Vamos ser práticos (de novo)

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Vamos ser práticos (de novo)
« Online: 17 Setembro 2009 às 17:34:12 »
Antes de eu começar, deem uma olhada nesse Breguet.

Detalhamento requintado, técnica de construção muito apurada, sabe-se lá quantas dezenas de horas são necessárias só para montar o relógio, preço na casa dos milhões de VT. Excelente, ninguém vai questionar nada disso, ou pelo menos ninguém que tenha um mínimo de apreciação por horologia.

Mas que horas são ?

Entendo que um relógio tem de ter seu "lado artístico", pois afinal, ninguém gosta de alguma coisa massificada, igual, comum. Mas alterar isso ao ponto em que ele deixa de cumprir sua função básica, que na minha humilde opinião eu diria que no caso de um relógio é informar que horas são a quem o tem no punho, tem algo errado. Ou então deixou de ser um relógio e passou a ser uma peça de joalheria (jóia) que mais ou menos imita um relógio. A impressão que tenho é que os ponteiros foram colocados ali apenas porque um relógio tem de ter ponteiros, mas não que o autor da peça realmente queria que fizessem parte da obra.  Isso me dá a impressão que o objetivo primordial era criar uma jóia.

Nada contra isso, pois apesar de eu não usar, consigo ver muita beleza no design de jóias, e acho que existem verdadeiras obras primas do gênio humano nessa área. Porém nesse caso, e novamente na minha humilde opinião, não é mais horologia, e sim joalheria. Eu não consigo entender como que em uma obra de engenharia tão rebuscada como um relógio de primeira linha e até com tourbillon tenha-se deixado a forma tomar a frente do conteúdo. Ergo, o conteúdo não era tão importante quanto a forma. E sendo assim, isso me soa mais como a definição de uma jóia do que de um relógio da haute horologie ::).

O que acham?  ???
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Luciano

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Alberto Ferreira

Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #1 Online: 17 Setembro 2009 às 17:44:55 »
Salve!

Eu acho que muitos consultarão as horas em um celular...

Outros olharão sempre (bem atentamente) para essa maravilha, mas sem a menor intenção de verificar o "passar das horas".
 8)

O meu lado prático (e pragmático), de certa forma, também me faz ver a beleza da dificuldade da construção.
E do desafio mecânico vencido...

Abraços!
Alberto
« Última modificação: 17 Setembro 2009 às 17:47:29 por Alberto Ferreira »

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Offline igorschutz

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #2 Online: 17 Setembro 2009 às 17:51:34 »
Luciano,

Você viu que ao redor dos ponteiro tem 12 bolinhas de ouro para marcar as horas? Porque essa "foto" (na verdade é o relógio escaneado) que você postou está um lixo e atrapalha mesmo a visualização.

A bem da verdade, não é tão difícil assim ver as horas neste relógio. É mais fácil inclusive do que num Movado Museum, que nem essas marcações tem.

É claro que não podemos dizer que esse relógio é o máximo em facilidade de visualização, mas até aí nenhum esqueleto é.

Sugiro que você dê uma olhada nesta série de fotos: http://harrytan.sg/watches/BreguetMessidor/
Talvez você mude um pouco de idéia.

Um abraço,

Igor

P.S.: Ah, quanto às horas neste relógio, não levei mais de 5 segundos para identificar que são 10:11h
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Offline gilvvm

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #3 Online: 17 Setembro 2009 às 17:54:09 »
Hehehe vamos por partes.

- Acho que são 10:10  ;D

- Estava lendo uma matéria outro dia, não lembro onde que dizia que os fabricantes de relógios estão buscando esse caminho mesmo isto é, vender relógios como jóias relegando a função marcar horas a um segundo plano.

A matéria dizia que a "nova geração" usa o celular ou o ipod ou seja lá o que estiver à mão para ver as horas e assim os fabricantes estariam apelando para coisas diferentes para manter as vendas.

Acho que não se aplica ao caso, afinal é um relógio muito caro, me parece outro nicho de mercado.

Como disse o Alberto eu também aprecio muito a beleza desses mecanismos. Mas não compraria, prefiro os relógios de leitura mais fácil também  ;)

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Offline LUW

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #4 Online: 17 Setembro 2009 às 18:19:52 »
Sem sombra de dúvida essas fotos do link do Igor estão (muito) melhores, e pode se apreciar muito melhor a complexidade e beleza mecânica do relógio. É um explendor de mecânica, e uma verdadeira ode à precisão da engenharia. Como o Alberto, eu também gosto muito de coisas mecânicas, e é de se ficar admirado com o que se vê ali


Mas se eu depender de um iPod ou celular para me dizer as horas, pois o "relógio" no meu punho é tão cheio de detalhes que tenho de fazer cálculos mentais para poder entender o mostrador, isso é uma jóia com uma complicação que mostra as horas.
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Luciano

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Offline dyeego

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #5 Online: 17 Setembro 2009 às 18:22:54 »
deveriam defini-lo como algo que além do efeito estético que provoca, também serve pra ver as horas.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."
Rui Barbosa

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Offline igorschutz

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #6 Online: 17 Setembro 2009 às 18:30:04 »
Ok, é difícil de ver as horas de bate-pronto, isso nós entendemos, mas qual é o problema? Por que a crítica?

Se você não gosta, beleza, deixa pra quem gosta. Gaste seu dinheiro com outro modelo.

O que eu não entendi é qual a razão do tópico: é pra saber quem gosta e quem não gosta de relógio esqueleto ou é só pra "bater" no relógios em questão?
Se for a primeira alternativa, sugiro um tom mais ameno...

Um abraço,

Igor
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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #7 Online: 17 Setembro 2009 às 18:33:27 »
... também serve pra ver as horas.

Gosto dessa definição 8).

Nada contra querer ser diferente ou o uso de conceitos (estéticos) ou materiais novos ou até se tentar criar algo único e exclusivo. O probelma ao meu ver é que a dita haute horologie está esticando demais a definição de relógio. Ao meu ver deixaram o território da alta horologia para entrar no território da "joalheria de precisão" (na falta de um termo próprio), e há muito tempo. Isso me incomoda porque não consigo apreciar algo que foi criado apenas "para ser diferente", para inventar moda mesmo, no sentido literal da expressão. Pelo menos para mim existe uma linha bem definida que separa as duas artes, e onde começa o território da joalheria termina o meu interesse.
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Luciano

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #8 Online: 17 Setembro 2009 às 18:40:18 »
O que eu não entendi é qual a razão do tópico: é pra saber quem gosta e quem não gosta de relógio esqueleto ou é só pra "bater" no relógios em questão?
Se for a primeira alternativa, sugiro um tom mais ameno...

Não, a idéia é que alguém me forneça algum critério técnico, prático, palpável ou concreto que justifique o porque de a função (mostrar as horas em um relógio) ser colocada em segundo plano, pois afinal isso é alta relojoaria, não é? Como não sou grande (nem médio) conhecedor do assunto, quiça exista algum motivo talvez até histórico para a relojaria se confundir com joalheria e eu desconheça. A imprressão que tenho é que está ocorrendo uma fusão das duas artes.

Quis deixar tudo mais ameno escrevendo em rosa mas não achei o código da cor.
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Luciano

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Offline igorschutz

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #9 Online: 17 Setembro 2009 às 19:13:36 »
O critério é gosto.

Tem quem goste de relógios esqueletos, tem que não gosta. PONTO!
Se você não gosta, legal, seja bem vindo ao clube. Eu também não curto.

Só acho chato que venha um aqui, gaste seu belo português pondo defeito num relógio que jamais viu ao vivo. ::)

Ora, vá ver o relógio na mão antes de criticar tanto assim. Quem sabe ao vivo ele seja plenamente legível, e você está sendo demasiadamente apressado em apertar o gatilho?

Existem milhares de relógios que em foto parecem ser uma coisa, e as pessoas metem o pau, e depois quando vêem ao vivo estas pessoas engolem o que dizem:
Quando a Rolex lançou os primeiros modelos com um aro interno gravado "ROLEX ROLEX ROLEX..." um monte de gente metralhou o relógio. Quando foram ver ao vivo, viram que esses escritos mal aparecem.
Outra da Rolex: quando lançaram o Deep Sea foi um escândalo, dizendo que o relógio era enorme, que era desengonçado, que parecia um escudo, etc, etc. Vá ver na loja: ele nem é tão grande assim. Um Breitling qualquer parece ser maior!

Quer criticar um "relógio" que não dá pra ver as horas? Apresento-lhe o Romain Jerôme Titanic DNA Day & Night:


Fonte: Watch Tribune

O Swatch Group não é estúpido, e a Breguet é a menina dos olhos do grupo, sendo dirigida pelo próprio Nicholas Hayek. Certamente eles não brincariam com a marca.
Não despeje um caminhão de críticas em cima de um relógio que você apenas viu numa imagem de qualidade ridícula... Vamos pensar bem antes. ;)

Um abraço,

Igor
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Offline lio

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #10 Online: 17 Setembro 2009 às 19:46:15 »
 :-X :-X :-X :-X :-X :-X :-X :-X :-X


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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #11 Online: 17 Setembro 2009 às 20:28:34 »
Igor, justifique para si mesmo o quanto quiser, mas se há dificuldades em mostrar as horas, como relógio eu acho o relógio inútil ;).

É que nem as obras do Niemeyer, "um dos maiores (o maior?) mestre da arquitetura brasileira". Jezuiz, cada prédio grotesco e sem sentido... Verdade seja dita, contudo, vi alguns em Brasília que realmente gostei e que pelo menos acho que são de sua autoria. Mas voltando ao ponto, sua única obra aqui em Curitiba foi projetada para ser uma das secretarias de governo do estado. Como era/é um caixote sem janelas, devido a umidade e a proliferação de mofo, ficou conhecido entre os funcionários do estado como o Palácio do Bolor (uma homenagem ao Palácio Iguaçu, sede do governo). Como ninguém queria trabalhar lá, virou basicamente um arquivo (vulgo depósito) e recentemente foi resgatado e é museu de arte moderna. Bonito? Tem quem ache. Funcional? Não, inútil (lembre-se, era para ser uma "repartição pública"). Não me importa quem fez, qual a marca ou inspirado no que, pois se não funciona, não funciona. Concordo que uma coisa é fazer algo funcionar, e outra coisa BEM mais difícil é fazer algo funcionar mas com classe e elegância.

Usando um exemplo que vc mesmo deu em outro tópico (me corriga se não foi vc), a Orient usa uma segunda coroa para trocar o calendário em alguns de seus relógios. Funcional? Com certeza. Solução garbosa e elegante? Até eu burrinho que sou concordo que nem em casa de elegante já dormiu. Como disse antes, é bem mais complicado fazer algo funcionar mas com classe e elegância. No caso do Breguet, há controvérsias se a marca acertou a parte do "funcionar". Me perdoe, mas se é preciso se ver fotos de HD para poder realmente ver as horas, tem algo errado  ;D.

E se vc gosta do relógio, pode comprar, lhe garanto que se um dia me deixar ver ao vivo e a cores vou me encantar com o movimento e a mecância e precisão empregada na sua construção, mas mesmo assim vou continuar preferindo algo mais funcional para o meu punho ;).

Quanto a esse "relógio" de aro enferrujado (não é ferrugem, né ?) não vou gastar o belo português pois tem um tópico inteiro só para ele e seus pares. Aliás, devo regsitrar aqui vc está apelando.
« Última modificação: 17 Setembro 2009 às 20:30:11 por LUW »
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Alberto Ferreira

Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #12 Online: 17 Setembro 2009 às 20:45:13 »
Salve!

Huuummm!

Que tal uma pergunta, em paralelo. Para "reflexão"...  ;)

Qual é a "funcionalidade" de uma cerveja gelada?  ::)


E uma piada, só pra dar o tom... ok?

O Fritz, lá em Munique, depois de umas tantas, levantava da mesa, ia ao mictório e lá despejava todo aquele baita "copão"...
E quase dois litros da melhor cerveja alemã iam direto pro vaso!

Na volta, os atônitos amigos perguntaram se ele estava louco...

- Não! É que eu cansei de ser intermediário.
 ;)  ;D

Abraços, meus amigos, muitos abraços!
Alberto
 8)

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Offline LUW

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #13 Online: 17 Setembro 2009 às 20:55:20 »
Alberto, esse é justamente o meu ponto inicial: a impressão que dá é que as casas mais tradicionais estão partindo para a arte como ponto de partida, e a premissa "eficiência em se medir a passagem do tempo" foi colocada em segundo plano. Ninguém, muito menos eu, pode discutir sobre beleza ou feiúra em arte. É por isso que se a definição oficial fosse algo como o dyeego escreveu eu concordaria em gênero, número e grau.

Sei que talvez seja apenas uma questão de semântica mas acho interessante questões "filosóficas" assim.
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Luciano

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Alberto Ferreira

Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #14 Online: 17 Setembro 2009 às 21:15:26 »
 :)

O cabra se esqueceu de um detalhe...
Ele esqueceu do durante!

O prazer, e a sua importância, não são tão “objetivos”.
Nem nós devemos tentar torná-los em algo apenas objetivos. Sob pena de perdermos o "foco". E o prazer!  :D

E, com a permissão do Vinicius, a beleza é mesmo fundamental.

Ela pode estar em um simples e (fundamental) parafuso, sem o qual a mecânica não seria o que é.

Mas não é por que eu admiro (e de fato o faço) a sua genial "simplicidade", que eu vou transformar tudo em algo pragmaticamente funcional.
Eu creio que quanto mais nós nos afastamos, pelo conhecimento, dos sentimentos mais fundamentais, tipo “gostei/não-gostei”...

Mais e mais, nós evoluímos nessas percepções.

 ::)

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Offline gilvvm

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #15 Online: 17 Setembro 2009 às 21:25:02 »
Não encarei a questão do Luciano como uma crítica escancarada ao relógio. Acho que ele se referiu inclusive ao conceito como um todo e não a uma máquina em particular.

Como já foi dito usar ou não é questão de gosto e claro da sua expectativa com o relógio. Se você quer facilitar a leitura nada como um bom Casio digital com números grandes  ;D.

Imagino que muitos desses relógios sejam feitos exatamente para demonstrar a capacidade técnica da marca, algo como os carros conceito apresentados nos salões que mesmo que não sejam funcionais quem olha fica de queixo caído no ato.

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Offline Atalo

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #16 Online: 17 Setembro 2009 às 21:31:27 »
:)

O cabra se esqueceu de um detalhe...
Ele esqueceu do durante!

O prazer, e a sua importância, não são tão “objetivos”.
Nem nós devemos tentar torná-los em algo apenas objetivos. Sob pena de perdermos o "foco". E o prazer!  :D

E, com a permissão do Vinicius, a beleza é mesmo fundamental.

Ela pode estar em um simples e (fundamental) parafuso, sem o qual a mecânica não seria o que é.

Mas não é por que eu admiro (e de fato o faço) a sua genial "simplicidade", que eu vou transformar tudo em algo pragmaticamente funcional.
Eu creio que quanto mais nós nos afastamos, pelo conhecimento, dos sentimentos mais fundamentais, tipo “gostei/não-gostei”...

Mais e mais, nós evoluímos nessas percepções.

 ::)

Meu caro Alberto,
Vc foi no ponto! O importante é o durante.
Eu, particularmente, acho os dois relógios mostrados neste tópico simplesmente fantásticos, maravilhosos, formidáveis!
E com um desses no pulso, a última coisa que eu poderia pensar é em ler as horas.
Grande abraço
Átalo

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Offline LUW

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #17 Online: 17 Setembro 2009 às 22:40:16 »
E com um desses no pulso, a última coisa que eu poderia pensar é em ler as horas.

Átalo, é esse o pomo da discórdia. Por que não ser belo E funcional? O meu problema é que a impressão que tenho é que a marcação do tempo virou passageiro nessa viagem.
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Luciano

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Offline Adriano

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #18 Online: 17 Setembro 2009 às 22:42:43 »
Penso que se a idéia é criticar a dificuldade de leitura, todos os relógios analógicos são o cúmulo da anti-praticidade, uma vez que há décadas já inventaram relógios digitais... Todos nós que compramos relógios de ponteiros somos todos uns zés-manés...

 ::)

Abraços!

Adriano

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Offline LUW

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Re: Vamos ser práticos (de novo)
« Resposta #19 Online: 17 Setembro 2009 às 22:51:19 »
Imagino que muitos desses relógios sejam feitos exatamente para demonstrar a capacidade técnica da marca, algo como os carros conceito apresentados nos salões que mesmo que não sejam funcionais quem olha fica de queixo caído no ato.

Gil, mas veja esses exemplos (todos da JLC):




E até um skeleton, também da JLC (se bem que admito que neste os ponteiros não sejam um DayGlo de visíveis, mas pelo menos aos meus olhos é algo mais normal e fácil de me "orientar" do que no caso do Breguet):


Por que não fazer de uma máquina de medir a passagem do tempo uma obra de arte assim? Alguém discorda que são exemplos de horologia "avançada"? E alguém discorda que são belos? Pois é, a JLC uniu o útil ao agradável. Isso sim eu considero haute horologie, e não preciso vestir no outro puinho um G Shock para poder saber que horas são. É esse o ponto que estou tentando passar. Por que não unir a arte à técnica sem haver compromissos em nenhum dos dois lados ::)? Ou a Breguet ou a marca do relógio enferrujado não tem competência para isso? Eu acredito que tem, então por que não fazer?
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Luciano