Cigano, amigo.
Por eu ser um cara extremamente bem relacionado (
) tive a oportunidade de guiar vários carros excepcionais.
Na verdade, tenho dois amigos que possuem bastante grana e gostam de ter carros, muitos carros. Trocam de carro como troco de cuecas.
Guiei um A3 T vermelho, o de 180 cv, Subaru Impreza 2.0 e Forester 2.5 Turbo, Civic ELX, Azera, Mercedes Classe C, Mercedes Classe E, BMW 325, Mini Cooper S Countryman All 4, e uma pequeníssima volta em um BMW X5 4.4.
Uma vez me foi oferecida uma volta em um Beemer 850 CSi, que com lágrimas nos olhos recusei. Meu Gol chaleirinha, que dividia com meu irmão, à época, não pagaria nem o aro do carro, se algo ocorrese na voltinha... Foi muito triste recusar a volta, mas foi uma das duas ou três oportunidades na vida que meu parciíssimo bom senso prevaleceu.
Além disso, até uns quatro anos atrás, fazia test drives em quase todos os carros nacionais lançados.
Em uma viagem internacional, pilotei em autódromo um Subaru WRX STi com pneus slick.
Lia Motor3 com uma voracidade incrível, amava os textos do José Luiz Vieira, Mahar, Nasser, Expedito Marazzi (
http://autoentusiastas.blogspot.com/2010/03/motor-3-forca-quase-trinta-anos-depois.html )
Hoje em dia acho a imprensa escrita sobre carros - no Brasil - um verdadeiro lixo, que se deve levar ao banheiro não para ler, mas para usar como papel higiênico. São mais press release das montadoras do que uma imprensa com senso crítico e que serve ao leitor.
Leio o já referido Auto Entusiastas, o Best Cars, o Notícias Automotivas, assisto a muito youtube do Fifth Gear, Top Gear, Motor Trend, entre tantos outros.
Acho que consegues notar que tenho uma certa fissura por carros, pela beleza e sensualidade dos carros que são máquinas de sonho, pilotadas em circuitos e não na rua.
E se alguma coisa eu aprendi e/ou apreendi nesse tempo todo, se algo conseguiu ultrapassar minha estultice e ser registrada pelo Tico e Teco, é que a seguinte frase, tirada do link da Hyundai que passaste
[...]
A grande diferença em relação aos demais modelos da marca é que o HB é um carro feito especialmente para o Brasil [...]
é que isso significa, na verdade, um carro piorado, depenado, para um consumidor pouco exigente e conhecedor de carros.
Nada de almofadas laterais, assistências eletrônicas (que são padrão no resto do mundo), nada de plásticos de qualidade, economia de centavos em itens de segurança e conveniência, com um motor defasado para fechar o pacote.
Nada obstante a propaganda da Petrobrás, que brasileiro é apaixonado por carro, acho na verdade o contrário. Brasileiro olha carro e vê nele um símbolo de status, mas pouco ou nada entende de carros. Senão, essas latas velhas, essas carroças, não venderiam, principalmente por esses preços.
Aliás, falando do A1, o conversor MMI-USB custa no Brasil 500 reais e 20 dólares no ebay. As pedaleiras esportivas mais de 500 mangos e 40 doletas no ebay.
Por sinal, por qual cargas d´água a Audi inventou uma tomada proprietária ao invés da consagrada USB? Para vender um cabinho por uma pequena fortuna???
Triste país em que carro é símbolo de status e não item de consumo. Sim, sei que há um tremendo contrasenso entre minha paixão e o predito, mas respeitem minhas idiossincrasias....
Fortíssimos abraços do Mário