Após conquistar a Europa e os EUA, a suíça Hublot quer que os brasileiros ...

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Offline FALCO

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(...) eu fico do mesmo lado dos maiores apreciadores de relogios do Brasil na atualidade FASTAO e LUCIANO HUCK !!!!

FRM: contra argumentos, não há fatos !!!

(...) eu fico do mesmo lado dos maiores apreciadores de relogios do Brasil na atualidade FASTAO e LUCIANO HUCK !!!!
[/quote]

Maiores apreciadores acho que não, mas os considero apreciadores sim, afinal existe muita gente com tanto ou mais dinheiro que os apresentadores citados e não estão nem ai pra relógios.

Fora que existe uma enorme diferença entre apreciadores e “entendedores”, provavelmente no segundo grupo eles não estão, mas no primeiro... Porque não?!?

Luciano Hulk estava usando um AP RO Offshore esses dias, se ele não apreciasse relógios, e a questão fosse só dinheiro e ostentação, teria milhares de outros relógios, cheio de ouro, platina e diamantes, que ele poderia está usando.

Como dizem por aqui... Só os meus dois cents...

Um forte abraço!

Rafa

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Offline FALCO

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Fora que existe uma enorme diferença entre apreciadores e “entendedores”, provavelmente no segundo grupo eles não estão, mas no primeiro... Porque não?!?

  Rafa, concordo 101% contigo, esta diferença existe e é clara.
Mas, voltando à afirmação original, não acho que, a posse de alguns modelos caros, simplesmente, torne-os "os maiores do Brasil", talvez até eles estejam entre "os maiores do Brasil" - mas aí precisamos de mais informações.
Certeza é que não são "os" - a afirmação original restringe.
FRM: contra argumentos, não há fatos !!!

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Offline igorschutz

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Mas, voltando à afirmação original, não acho que, a posse de alguns modelos caros, simplesmente, torne-os "os maiores do Brasil", talvez até eles estejam entre "os maiores do Brasil" - mas aí precisamos de mais informações.
Certeza é que não são "os" - a afirmação original restringe.

Correto. Esta é minha crítica em relação à afirmação do Fábio.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

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Offline acaval

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pode me dar qualquer Big Bang que te dou qualquer seiko que vc escolher caro Adriano a qualquer hora que quiser ! valendo...
abraço
Fabio
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Pode me incluir nessa.. também faço a qualquer hora.
Caval

Eu troco qualquer Hublot por qualquer Seiko... apenas meus 2 cents...

Abraços!

Adriano
It is not best that we should all think alike; it is a difference of opinion that makes horse races.
Mark Twain

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Offline flávio

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Por falar em Hublots, estou na balada na sexta, já meio embriagado, converso com um chapa: ei, deixa eu ver esse seu Hublot. Com a vista embaçada, confesso que achei o relógio meio estranho, mas não consegui identificar. Olhei o fundo e...Ora, onde está o ajuste micrométrico do 7750? Mandei na lata: cara, por que usa relógio falso? Ficou com raiva de mim! Ora, vai querer dizer que é verdadeiro?

Flávio

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awatchmaker

(...) eu fico do mesmo lado dos maiores apreciadores de relogios do Brasil na atualidade FASTAO e LUCIANO HUCK !!!!

Maiores apreciadores, ou somente pessoas com mais dinheiro para torrar com relógios?
bom o Fausto eu sei que eh colecionador,sei aonde compra, com quem compra... e sei que ele eh colecionador e tbm sei que o luciano foi "introduzido por ele"  e a combinação do ser amante de relogios ter dinheiro e bom gosto eh uma combinacao infalivel !!!!! se sao maiores , melhorers , ou mais melhor de bao , realmente nao eh a questao em prioridade mas que eles gostam do que eu gosto e vice versa isso eu afirmo e reafirmo gosto dos relogios que eles compraram tanto o Audemars como o Hublot! mais isto porque eu nao gosto muito de relogios ,pequeno, finos, social porque minha vida nao demanda estar de Social relogio pulseira de couro, nao faz parte da minha personalidade,  por meu estilo de vida gosto de relogio despojado, grande, moderno assim como o HUblot por exemplo eh simplesmente uma obra de arte, !assim como Picasso trasforma uma folha de papel , a Hublot trasnforma a 7750 em pura arte  hehehe mais enfim cada um tem seu gosto! tem pessoas que preferem tecnologia japonesa do que a suissa.. mas eu prefiro usar tecnologia suissa do que japonesa ....isso inclui hublot facil facil contra qualquer relogio japones de olhos fechados sem medo de errar
abraço
Fabio...

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Offline flávio

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Tenho lá minhas dúvidas se Luciano Huck e Faustão sabem alguma coisa sobre o que compram...Colecionador é uma coisa, "ajuntador de relógios" é outra.

E, com todo respeito, eu acho o 7750 da Hublot mais mal acabado do que o usado no Tissot Janeiro que, na verdade, é simplesmente a velhor versão da ETA, certificada como cronômetro (na verdade meu Tissot Janeiro tem um 7765).

Não vi até hoje qualquer modificação técnica nos 7750 dos Big Bangs, que nada mais são do que os normais, com um novo rotor composto adicionado, muito mais pela estética do que por vantagem técnica.

Aliás, vou além: visualmente falando, os 7750 usados pela Omega parecem-me muito melhor acabados!

Modificação técnica substancial, dou um exemplo: os 7750 dos IWC Portuguese. Você olha o visual, vê aquele lance meio Omega das antigas e...E aí? E aí que quando olha para o mostrador, os contadores estão invertidos! Ou então o Destriero, cuja ebauche começa em um 7750, e simplesmente não dá para acreditar que era o que era.

Os Hublots, na minha singela opinião, nem deveriam ter o movimento à mostra, dispensável. Parece meu Longines Avigation, com um 2894 com o escrito Longines pintado e perolizado claramente estampado. Sem contar a profusão de cores, ora preto, ora prateado, que a ETA costuma usar em seus parafusos. Dispensável. Melhor, por exemplo, como no meu Longines LLD, que usa um 2824 bem acabado, mas o fundo com o desenho do mergulhador é muito mais legal do que qualquer movimento!

Questiono quais as diferenças de um 7750 da Hublot para um na melhor conformação da ETA, certificado como cronômetro...

Flávio

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Offline flávio

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Ah, e que fique claro. Estou falando dos Big Bangs tradicionais. O acabamento do movimento é tosco. Simples assim. Nas versões completamente modificadas feitas pela La Joux Perret, como o Fondroyante mostrado acima, o acabamento é muito melhor. Vejam aqui:

http://www.watch-wiki.net/index.php?title=File:HUB_44.jpg

E as modificações técnicas são muitas, pois a complicação foi adicionada por...Bem, não por eles, pois, como disse, era subcontratado pela La Joux Perret.

Esse é o modelo que meu amigo tem e que deu pau e ficou 4 meses na Hublot para arrumar. Detalhe: ele morava na época em Londres, enviou de lá o troço, não sei porque demorou tanto para arrumar.


Precinho? Custou 18 mil euros o troço!

Flávio

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Offline Adriano

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Ok, mas só para esclarecer meu ponto de vista, sem distorções: jamais comparei relojoaria suíça com a japonesa, coisa que aliás, hoje acho ingenuidade. Nem preciso dizer aqui qual eu prefiro, aliás... Quem precisa saber sobre minhas opiniões, sabe. Apenas comparei Hublot com Seiko, e prefiro Seiko. Nada mais.

Ah, a hora que eu arrumar bastante Hublot, ponho num saco e mando para todo mundo. Mas como sou um cara justo, só aceito Seiko com máquina 7S26!  ;D ;D ;D

Abraços!

Adriano
« Última modificação: 30 Maio 2011 às 22:37:01 por Adriano »

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Offline flávio

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E que também fique claro, como já ressaltei aqui várias vezes.
Gosto, sinceramente gosto do design clássico (se é que posso dizer "clássico") do primeiro Big Bang, ouro rosa e cerâmica, que ganhou o Grand Prix de Genebra há uns 5 anos.
Não tenho nenhum problema também com o 7750, que é um puta movimento, aguenta tudo, é de fácil manutenção e atinge parâmetros de cronômetro facilmente.
Apenas acho que, independentemente de ser praticamente impossível quantificar, no mercado de luxo, o que "vale e o que não vale", julgo absurdo, comparativamente falando, o que cobram por um Hublot.
E não preciso buscar marcas obscuras para ressaltar meu ponto de vista. Fiquemos com a boa, velha e de produção em massa Omega. Se alguém, por mais leigo que seja, olhar para o acabamento de um Speedmaster com movimento 3033 (Piguet) e não sacar na hora que o troço está em outro nível pode-se enterrar!
O problema é que o Omega custa menos da metade do preço.
Ou seja, não vale. Parafraseando o Igor, segundo ele um Hublot Big Bang deveria custar 5 mil dólares. Não né Igor? Não precisa exagerar, pois nenhum relógio com ouro custa isso, mas 8 paus NO MÁXIMO estava de bom tamanho.
E Biver, CALE A BOCA PELO AMOR DE DEUS, sei que você está ganhando uma baba na Hublot, mas quando era CEO da Omega e da Blancpain você não falava tanto. Shut up! Sério!  :o


Flávio

Hahaha

Adoro quando temos tópicos sobre a Hublot por aqui! Sempre gera boa discussão e consequente conhecimento!  ;D ;D ;D

E mesmo sabendo disso tudo ai... Ainda terei um! Se bem que é o último na minha wish list. E patrão, pelo menos o que quero é exatamente esse:

Gosto, sinceramente gosto do design clássico (se é que posso dizer "clássico") do primeiro Big Bang, ouro rosa e cerâmica, que ganhou o Grand Prix de Genebra há uns 5 anos.

Abraços,

Rafa

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Offline Adriano

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Agora sendo honesto, com brincadeiras de lado, o nível da 7750 da Hublot é realmente bem alto. As alavancas e molas, quase parecem usinadas e não estampadas, devido a um trabalho de acabamento nessas peças, que Omega, por exemplo, não faz (nessas peças em questão). Ok, é só para os olhos verem, pois continuam sendo alavancas e molas estampadas que custam centavos de franco suíço, mas há ali um trabalho, talvez mais caro que a própria peça. O nível de execução aparente nas 7750 dos Hublot é alto e realmente com um pouco de experiência com esses Hublot (como eu tenho, falando a verdade), fica difícil não sacar uma falsificação. Pois mesmo uma 7750 da ETA no nível "Top" ou "Chronometer" não tem a mesma fineza de aparência quem tem as dos Hublot.

As pontes e tudo não são tão decoradas mas são muito bem acabadas.

Abraços!

Adriano

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Offline Desotti

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...Quem precisa saber sobre minhas opiniões, sabe. Apenas comparei Hublot com Seiko, e prefiro Seiko. Nada mais...

Você, eu, todos os membros da ASA e até alguns Suíços por trás de notória marca também preferem Seiko... ;)







[[]]'s ;D ;D ;D



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Offline igorschutz

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Parafraseando o Igor, segundo ele um Hublot Big Bang deveria custar 5 mil dólares. Não né Igor? Não precisa exagerar, pois nenhum relógio com ouro custa isso, mas 8 paus NO MÁXIMO estava de bom tamanho.

Quando eu falo US$ 5k, quero dizer a versão normal, sem metal precioso.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

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awatchmaker

...Quem precisa saber sobre minhas opiniões, sabe. Apenas comparei Hublot com Seiko, e prefiro Seiko. Nada mais...

Você, eu, todos os membros da ASA e até alguns Suíços por trás de notória marca também preferem Seiko... ;)







[[]]'s ;D ;D ;D



vc realmente acredita que estas maquinas sao iguais? .....

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awatchmaker

Vala me Deus !!!! as vezes fica cansativo ficar dando murro em ponta de faca..... quanta coisa que a gente le aqui... sem querer ofender ninguem mas as comparacoes que estao sendo feitas aqui parece que nao entende nade de relogios, Primeiro 7750 que equipa relogios "Low grade" como Tissot por exemplo nao tem nada a ver com uma 7750 que equipa um relogio "high grade" apesar de ser a "mesma" maquina...nao quero nem entrar no merito da questao pra nao prolongar sem nenhum entendimento....  vi outra comparacao aqui absurda TAG com Seiko..UFA...outra porrada no estomago ums psrece o rascunho bem mau feito da outra tenho certesa que se a gente comparar o desempenho uma da outra vamos ter uma carrocinha contra uma corvete....por isso que as pessoas nao tem nocao de preco e fala mau do Hublot sem noção.
Falando da maquina do Hublot o acabamento dela eh impecável decorada , ja as replicas mau feitas que sao encontradas no brasil acabam com o relogio isso eu concordo acabam distorcendo tudo...
outra coisa o que a gente compra de High Grade novo com U$5 mil..nem ROlex de aco .... Vala Me Deus como diz meu amigo cabra da peste do Ceara.
tenham todos uma boa semana
abraço
Fabio pasteleiro.

 

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Offline flávio

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Pontos:


- Sim, o movimento Seiko e o Heuer são os mesmos, isso foi a bomba da indústria de dois anos atrás, quando a Heuer lançou o modelo com o preço nas alturas e alguns caras de fóruns - entenda-se, daqui mesmo, começou com o Bruno, salvo engano - olhou, achou o projeto muito parecido, eles vieram a público (o CEO) deles e abriram o jogo: efetivamente adquirimos os direitos de produção da Seiko. As modificações são meramente estéticas, o movimento é o mesmo;


- "Nem Rolex de aço". Quando visitei a Rolex ano passado, considerava-a não "alta relojoaria". Por quê? Por que não fabricava complicações...Aí mudei meu ponto de vista totalmente. Como uma fábrica pode fazer 800 mil relógios por ano, TOTALMENTE integrada, e ainda conseguir níveis de qualidade tão altos? Os caras são fodas, e olha que nem sou fã da marca, apesar de possuir dois modelos novos (um Explorer I 2008 e um Milgauss GV 2010). Então o "nem Rolex em aço" - se é que a frase tinha conotação pejorativa, não se aplica. Melhor seria "nem Hublot de aço", que usam movimentos de terceiros, quando se enveredam por alguma complicação, terceirizam a produção e, pasme, só fazem 25 mil relógios por ano. Tem obrigação de fazer tudo certinho: e mesmo assim não conseguem, como o relógio do meu amigo de Londres é exemplo, apresentou um problema atrás do outro.

- Tissot "low grade"? Bem, a Tissot tem 150 anos de tradição, a Hublot tem 30...A Tissot simplesmente se posicionou no "pool" da Swatch Group de tal maneira porque senão geraria competição dentro do grupo. Vide, por exemplo, há alguns anos, a Union e a Glassute Original, sendo que a primeira foi reposicionada em nível abaixo (e, claro, abandonaram os ebauches Glasutte em prol dos...7750! Mas eles custam 2000 euros, não 20 mil). Mas a Tissot de vez em quando lança algumas séries limitadas, um exemplo e o Janeiro, que vem de fábrica com a melhor conformação do 7750 possível, e ainda decorada de acordo com o padrão que pediram. Esse relógio e meu Ebel Type E eram os mais precisos no Witschi Timer que eu tinha. A comparação é efetivamente válida. Só não ver quem não quer. Ela foi proposital, até mesmo porque a Tissot é posicionada em um grau abaixo mesmo dentro do Swatch Group.

- A imagem da Hublot não foi "abalada" por falsificações ou coisas do tipo. Acompanho a indústria relojoeira desde 1997 e, inclusive, o renascimento da marca, que estava esquecida até o lançamento do Biver, mesmo os conceitos idiotas "criados" por ele já serem a base do projeto do Crocco nos anos 80 (a mistura de materiais. Aliás, duvido que o Crocco pensou nisso quando lançou a marca...O Biver criou o termo, ponto final). Sempre achei a marca overpriced, e parece que não sou o único, basta olhar nos fóruns internacionais: o efetivo "entendedor" de relógios simplesmente não gosta da marca. Ela não tem tradição, não segue padrões tradicionais e o apreciador de relógios - não o comprador por modismos - simplesmente não gosta disso. Não há que se falar em falsificações ou coisas do tipo, até mesmo porque, até a semana passada, eu nunca havia visto uma falsificação em minha vida.

- "As pontes não são tão bem decoradas, mas bem acabadas". Frase do Adriano e Fábio. O que isso significa? Digo isso porque o valor agregado em um relógio vem do acabamento funcional - entenda-se, furos, alinhamento, etc, o que sinceramente não vejo diferença entre ETAs e outras fábricas - e decoração. Eu sinceramente não acho o acabamento decorativo nem funcional da Hublot lá grandes coisas. Na verdade, pegando meu Zenith Elite, que custa 1/5 do preço, vejo isso.


Trago aqui uma discussão ocorrida no TZ - e eu a acompanhei na época - sobre um movimento se transformar em outro, um ebauche não ser mais o que era a ponto de não mais se saber o que tem na sua frente:


http://www.timezone.com/library/comarticles/comarticles631681571896618891



Velha, velha, muito velha! Isso é do meu tempo de faculdade, quando ainda acompanhava o TZ. Não leio há séculos, mas o texto veio na minha mente. Serve para discussão, e o traduzido no site Relógios Mecânicos "mãe" sobre ebauches também.

Podem ter certeza: não há mais bobos entre os conhecedores de relógios. Continuo com minha opinião que, como opinião, é apenas isso, uma opinião: compro o Hublot mais simples por 5 paus no máximo, é o que ele vale.

Ah, e encerrando, como também já disse aqui. Depois que os participantes de fóruns descobriram a presepada da Heuer, o preço do relógio caiu (preço de lista mesmo) para cerca de 2000 dólares. Ei, podem comprar! Apesar de o projeto ser japonês, é muito superior ao do Heuer tradicional. Vale a pena.


Flávio
« Última modificação: 31 Maio 2011 às 10:41:52 por flavio »

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Offline Adriano

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vi outra comparacao aqui absurda TAG com Seiko..UFA...outra porrada no estomago ums psrece o rascunho bem mau feito da outra tenho certesa que se a gente comparar o desempenho uma da outra vamos ter uma carrocinha contra uma corvete....por isso que as pessoas nao tem nocao de preco e fala mau do Hublot sem noção.
 

Fábio, imagino que você saiba a história e a relação entre a máquina do Tag e do Seiko, então não precisamos explicar.

Além disso, você já teve em mãos e já testou algum Seiko high-grade? Imagino que para opinar "com certesa" (sic) que a do Seiko se comporta como uma carrocinha, você já teve ter tido em mãos e testado alguns, certo? Bem, já pude testar dois Marinemaster e dois Flightmaster (como esse da foto). Os quatro não apresentaram marcha acima de +/- 2 segundos em nenhuma posição, e ficaram com delta abaixo de 5 segundos, com desempenho bem superior ao do próprio COSC. A 8L35 por exemplo, que equipa o Marinemaster, possui curva de Lossier na virola, algo que você deve saber o que é. Carrocinha não costuma ter esse tipo de coisa.

Além disso, você que mexe até com Lange, tem certeza que acha as máquinas da Hublot "impecavelmente" decoradas mesmo? Eu conheço BEM Hublot, e acho que não há nem como comparar.

Abraços!

Adriano

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Offline flávio

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Um lance técnico que esqueci de dizer e que os colegas talvez não saibam (digo todos os participantes do fórum).

A Hublot na verdade não usa 7750 (ebauches) comprados da ETA, até mesmo porque, como é notório, a ETA parou de fornecer tais movimentos. O que as fábricas estão usando são ebauches que já existiam em estoque.

No entanto, a patente do 7750 já expirou há muito. A Hublot FABRICA seus 7750. Poderão dizer: "ah, então são movimentos feitos em casa". Bem, well, bem...

O maior custo no projeto de um relógio mecânico é seu movimento. De acordo com obras que possuo, o projeto de um movimento simples gira em torno de 3 milhões de francos, os mais complexos, 5 milhões de francos. E cada um exige até 5 anos de testes.

É muito mais simples e menos oneroso para uma fábrica, portanto, pular essa fase. Por isso a maior parte das fábricas usa movimentos de terceiros: simplesmente é caro demais sair do zero! E não estou falando de fábricas "mixuruca". Vejam que o custo não compensa até mesmo para fábricas de peso, como Ulysse Nardin, que até hoje usa ebauches ETA.

Não é demérito para mim, ainda, usar ebauches de terceiros. Isso é prática usual na indústria suíça há séculos, como disse no meu texto La Chaux de Fonds. Na verdade, esse lance de "feito em casa" surgiu de uns tempos para cá.

Mas voltemos, por exemplo, à Hublot. Hoje eles estão com projetos "próprios" e uma fábrica "própria" (mentira. Na verdade compraram a BNP Concept, talvez com a grana que economizaram não projetando seus próprios movimentos...). O movimento feito em casa deles é bem legal, projeto moderno.

Sobre os 7750 deles, afirmam que é uma vantagem porque, ao invés de usar latão (que, diga-se, é o padrão da indústria há séculos. Até mesmo a "prata alemã" que veem em relógios top, muito top, não é prata, mas latão, ok? Sim, há algumas fábricas que usam ouro, mas aí é outra história...) usam uma liga proprietária com grau de dureza Vickers 500 e...Para que uma liga com tal dureza em um movimento? Dizem eles que isso auxilia na não deflexão de peças. Ora, deem um tempo! Não estamos falando aqui de rodas de um Porsche, que precisam não flexionar, mas diminutas peças de relógio que não estão submetidas a tanto estresse assim! O problema - e aí fico puto com a falação do Biver - é que eles propagandeam isso como se fosse efetiva vantagem técnica. Não é! O uso de cerâmica no exterior é vantagem técnica. Cerâmica não arranha, cerâmica tem visual. Mas liga metálica com dureza Vickers um milhão em platinas de movimento? Mais uma cortina de fumaça para esconder o que existe ali.

Eu procuro ser imparcial nas minhas análises, com sempre fiz aqui. Coincidência ou não, estou com o Explorer I no pulso. Meu Deus, como esse bracelete Oyster antigo da Rolex é vagabundo! Não é porque tenho um que vou dizer que não é vagabundo. É.

Então, vejo como pros na Hublot seus designs inovadores (pelo menos na época que foram lançados), a parte de metalurgia externa do relógio e o conceito. Vejo como contra: o preço caro por algo não efetivamente feito de forma verticalizada (problema nenhum, só não cobrem tão caro, pois não estão gastando tanto...Eles gastam mais em marketing) e o marketing extremamente exagerado e completamente diferente das marcas tradicionais.

E Adriano, voltando ao Time to Change: determinado tipo de marketing atinge determinado nicho de pessoas. O marketing da Hublot não é voltado para conhecedor de relógios, mas para yuppies.

Sim, a melhor propaganda do ano passado foi da Hublot, aquela do figurão da F1 com um soco na cara. Mas o que dizia a propaganda: olhem o que as pessoas fazem por um Hublot. Resumindo: olhe o que você mostra aos outros quando está com um Hublot.

Essa era a propaganda das empresas suíças top nos anos 70. Perceberam que não daria certo com os compradores de marcas tradicionais...A Patek, por exemplo, saiu do eu tenho um Patek, você não tem, para "ninguém é dono de um, apenas o guarda para a próxima geração", buscando as raízes tradicionais da marca.

Flávio
« Última modificação: 31 Maio 2011 às 11:08:21 por flavio »