Dic, tenho o livro em casa, mas não o li, chama-se As duas faces da Glória. Meu pai é fanático por história militar e, quando o leu, teve a mesma impressão. Ressalte-se, porém, que apesar da má impressão, outros livros, até mesmo o recente do Barone, para o público comum, não afastam os dados trazidos pelo Waack, mas enaltecem a figura do pracinha que, como dito acima, lutaram muito bem, considerando treinamento que tiveram. Poderíamos resumi-los assim: sim, não eram boinas vermelhas da Inglaterra, mas deram sangue, suor e lágrimas por uma guerra que sequer era sua.
Flávio
Flavinho,
O livro do William é muito bom, em que pese a má impressão inicial.
Mas os pracinhas foram, sim, grandes soldados. E me permita discordar um pouquinho sobre sua observação a respeito dos ingleses.
Tem um grande livro, do general Mark Clark, cujo título no Brasil é "Risco calculado". Ao contrário do "Memórias do Marchal Montgomery", que ao lê-lo tem-se a clara impressão que ele e os ingleses ganharam a II Guerra sozinhos, o livro do Clark era de uma honestidade desconcertante.
Mal cita os brasileiros, mas deixa claro que naquelas circunstâncias miseráveis mesmo o soldado profissional/veterano guerreava como dava. Que as táticas mais inteligentes sucumbiram ou ao medo de morrer ou ao patriotismo enlouquecido - dos dois lados.
Outro livro fundamental (pela honestidade de documentar criticamente aquele período) é "Panzer líder", do general Guderian. Reconhece sobretudo a eficiência da selvageria soviética ao lançar enxames de T-34, mesmo pagando altíssimo preço em vidas.
Afinal, o que era uma tripulação de quatro garotos para o camarada Stalin?
Dic