Amigos,
Mais um episódio [triste] da saga (resumido):
Levei meu IWC na Natan da Oscar Freire para que fizessem um novo orçamento para revisão, atendendo a determinação deles.
Chegando lá, como eu havia levado apenas o relógio, questionaram se eu possuia a documentação dele ou então nota fiscal. Respondi afirmativamente, pois tenho toda a documentação, mas que estava em casa.
Ante minha resposta, disseram que só poderiam aceitar o relógio para revisão se eu apresentasse a documentação, pois de outra forma não poderiam fazer um orçamento pois meu relógio não teria "origem comprovada".
Imediatamente, respondi que essa exigência é um absurdo, e vai de encontro ao Código de Defesa do Consumidor. Disseram que não poderiam fazer nada, pois era uma exigência nova de todas as marcas suíças e era a norma da Natan.
Questionei se ela achava que a "norma da Natan" era maior que a lei brasileira, e ela disse que sim.
Então eu disse que não estava querendo um reparo na garantia, e sim uma revisão no serviço autorizado, e que eu pagaria por isso, portanto eu não teria que comprovar nada mais do que a originalidade do relógio, afinal, sendo o relógio um bem móvel, presume-se que minha posse seja de boa-fé.
Disseram que tudo bem, mas que mesmo assim não poderiam receber meu relógio, pois se eu não comprovasse sua origem, posteriormente o relógio poderia ficar retido em caso de denúncia de roubo, contrabando, etc. E falaram que é assim em todo lugar, inclusive na Rolex, que não revisa relógios que não possuem documentação...
Eu falei na cara da mulher que me atendia que ela era uma mentirosa, que a Rolex não agia assim e que ela estava afirmando que sou um pilantra, dono de relógio de origem ilícita.
Ela limitou-se a dizer que, se eu quisesse, poderia falar com sua diretoria comercial e jurídica.
Peguei meu relógio de volta e disse que reportaria tudo à IWC, e que, talvez, ajuizaria uma ação por danos morais, pois estava me sentindo humilhado com o tratamento dispensado por eles.
Ela tentou remendar, dizendo que aceitaria o relógio, e que depois eu poderia apresentar a documentação, mas mesmo assim não aceitei.
Acho um absurdo ser tratado assim, como se eu fosse um malandro.
Em lugar algum do Brasil, com nenhum tipo de produto, tenho a obrigação de comprovar a origem do bem para que ele possa receber reparos no serviço autorizado (a não ser que seja algum reparo em garantia).
Acredito que a Natan seja gerida igual um boteco de esquina, onde os amigos do dono se refestelam, mas os estranhos são tratados com desconfiança.
Gostaria muito de ter gravado toda a situação, para que todos vissem a pedância com que a Natan me tratou.
E um detalhe: em momento algum eu me identifiquei como Igor, ou como o cara que fez denúncia à IWC, ou aumentei a voz, ou fui grosseiro, ou fui rude, etc.
Entrei lá como um consumidor normal, desinteressado, exatamente para ver como me tratariam. E deu nisso. Realmente estou indignado!
Escreverei um longo e-mail a IWC relatando em detalhes tudo o que ocorreu e como me senti com a forma que fui tratado. Espero que eles possam fazer algo!
Da próxima vez, irei lá com duas testemunhas, para que presenciem a situação e possam depor numa eventual ação que eu ajuizarei contra essa loja.
Peço desculpas aos amigos pelo desabafo, mas é que realmente é importante para mim deixar registrado tudo o que vem acontecendo sobre este assunto, de forma que todos os interessados saibam a forma que com a Natan trata os consumidores das marcas que ela representa.
Obrigado e um abraço,
Igor