Olha, eu acompanhei a Pulso desde a primeira edição e acho que a revista melhorou mil por cento nos últimos anos, principalmente pelo maior cuidado de revisão (que antes, com todo respeito, era horrível, pois certa feita eu cheguei a ter publicados uns 4 textos meus na revista e todos saíram com erros de português que não existiam nos originais) e com maior qualidade. Há, desde a entrada do Adriano, textos técnicos. EU ainda compro a revista e a considero boa, muito embora não compre regularmente, compro, sei lá, umas 4 por ano.
O que falta:
- Deveria haver um equilíbrio entre entrevistas com pessoas realmente do ramo, que colocam a mão na massa, e CEOs de empresas. Eu, por exemplo, gosto de ver o que CEOs estão falando, mas não em toda revista. Se o cara se dispusesse, por exemplo, a ser entrevistado, iria sugerir, por exempo, alguém como o Carregalo, sei lá, até eu( kkkkkkkkkkkkkkkkk), mas não ceos de empresa. Sim, no fundo a entrevista de um CEO é um afago, mas eu preferia assim: uma edição com Ceo, outra com algum cara que contribuiu de algum modo com a indústria e a relojoaria como um todo;
- A parte dos artigos técnicos foi superada com a entrada do Adriano para a revista (que puxando a brasa para minha sardinha, fui eu que indiquei, pois não basta sacar o assunto, tem que saber escrever, e para leigos! Na época indiquei 3 nomes, os outros dois não aceitaram, talvez pelo mesmo motivo que parei de escrever para a revista: caras, tenho uma preguiça danada com compromissos, eu escrevo quando estou afim. E quando escrevo, tenho ansiedade em publicar os troços. Por exemplo: pelo menos dois textos escritos no site depois que parei de escrever para a Pulso, tirando o lado sentimental (o sobre Harrison e o sobre a Corporação de ofício) fatalmente poderiam ter sido publicados na revista e, eu conhecendo os editores, seriam mesmo, até mesmo porque, puxando a brasa para minha sardinha mais uma vez, ficaram bons. Mas e a vontade de colocar o filho no mundo naquela hora, na net, sem ter que espera, às vezes, até 3 meses para que a publicação se mantivesse inédita? Eu nunca tive este lance de vaidade de ver textos meus publicados em revistas, então, hoje, eu escrevo e vai tudo para o site;
- A parte de testes, muito comum nas revistas gringas, deixa a dever na Pulso, mas aí eu acho que é uma puta má vontade dos fabricantes, que não remetem os relógios para a revista. E mais: sei lá se o público brasileiro está interessado nisso...
- Falta, ainda, isso na minha opinião recente, a abordagem histórica que antes era comum na pulso, ainda que não em profundidade, e hoje sumiu da revsita. E sumiu justamente num momento de vida meu que eu praticamente abandonei (claro, não há como...) os lances técnicos da relojoaria em prol da história da relojoaria.
Mas no geral, a revista é boa. Ainda precisa melhorar, mas é mil vezes melhor, por exemplo, do que na época em que eu escrevia. Hoje há textos SINGULARES na revista, o que antigamente não havia. Isso, por si só, já é legal. Por textos singulares, entenda-se, alguma abordagem que eu nunca tenha visto anteriormente.
Melhor revista do mundo na minha opinião, antes que perguntem. A Watch Time, que reúne história, técnica, comércio e indústria. Porém, é a revista com mais propagandas do mundo e, em certas matérias, vocè simplemsnete nem sabe se o que está lendo é uma propaganda ou algo "real".
No fundo, revista é assim: leia, forme sua convicção e pense...
Flávio