Dicas para um início de coleção

 Bom dia, colegas
 Herdei do meu avô o gosto pela horologia e sou fascinado por tudo que é mecânico. Há 2 anos decidi que compraria um relógio em cada viagem e momentos importantes da vida, comprei um Nomos Tangente edição de 50 anos do médicos sem fronteiras em uma viagem, hoje é meu relógio do dia-a-dia e, por incrível que pareça, toda vez que coloco ele me lembro exatamente de como foi a viagem (que incluiu alguns dias em Genebra, então foi algo realmente especial), o dia da compra (comprei em Berlin em um dealer) e os projetos que concluí naquele ano, tenho 32 anos e guardar essas sensações das fases da vida para sempre. Então em minha futura coleção não procuro relógios que valorizem, que eu queira usar para um upgrade de modelo depois, nem que eu não vá querer usar sempre, logo quero algo que eu consiga manter propriamente, dando as devidas manutenções, e que sejam mais atemporais.

 Esse ano vou passar umas semanas na Itália e no sudeste europeu e queria adicionar mais um relógio, como o Nomos é bem sóbrio e, para o meu estilo, casa bem até em situações um pouco mais formais, quero um relógio mais esporte. Inicialmente tinha decidido em um Tudor Black Bay navy blue que acho muito bonito e fica dentro do meu orçamento, seria meu Diver, depois pensei nos Omega Speedmaster, que têm os Reduced por ótimos preços, caixa de 39mm (tenho pulso bem fino) e que ocupariam o lugar do, perdoem a heresia, Moonwatch, que faço questão de ter na coleção algum dia.

 Fui pesquisar a manutenção para o Speedmaster reduced e fiquei bastante surpreso quando vi que o 3320/ETA 2890-A2 tem o Dubois-Depráz praticamente descartável, poucos relojoeiros sequer dão manutenção e o serviço na Omega, que faz a troca do movimento, cobra em média 750 dólares, num intervalo recomendado de 5 anos. Não sei se realmente é verdade que esse seja o custo médio para o serviço e que não se tenha quem faça a lubrificação e aferição periódica sem a troca do DD2020, mas me desanimou um pouco e voltei o foco para o Tudor.

 Procurando vi que o Tudor tem custo de manutenção de Rolex, quando feitas nas autorizadas, mas imagino que seja algo mais durável e que possa ser mantido com um bom relojoeiro sem esse problema de grandes reposições de partes do movimento com tanta frequência.


Aproveitando o assunto, vocês teriam indicação de algum bom relojoeiro no Rio Grande do Sul, preferencialmente na região metropolitana? Caso opte por um dos dois relógios, até para me programar para as futuras compras e a coleção crescendo, qual seria o custo médio de revisões para relógios dessa categoria, para alguém que é extremamente cuidadoso, então desconsiderando manutenções corretivas? 5 anos é realmente a média ideal para revisões em relógios usados uma a duas vezes por semana ou é zelo exagerado?


 É isso, peço desculpa pelo tanto de perguntas, mas na ideia de procurar respostas acabei com muito mais dúvidas do que comecei.

Sendo muito suscinto na minha resposta: se você usa pouco o relógio e não é um cupim de ferro, pode dobrar esse intervalo de revisão aí.
Se a cada 10 anos você fizer uma revisão bem feita (por "bem feita", leia-se 'coisa feita no padrão de autorizada'), garanto que seu relógio vai durar a vida toda, sem precisar trocar nenhuma peça não-consumível.

Esses 5 anos que você lê como recomendação é para quem tem o tal modelo como único relógio e o usa 24/7 durante 5 anos, e, mesmo assim, tenho dúvidas se ainda não é um intervalo curto.

Ademais, o foda de ter muitos relógios e ser meio "paranoico" com manutenção é que a cada dia está ficando mais cara uma revisão de qualidade, e dá-lhe grana para manter uma coleção que está sempre crescendo... o bom mesmo é ter um, dois ou três relógios de alta qualidade, ou então ter um monte, socar no fundo da gaveta e dar de ombros para manutenção (ou seja, só arruma quando quebra kkkk).

Eu não me julgo a opinar sobre como formar uma coleção porque meu critério sempre foi "gosto ou não gosto" e "posso ou não pagar".

Mas me chamou antenção seu comentário sobre o Speedy Reduced e seu módulo. Eu não sei onde leu essa informação dele ser descartável, mas recomendo que reconsidere urgentemente suas fontes pesquisa. Infelizmente a internet está cada vez mais cheia de "especialistas" que presumem e chutam informações, naturalmente erradas.

Abs.,

Adriano

Sendo muito suscinto na minha resposta: se você usa pouco o relógio e não é um cupim de ferro, pode dobrar esse intervalo de revisão aí.
Se a cada 10 anos você fizer uma revisão bem feita (por "bem feita", leia-se 'coisa feita no padrão de autorizada'), garanto que seu relógio vai durar a vida toda, sem precisar trocar nenhuma peça não-consumível.

Esses 5 anos que você lê como recomendação é para quem tem o tal modelo como único relógio e o usa 24/7 durante 5 anos, e, mesmo assim, tenho dúvidas se ainda não é um intervalo curto.

Ademais, o foda de ter muitos relógios e ser meio "paranoico" com manutenção é que a cada dia está ficando mais cara uma revisão de qualidade, e dá-lhe grana para manter uma coleção que está sempre crescendo... o bom mesmo é ter um, dois ou três relógios de alta qualidade, ou então ter um monte, socar no fundo da gaveta e dar de ombros para manutenção (ou seja, só arruma quando quebra kkkk).

 Eu já desconfiava que seria algo nessa linha, não conseguia enxergar motivo para um relógio, que sempre foi algo para durar a vida toda, ser quase que descartável. Cheguei até a fazer uma reflexão sobre o relógio nesse sentido, fica meio paradoxo do Navio de Teseu, daqui uns anos o relógio que eu teria seria o mesmo relógio?
 Obrigado pelas dicas, já facilita bastante ter uma coleção razoável. Minha meta atual é ter 3 bons relógios mesmo, O Nomos para algo mais sóbrio, um diver, que seria o Black Bay (Pelagos entrou na lista ontem também), e um Omega Speedmaster.

 Se eu comprar o Reduced fica a vaga do Diver para, daqui uns anos, quem sabe, um Submariner em vez do Tudor, se comprar o Tudor fica a vaga para um Speedmaster não-Reduced. Agora é fazer as contas e escolher, mas me tranquilizou bastante, fica bem mais viável de ter e manter as coisas do jeito certo.

Eu não me julgo a opinar sobre como formar uma coleção porque meu critério sempre foi "gosto ou não gosto" e "posso ou não pagar".

Mas me chamou antenção seu comentário sobre o Speedy Reduced e seu módulo. Eu não sei onde leu essa informação dele ser descartável, mas recomendo que reconsidere urgentemente suas fontes pesquisa. Infelizmente a internet está cada vez mais cheia de "especialistas" que presumem e chutam informações, naturalmente erradas.

Abs.,

Adriano

Vi em alguns vídeos, mas é bem comum de encontrar comentários do tipo sobre o DD. Também achei bastante estranho, por isso vim perguntar, mas me pareceu meio que consenso de que o Reduced é complicado de manter.

https://www.watchuseek.com/threads/omega-speedmaster-reduced-recommend-or-not.5229492/

https://www.watchuseek.com/threads/thinking-about-speedmaster-reduced.1208602/

Há muito anos eu disse provavelmente aqui no fórum mesmo que o Watchuseek era a o pior lugar para pesquisar qualquer coisa sobre relojoaria e pelo visto continua. Maior fonte de desinformação que há na internet.

Eu não li tudo, apenas bati e olho e não vi ninguém falando que os módulos são descartáveis.

Mas vale a pena esclarecer: tanto os módulos DD como os da ETA (2894) são perfeitamente revisáveis. Sendo este último um pouco mais chato. E nenhum dos dois é problemático. Tanto que nem sempre precisam de revisão na mesma frequência que o mecanismo base. O que acontece são duas coisas: como eu já disse, pode haver casos em que o módulo realmente não precisa ser revisado (podendo ficar para uma outra revisão posterior) e realmente não há razão para fazê-lo sem necessidade. Seria o equivalente a ficar revisando a máquina do seu relógio a cada 2 anos sem precisar.

Outra coisa que acontece é que, por serem relativamente complicados, requerem um relojoeiro bem capacitado para fazer a revisão, e em países de primeiro mundo, onde relojoeiros bem capacitados são bem remunerados E não sofrem de taxas de importação estuprantes, as horas de mão-de-obra para revisar esses módulos pode sair mais caro que trocar o módulo. E quando digo trocar, é mandar o módulo de volta para o fabricante (que vai revisar/recondicionar) e eles te mandarem um que pode ser novo, ou revisado/recondicionado (hoje praticamente não há diferença prátic entre ser novo ou recondicionado). Essa troca sai mais barata que a revisão, e possivelmente mais rápida, se houver um banco local desses módulos. Esses módulos não são descartados, nunca.

Se um relojoeiro não revisa esses módulos porque ele não é capaz, aí é outro problema e ele não deveria estar mexendo com isso.

Sobre ser problemático, não só não é como não vejo essa discussão com os Royal Oak Offshore, que usaram basicamente o mesmo módulo DD até outro dia e todo mundo paga os tubos de dinheiro por eles, sem reclamar.

Em resumo: se você está de olho no Reduced, a presença do módulo não deveria ser obstáculo. Inclusive na maioria dos lugares do mundo, que eu saiba, na autorizada Omega você vai pagar a mesma coisa na manutenção de qualquer crono, modular ou não, e precise ou não de revisão ou troca do módulo.

Abs.,

Adriano

Há muito anos eu disse provavelmente aqui no fórum mesmo que o Watchuseek era a o pior lugar para pesquisar qualquer coisa sobre relojoaria e pelo visto continua. Maior fonte de desinformação que há na internet.

Eu não li tudo, apenas bati e olho e não vi ninguém falando que os módulos são descartáveis.

Mas vale a pena esclarecer: tanto os módulos DD como os da ETA (2894) são perfeitamente revisáveis. Sendo este último um pouco mais chato. E nenhum dos dois é problemático. Tanto que nem sempre precisam de revisão na mesma frequência que o mecanismo base. O que acontece são duas coisas: como eu já disse, pode haver casos em que o módulo realmente não precisa ser revisado (podendo ficar para uma outra revisão posterior) e realmente não há razão para fazê-lo sem necessidade. Seria o equivalente a ficar revisando a máquina do seu relógio a cada 2 anos sem precisar.

Outra coisa que acontece é que, por serem relativamente complicados, requerem um relojoeiro bem capacitado para fazer a revisão, e em países de primeiro mundo, onde relojoeiros bem capacitados são bem remunerados E não sofrem de taxas de importação estuprantes, as horas de mão-de-obra para revisar esses módulos pode sair mais caro que trocar o módulo. E quando digo trocar, é mandar o módulo de volta para o fabricante (que vai revisar/recondicionar) e eles te mandarem um que pode ser novo, ou revisado/recondicionado (hoje praticamente não há diferença prátic entre ser novo ou recondicionado). Essa troca sai mais barata que a revisão, e possivelmente mais rápida, se houver um banco local desses módulos. Esses módulos não são descartados, nunca.

Se um relojoeiro não revisa esses módulos porque ele não é capaz, aí é outro problema e ele não deveria estar mexendo com isso.

Sobre ser problemático, não só não é como não vejo essa discussão com os Royal Oak Offshore, que usaram basicamente o mesmo módulo DD até outro dia e todo mundo paga os tubos de dinheiro por eles, sem reclamar.

Em resumo: se você está de olho no Reduced, a presença do módulo não deveria ser obstáculo. Inclusive na maioria dos lugares do mundo, que eu saiba, na autorizada Omega você vai pagar a mesma coisa na manutenção de qualquer crono, modular ou não, e precise ou não de revisão ou troca do módulo.

Abs.,

Adriano

Perfeito, então volta para a lista o Reduced. Tendo mais opções fica mais fácil de eu garantir que volte com algum dos relógios escolhidos, como não são relógios novos preciso alinhar com a sorte de achar o modelo que agrada, nas condições que agrada e num preço que seja justo, aumentando o leque as minhas chances melhoram. Até o momento acho que a busca vai ser focada nos Black Bay>Reduced>Pelagos (gostei bastante do contraste do azul com o titânio).

 Obrigado pelas dicas, caso alguém tenha indicação de relojoeiro bom no RS eu agradeço, quero fazer uma avaliação do Nomos e dar uma revisada em alguns relógios antigos que meu pai tem.

Você está fazendo certo. Aqui as dicas são boas. Antes do fórum eu dei muita cabeçada. Atualmente controlei minha loucura e botei muita coisa para fora.

Enviado de meu moto g(9) play usando o Tapatalk

Você está fazendo certo. Aqui as dicas são boas. Antes do fórum eu dei muita cabeçada. Atualmente controlei minha loucura e botei muita coisa para fora.

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Obrigado, gosto de calcular bem as coisas antes de fazer, em relógios acho justamente a pesquisa uma das partes mais legais

O que me lembro de ter lido sobre os DD era que quando o Reduced era de fato barato aqui no Brasil (coisa de uns 10 anos atrás), o preço da revisão dele vs o preço da peça era um pouco proibitivo, e sei que o chrono modular é um pouco complexo de revisar, mas só isso.

Sobre o seu comentário, e agora que voltou a considerar o Reduced, só pensa bem porque você disse que "faz questão de ter um Moonwatch na coleção" no futuro, se você está pensando numa coleção de 3 relógios, um Moon e um Reduced talvez seja muito redundante.

Na minha cabeça (observe que aqui é opinião 100% pessoal), uma coleção de 3 relógios seria um diver, um chrono e um daily. Se você já tem o Nomos e está decidido num Moonwatch no futuro, eu iria no Black Bay mesmo.

Sendo muito suscinto na minha resposta: se você usa pouco o relógio e não é um cupim de ferro, pode dobrar esse intervalo de revisão aí.
Se a cada 10 anos você fizer uma revisão bem feita (por "bem feita", leia-se 'coisa feita no padrão de autorizada'), garanto que seu relógio vai durar a vida toda, sem precisar trocar nenhuma peça não-consumível.

Esses 5 anos que você lê como recomendação é para quem tem o tal modelo como único relógio e o usa 24/7 durante 5 anos, e, mesmo assim, tenho dúvidas se ainda não é um intervalo curto.

Ademais, o foda de ter muitos relógios e ser meio "paranoico" com manutenção é que a cada dia está ficando mais cara uma revisão de qualidade, e dá-lhe grana para manter uma coleção que está sempre crescendo... o bom mesmo é ter um, dois ou três relógios de alta qualidade, ou então ter um monte, socar no fundo da gaveta e dar de ombros para manutenção (ou seja, só arruma quando quebra kkkk).

Eu me programei pra revisar os meus relógios a cada 7. Como minha coleção não é muito grande, a ideia é revisar 1-2 por ano, ai fica viável. Mas concordo com você, o custo de manutenção é relevante quando vc vai decidir que tamanho de coleção você quer ter!

O que me lembro de ter lido sobre os DD era que quando o Reduced era de fato barato aqui no Brasil (coisa de uns 10 anos atrás), o preço da revisão dele vs o preço da peça era um pouco proibitivo, e sei que o chrono modular é um pouco complexo de revisar, mas só isso.

Sobre o seu comentário, e agora que voltou a considerar o Reduced, só pensa bem porque você disse que "faz questão de ter um Moonwatch na coleção" no futuro, se você está pensando numa coleção de 3 relógios, um Moon e um Reduced talvez seja muito redundante.

Na minha cabeça (observe que aqui é opinião 100% pessoal), uma coleção de 3 relógios seria um diver, um chrono e um daily. Se você já tem o Nomos e está decidido num Moonwatch no futuro, eu iria no Black Bay mesmo.

 Acabei deixando meio vago na minha postagem, mas o Reduced ocuparia o lugar do Moonwatch, mesmo não sendo puramente O Moonwatch, para mim já representa bem o suficiente esse espaço, não sou tão exigente assim para precisar do Moonwatch raiz, vai ser um ou outro. Ou pego o Black Bay/Pelagos e ocupo permanentemente a vaga do Diver, deixando o futuro para o Moonwatch purista, ou pego o Reduced e deixo a vaga aberta para um Submariner mais para frente, ainda não vai ser dessa vez o meu "grail watch".

Eu me programei pra revisar os meus relógios a cada 7. Como minha coleção não é muito grande, a ideia é revisar 1-2 por ano, ai fica viável. Mas concordo com você, o custo de manutenção é relevante quando vc vai decidir que tamanho de coleção você quer ter!

Pois é, me parece uma média legal, minha preocupação foi a de comprar um relógio legal, mas que teria um custo de manutenção de 25% do seu valor inadiavelmente a cada 5 anos. No longo prazo seriam muitos possíveis relógios que eu gastaria em manutenção, fiquei na dúvida se era nessa média mesmo os valores

Acabei deixando meio vago na minha postagem, mas o Reduced ocuparia o lugar do Moonwatch, mesmo não sendo puramente O Moonwatch, para mim já representa bem o suficiente esse espaço, não sou tão exigente assim para precisar do Moonwatch raiz, vai ser um ou outro. Ou pego o Black Bay/Pelagos e ocupo permanentemente a vaga do Diver, deixando o futuro para o Moonwatch purista, ou pego o Reduced e deixo a vaga aberta para um Submariner mais para frente, ainda não vai ser dessa vez o meu "grail watch".

 Pois é, me parece uma média legal, minha preocupação foi a de comprar um relógio legal, mas que teria um custo de manutenção de 25% do seu valor inadiavelmente a cada 5 anos. No longo prazo seriam muitos possíveis relógios que eu gastaria em manutenção, fiquei na dúvida se era nessa média mesmo os valores

Pra voc~e ter uma ideia, revisões que eu fiz/cotei na Watchtime:

Seamaster: R$1960
Longines com 2892: R$1500
Baume & Mercier com Valjoux 7753: R$1500

Pra voc~e ter uma ideia, revisões que eu fiz/cotei na Watchtime:

Seamaster: R$1960
Longines com 2892: R$1500
Baume & Mercier com Valjoux 7753: R$1500

Muito obrigado, eu realmente não tinha ideia de preços aqui no Brasil. O que eu tinha visto é que o valor de tabela da Omega para cronógrafos, que entraria o Reduced, era U$750, o que eu achei bem alto dado o valor do relógio. Bom saber que os preços aqui são mais alinhados à nossa realidade.

Todos já disseram tudo, mas deixo aqui meu pitaco, de forma rápida:

O módulo Depraz dos Reduced NÃO É O MÓDULO ETA DOS 2894. Aliás, este módulo usa roda de colunas, o Depraz não. Eu não sei se a ETA mudou seus manuais técnicos ou mesmo o desenho e acabamento dos seus módulos para o 2894, mas na primeira geração, eles de fato recomendavam a troca do módulo inteiro na revisão, mas não porque não fosse "revisável", mas porque no mundo civilizado, o custo de mão de obra (horas de trabalho) simplesmente não compensava, era preferível trocar tudo (ainda mais um módulo BOSTA como o do 2894, que deve custar para a ETA uns 20 dólares para fazer e eles devem cobrar uns 100 para a empresa de manutenção num novo. Estou sendo irônico, mas não foge disso...).

Os módulos Depraz não, sempre foram revisáveis, desde a época dos calibre 11 e 12 da Heuer. E o trampo não é ultra especializado para um relojoeiro bom, é algo padrão. Eu disse relojoeiro BÃO!

Sobre o que comprar, CONCORDO INTEGRALMENTE COM O ADRIANO! Esqueça essa prosa fiada que surgiu de uns anos para cá de pensar em valorização de relógios e quanto você irá ganhar ou deixar de ganhar no futuro com o modelo. Aliás, se isso fosse critério, o planeta só teria Rolex, a única marca que é aposta garantida que não perde preço. COMPRE O QUE TE ATRAI e ponto final!

Sobre relojoeiro em Porto Alegre, não posso indicar, mas hoje tudo ficou fácil com o Sedex. Eu, por exemplo, sempre mando meus relógios para revisão em Sampa, via Correios, nunca tive problema (aliás, por mais paradoxal que possa parecer, os problemas que já vi ocorrerem com nos Correios aconteceram com declaração de valores altas e seguros. Eu sempre declaro que tem um relógio quebrado dentro de 500 reais...)

Mas sim, como dito no tópico daqui "preço de manutenção de um speedmaster reduced", a maioria sabe que minha broxada com a compra de relógios começou mesmo com o custo de manutenções. Gente, se você tem 3 relógios, que acho que era o que eu teria hoje se estivesse começando, o custo de uma manutenção de 10 em 10, como sugeriu o Igor, e custando preço de autorizada (vamos colocar uns 2500 reais para cada), não parece muita coisa. Mas mesmo assim é... Joga na conta aí e verão que é...

Agora coloque, como no meu caso, uns 20 relógios na equação, pelo menos um dando problema por ano a cada ano, a partir do, sei lá 5 ano de colecionismo... Gente, É MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUITA GRANA para gastar em manutenção! Para terem uma noção, eu gastei na revisão do meu carro de 80 mil k (um Focus Titanium 2016) agora, 1600 reais. Ter 20 relógios mecânicos é como se você tivesse 20 carros na garagem, falo sério! Ninguém aguenta isso!

Resumo da história: VOCÊ NUUUUUUUUUUUUUUUNCA terá os 20 relógios em ponto de bala de funcionamento, a não ser que sua criança não receba leite. E isso é uma meeeeeeeeeeeeeeeerda, pois eu até não ligo para precisão de relógios, mas relógio não revisado começa a simplesmente não carregar a corda e se torna inútil para o que foi projetado.

Portanto, eu deixo aqui um alerta: é INCOMPATÍVEL você ter uma coleção grande e os relógios estarem em perfeito estado de funcionamento. Peguemos por exemplo o Gravina, que postava aqui, e tem milhares, não centenas de relógios: se ele fosse revisar todos, a não ser que fizesse por conta própria, ele já teria falido. Então, ou você aceita os relógios funcionando mal ou coloca na cabeça que sua "coleção" terá uns 5 relógios no máaaaaaaaaaaaaximo. Era o que eu faria hoje e, toda vez que atingisse os 5 e quisesse outro, infelizmente venderia um para ter lugar para outro no ajuntamento.

Flávio

Todos já disseram tudo, mas deixo aqui meu pitaco, de forma rápida:

O módulo Depraz dos Reduced NÃO É O MÓDULO ETA DOS 2894. Aliás, este módulo usa roda de colunas, o Depraz não. Eu não sei se a ETA mudou seus manuais técnicos ou mesmo o desenho e acabamento dos seus módulos para o 2894, mas na primeira geração, eles de fato recomendavam a troca do módulo inteiro na revisão, mas não porque não fosse "revisável", mas porque no mundo civilizado, o custo de mão de obra (horas de trabalho) simplesmente não compensava, era preferível trocar tudo (ainda mais um módulo BOSTA como o do 2894, que deve custar para a ETA uns 20 dólares para fazer e eles devem cobrar uns 100 para a empresa de manutenção num novo. Estou sendo irônico, mas não foge disso...).

Os módulos Depraz não, sempre foram revisáveis, desde a época dos calibre 11 e 12 da Heuer. E o trampo não é ultra especializado para um relojoeiro bom, é algo padrão. Eu disse relojoeiro BÃO!

Sobre o que comprar, CONCORDO INTEGRALMENTE COM O ADRIANO! Esqueça essa prosa fiada que surgiu de uns anos para cá de pensar em valorização de relógios e quanto você irá ganhar ou deixar de ganhar no futuro com o modelo. Aliás, se isso fosse critério, o planeta só teria Rolex, a única marca que é aposta garantida que não perde preço. COMPRE O QUE TE ATRAI e ponto final!

Sobre relojoeiro em Porto Alegre, não posso indicar, mas hoje tudo ficou fácil com o Sedex. Eu, por exemplo, sempre mando meus relógios para revisão em Sampa, via Correios, nunca tive problema (aliás, por mais paradoxal que possa parecer, os problemas que já vi ocorrerem com nos Correios aconteceram com declaração de valores altas e seguros. Eu sempre declaro que tem um relógio quebrado dentro de 500 reais...)

Mas sim, como dito no tópico daqui "preço de manutenção de um speedmaster reduced", a maioria sabe que minha broxada com a compra de relógios começou mesmo com o custo de manutenções. Gente, se você tem 3 relógios, que acho que era o que eu teria hoje se estivesse começando, o custo de uma manutenção de 10 em 10, como sugeriu o Igor, e custando preço de autorizada (vamos colocar uns 2500 reais para cada), não parece muita coisa. Mas mesmo assim é... Joga na conta aí e verão que é...

Agora coloque, como no meu caso, uns 20 relógios na equação, pelo menos um dando problema por ano a cada ano, a partir do, sei lá 5 ano de colecionismo... Gente, É MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUITA GRANA para gastar em manutenção! Para terem uma noção, eu gastei na revisão do meu carro de 80 mil k (um Focus Titanium 2016) agora, 1600 reais. Ter 20 relógios mecânicos é como se você tivesse 20 carros na garagem, falo sério! Ninguém aguenta isso!

Resumo da história: VOCÊ NUUUUUUUUUUUUUUUNCA terá os 20 relógios em ponto de bala de funcionamento, a não ser que sua criança não receba leite. E isso é uma meeeeeeeeeeeeeeeerda, pois eu até não ligo para precisão de relógios, mas relógio não revisado começa a simplesmente não carregar a corda e se torna inútil para o que foi projetado.

Portanto, eu deixo aqui um alerta: é INCOMPATÍVEL você ter uma coleção grande e os relógios estarem em perfeito estado de funcionamento. Peguemos por exemplo o Gravina, que postava aqui, e tem milhares, não centenas de relógios: se ele fosse revisar todos, a não ser que fizesse por conta própria, ele já teria falido. Então, ou você aceita os relógios funcionando mal ou coloca na cabeça que sua "coleção" terá uns 5 relógios no máaaaaaaaaaaaaximo. Era o que eu faria hoje e, toda vez que atingisse os 5 e quisesse outro, infelizmente venderia um para ter lugar para outro no ajuntamento.

Flávio

 Justamente a minha preocupação, ainda mais quando vi preço fixado de U$ 750 para uma revisão do Reduced e fiz uma conversão direta. Calculei por cima uns ± R$ 3600 de revisão para cada relógio a cada 5 anos (que já vi ser um pouco de exagero) considerando os 5 relógios que pretendo ter e já deu um valor considerável, basicamente R$ 3600/ano de média mesmo em revisões, que é viável, mas não é pouco, tanto que cogitei reduzir para 3 relógios melhores por causa disso. Felizmente o pessoal aqui me deu uma tranquilizada e já vi que as revisões não seriam tão caras e nem tão frequentes, mas em uma coleção grande a cifra sobe.

 Sigo de olho, confesso que gostei muito dos Tudor, mas o Speedmaster é paixão antiga e, talvez, vá nele para deixar a vaga para um sub no futuro. qualquer um dos 3 vai me deixar feliz e servir o propósito de marcar o momento, então vou para lá com essas 3 opções e pegar a que eu julgar estar nas melhores condições.

Acabei adiando a viagem para o final do inverno, então só peguei o relógio essa semana. Encontrei o Black Bay ceramic e me encantei pelo tanto de relógio que entrega por razoavelmente pouco.

 Não sei bem o motivo, mas gosto mais da mecânica das coisas do que do visual, gosto mais da simplicidade e eficiência dos projetos das armas do que de atirar, gosto mais da mecânica dos carros que de acelerar, tudo que envolva uma boa engenharia me chama atenção.

 Esse relógio me encantou, mesmo eu nunca tendo me agradado em relógios pretos. O movimento todo preto com a certificação METAS, esse visual all black com apenas os lumes nessa faux patina suave (geralmente não gosto, mas achei um off white tão sutil que me parece ter sido melhor escolha do que um lume branco exageradamente contrastante) e esse bezel maravilhoso de operar não me deixaram pensar duas vezes.

 Uma pena ser impossível tirar uma foto que valorize a peça, mas estou bastante feliz com o relógio e achei maravilhoso de vestir

Lindão. Parabéns pela escolha.

Acabei adiando a viagem para o final do inverno, então só peguei o relógio essa semana. Encontrei o Black Bay ceramic e me encantei pelo tanto de relógio que entrega por razoavelmente pouco.

 Não sei bem o motivo, mas gosto mais da mecânica das coisas do que do visual, gosto mais da simplicidade e eficiência dos projetos das armas do que de atirar, gosto mais da mecânica dos carros que de acelerar, tudo que envolva uma boa engenharia me chama atenção.

 Esse relógio me encantou, mesmo eu nunca tendo me agradado em relógios pretos. O movimento todo preto com a certificação METAS, esse visual all black com apenas os lumes nessa faux patina suave (geralmente não gosto, mas achei um off white tão sutil que me parece ter sido melhor escolha do que um lume branco exageradamente contrastante) e esse bezel maravilhoso de operar não me deixaram pensar duas vezes.

 Uma pena ser impossível tirar uma foto que valorize a peça, mas estou bastante feliz com o relógio e achei maravilhoso de vestir

Já vi/manuseei esse relógio aqui na boutique de SP, é realmente um espetáculo. Eu que gosto de relógio preto então..esse movimento todo preto é coisa de louco. Parabéns pela escolha!