Senão vejamos. Uma coisa é o relógio perder amplitude por igual em todas as verticais. E o quanto ele perde, depende, entre outros fatores, do peso e diâmetro do balanço. Sim, do peso e diâmetro e não especificamente do momento de inércia. Não é mais tão unanimidade, hoje, a constatação de Pierre Chopard de que balanços de maior diâmetro oferecem melhor desempenho cronométrico.
Hoje entende-se que, por exemplo, se você pega um mesmo movimento com dois jogos de balanços, um leve e grande, e outro pequeno e pesado, mas com mesmo momento de inércia, terá resultados diferentes do quanto de amplitude você perde nas verticais e isso pode ser uma chave para melhor isocronismo, uma vez que em determinada situações você perde menos amplitude usando um balanço pesado e pequeno, ou seja, contrariando a convenção de Chopard.
Agora, outra coisa é você perder amplitude numa única posição vertical em relação às outras. Sabendo que o que rege essa queda é meramente o atrito nos pivôs, e que ele é praticamente igual em todas as verticais (isso é bastante lógico), passo a crer que essa queda em apenas uma vertical se deva à um fator externo e que ele deve estar relacionado à geometria do escapamento. Sendo a âncora a única peça realmente assimétrica do escapamento, e portanto, cujo centro de gravidade muda dependendo da posição, creio estar nela a resposta e realmente ela pode sofrer em alguma posição e interferir no platô.
Mas sem conhecer todos os dados de projeto, isso fica no âmbito da suposição.
Abraços!
Adriano