Olha, eu sequer posso falar sobre outros esportes, pois só fiz um de forma séria na vida, o mountain bike, competindo desde 1991. Portanto, não sei a história do doping nos demais esportes, mas muito da aura negativa do ciclismo advém de outros tempos. Era considerado normal até o fim dos anos 60 ciclistas se entupirem de anfetaminas que hoje sequer a indústria farmacêutica fabrica mais, tal a potência dos remédios. O mundo só abriu os olhos para isso quando Tom Simpsom, campeão mundial e britânico, caiu duro numa subida do tour por excesso esforço e nos seus bolsos da camisa foram encontrados dezenas, não um ou dois, mas dezenas de comprimidos. E todos usavam a mesma coisa, com conhecimento de organizadores e, pior, fãs. Portanto, correndo o risco de ser injusto com a modalidade que adoro, acredito sim que haja um fator cultural quanto ao uso de drogas no ciclismo, somado às exigências da modalidade que é sim a mais brutal entre todas as modalidades esportivas que o homem inventou de praticar na sua existência neste planeta. Eu sinceramente não sei se os esteróides anabolizantes, por exemplo, tinham uso disseminado e descontrolado nos outros esportes de alto desempenho a partir dos anos 50, quando começaram a ser sintetizados. A italianada, porém, vem usando drogas, começando pela cocaína, desde o início do século 20, sem que houvesse qualquer controle e, pior, com estímulo dos pares. A situação melhorou? Não. Em Brasília, por exemplo, vejo ciclistas amadores que botam muita pressão em subidas e possuem corpo de atleta de explosão! Isso é geneticamente impossível, e falo por mim, que possuo 63 k para 1.67 de altura e 11.5 por cento de gordura e, na época que competia tinha 56, com oito por cento, e era considerado um puta escalador. Escalador é tripa seca! Ou seja, os amadores em Brasília usam esteróides no ciclismo. Amadores! E esse mau exemplo vem de cima... Flávio
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