Sobre a precisão do relógio, mais testes...
Como já ressaltei acima, o relógio não é um regulador de precisão, no estrito sentido do termo, mas tem se mostrado muito melhor do que o próprio relojoeiro que o revisou esperava. Nos últimos 15 dias ele apresentou a melhor marcha de todo período que estou com ele, tendo adiantado 45 segundos (nos 15 dias). Porém, nem tudo são flores, e a grande questão que aporrinhou relojoeiros durante toda a História, e só foi praticamente solucionada com a criação das ligas metálicas invariáveis, a temperatura, também o afeta. Explico... A haste do pêndulo dele não é compensada para temperatura, é de madeira comum. Aliás, não sei qual madeira... Fato é que a madeira, assim como os metais, também se expande com o aumento de temperatura (o que ATRASA o relógio), e se encolhe com a diminuição (o que ADIANTA) o relógio. Mas não só, e isso foi algo que só me dei conta após passar a prestar atenção ao relógio: umidade. Em dias úmidos, a madeira absorve água, expande-se (sim, a expansão é micrométrica, mas como estamos falando de algo que pode variar, como está variando, cerca de 3 segundos ao dia, esses erros minúsculos acabam aparecendo), e o relógio atrasa. Em dias quentes, adianta.
No final das contas, como as variações ocorrem várias vezes, o que provavelmente acontece é que o relógio se auto compensa com seus atrasos e adiantamentos e acaba mostrando uma marcha de apenas 3 segundos ao dia.
Mas... Aí vem o lance de precisão vs compensação de marcha... Quando o clima se torna bastante constante durante a semana, a tendência é o relógio acumular muito mais erros do que quando há variação. Já houve semana bastante chuvosa aqui que o relógio atrasou 3 minutos numa só semana. E em semanas com noites mais frias, atrasou muito...
As idiossincrasias dos relógios mecânicos!