Vendo esses vídeos, penso: Flávio, sua letra é realmente horrível!
Tenho vergonha de fazer um, mas a quem interessar possa, minha caneta de dia a dia é a Sonnet, muito mais por "tradição" do que qualidade de escrita. Não é ruim, mas como minha letra é pequena, preferia que tivesse pena fina (é média). Por outro lado, obriga-me a escrever de forma "maior", o que facilita o entendimento. E olha que escrevo DEMAIS! A tradição é que a caneta está comigo desde os 17 anos de idade (presente da minha tia) salvo engano. Esse troço me acompanhou em concursos, etc, e está comigo desde o início da minha carreira no MP. Alguns dados curiosos: na minha posse como Promotor da Bahia, assinei com uma BIC. Na posse no MPDFT, o cara onde estava hospedado, amigo de família ricaço (tem 3 Pateks, para terem uma noção), fez questão que eu levasse uma caneta Cartier e assinasse com ela. Confesso que não lembro como foi!
Pensava em outras coisas...
Mas voltando ao escrever demais, há algum tempo nossa corregedoria editou uma norma para que não "rabiscássemos" tanto os processos, pois ficavam feios e, ademais, dificultava o entendimento. Ninguém cumpriu...Primeiro, porque fazer cotas à mão é muito mais rápido. No meu caso, porém, não fico apenas nas cotas (coitado do Juiz...), mas faço manifestações longas, às vezes com duas, três páginas. Vão achar que é loucura, mas explico. Escrever de forma cursiva em um processo exige raciocínio e te treina demais. Não há margem para erro. Ou você escreve tudo exato de primeira ou está fodido. E, se alguma vez se perde, tem que manobrar para consertar o erro com uma frase que encaixe. Isso me treina demais! Nunca usei muito computador na época de concursos (estudo) e, mesmo hoje, se quero que algo me exija, é na munheca. Não sei se me fiz entender, mas escrever direto sem errar, em tempos de control isso, control aquilo, não é tão fácil. Se depender de mim, podem inventar o tablet holográfico, não sei o que, continuarei com minhas escritas à mão e com letra ruim.
Flávio