Salve, amigos!
Apenas no intuito de "ilustrar" (se é que é necessário) a situação na qual vivemos, ou só para dar peso ao que falamos.
Lembram do meu relato, praticamente ao vivo, de ontem à noite?
Vejam. Quem escreveu isso foi um "menino" (hoje adulto) que foi criado, como os meus três filhos nesse que já foi um "oásis" de tranqüilidade para as famílias que moram aqui há anos.
< QUOTE >
...
Após anos e anos de relativa segurança, a xxxxxx já entrou para a lista de lugares perigosos, como as demais ruas de São Paulo e do Brasil.
Em maio desse ano, alguém entortou a porta do meu carro, quebrou o vidro e levou o som do meu carro. Onde ele estava parado? Na porta de casa, aqui na xxxxx. Não, isso não foi de madrugada. Isso foi numa quinta feira, à luz do dia, por volta de 11 horas da manhã.
Hoje foi pior. Por volta de 22h, o guarda estava na esquina conversando com um vigia de uma outra rua quando 4 homens armados chegaram a pé e os renderam. Avisaram que era um assalto, e que pegariam os primeiros moradores que chegassem. Foram pra guarita, falaram pro guarda ficar dentro dela como se tudo estivesse normal, e ficaram agachados atrás de um carro, aguardando as futuras vítimas.
Eis que chega o xxxxx, meu vizinho de muro, passeando com o cachorro. Nem teve chance. Já foi abordado e ordenaram que ficasse quieto e entrasse em casa com eles. Dois bandidos entraram na casa do xxxxx com ele pra fazer a rapa, um ficou perto da guarita e o outro estava na esquina. A esposa do morador da minha antiga casa, no número 35, chegou na rua, sem desconfiar, entrou em casa, e o bandido não agiu. Se arrependeu, disse que ela devia ter grana e já fazia planos pra entrar naquela casa.
Eis que chega o novo morador da casa ao lado da do xxxxxx. O pobre coitado acabou de se mudar pra rua essa semana... Ao descer do carro, o ladrão o aborda e manda ele entrar em casa. Aí o cara tomou uma atitude extremamente corajosa e disse: “Não vou abrir minha casa, minha mulher e minha filha estão lá dentro. Não vou abrir”. O ladrão até se surpreendeu, e insistiu. E o novo morador bateu o pé: “se quiser levar tudo o que está comigo aqui, pode levar. Mas a minha casa eu não vou abrir”. Na surpresa do ladrão, o morador saiu andando em direção a esquina, mas foi abordado pelo quarto ladrão que estava de guarda lá, e voltaram pra frente da casa. Continuaram a discussão sobre a abertura da porta, quando a esposa do cara abriu a porta da casa pra ver o que era. Ao se deparar com o assalto, a mulher se desesperou e berrou. Nisso outros vizinhos ouviram, foram pra janela ver o que era e começaram a gritar.
O que aconteceu? Os bandidos foram embora. Saíram correndo? Pularam num carro em movimento que saiu cantando pneu? Não. Foram embora a pé, pela rua, sem correria.
Minutos depois chegaram dois carros da polícia. Meia hora depois meus pais chegam na rua e se assustam com a cena das sirenes e pessoas em pé na rua.
...
< UNQUOTE >
Hoje cedo eu recebi a mensagem aí acima, replicada pelo meu filho Marcos.
Já há algum tempo, tanto ele (que mora no Sul) quanto o Alexandre (que mora em Salvador) insistem para que nós saiamos de São Paulo. A minha casa fica na esquina da rua xxxxx.
Eu e a Teresa sempre tivemos esse plano de ir para o “interior”, não propriamente ou unicamente pela violência diária mas por tudo que São Paulo já deixou de ser.
Bom,... Eu vou antecipar os meus planos, e em 2010, eu vou vender a minha casa e saio de São Paulo.
Os gritos de que tinham levado uma moto, foi porque um dos bandidos levou a moto de um entregador de pizza, encontrada depois a dois quarteirões, jogada no chão.
Alberto