando não metem um puta photoshop para tirar defeitos (ou colocar alguns defeitos que "valorozam")...

Bem feito. Dinheiro não aceita desaforo. Trouxa que mete essa quantia de dinheiro nesse tipo de coisa cujo valor é totalmente inventado tem mais é que ser sodomizado mesmo. Mas vão dizer que eu sou invejoso.

Abs.,

Adriano

Agora o mais irônico desta história foi que, até onde sei, foi o museu da Omega que fez esta compra milionária no agora speedmaster frankenstein. A própria Omega caiu no golpe?