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Marcas de prestígio com ETA, alguém se incomoda com isso?

Iniciado por automatic for the people, 07 Dezembro 2012 às 16:03:18

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LF

Citação de: automatic for the people online 08 Dezembro 2012 às 13:28:33
Mas vamos colocar a mesma pergunta, fazendo a seguinte conjectura: pensem em um Rolex, um Rolex com o melhor , mais caro e mais elaborado ETA 2824 ou 2892 existente na terra, seria um Rolex na sua plenitude ou diferenciação? Creio que não...

Automatic,

E que tal um Rolex com um Zenith? Um dos Rolexes mais desejados, senão o mais desejado - Daytona - usou Zenith por muito tempo. O chrono "in-house" da Rolex (4130) é relativamente recente, tem uns 10 anos de idade. E os Daytona Zenith usados, em bom estado, já valem mais do que os 4130 novos. Desenvolver um movimento custa tão caro que é bem capaz de você pagar mais caro por um "in-house" sem nenhuma complicação e requinte do que por um ETA, vide o que eu mesmo fiz com o meu Panerai 372 que custa o dobro do que um Luminor com ETA... Aliás, semana passada provei um IWC Portofino Automatic LINDO com pulseira mesh e tudo. Dei uma broxada quando fiquei sabendo que tinha um ETA lá dentro, mas, sinceramente, isso é o marketing desses fdp's que querem ganhar dinheiro conosco e estão tendo problemas sérios com a Swatch.

Essa apologia do in-house, por assim dizer, não é por acaso: pelo que eu já pude pesquisar até hoje (e gostaria de mais informações sobre o tema se alguém as tiver), existe uma disputa em curso sobre práticas supostamente anticompetitivas da Swatch, já que a empresa, ano após ano, cada vez mais tem dificultado a aquisição de seus mecanismos (ETA, Unitas, etc.) pelas outras marcas (Breitling, IWC, Hublot, etc.). Segundo a Swatch, eles não estão prejudicando a indústria Suíça, mas sim incentivando-a, já que todos estavam acomodados com a utilização das bases ETA e, assim, ninguém mais desenvolvia tecnologia há tempos (nem a própria ETA, claro, já que não tinha competição e, portanto, não precisava avançar). Discussão interessante para quem gosta de direito econômico, mas o fato é que, cada vez mais, os fabricantes estão sendo obrigados a desenvolver suas próprias soluções e o que me parece é que os suíços estão fazendo deste limão azedo uma bela limonada.

Já aprendi muito aqui no Forum e hoje dá pra falar com segurança: ETA x in-house é uma análise casuística. Não se pode generalizar sobre o que é melhor, nem sobre o que representa melhor custo x benefício, correndo risco de falar uma besteira muito grande. Em todo caso, do jeito que a briga Swatch x Resto anda, logo, logo não teremos mais essa discussão porque todo mundo vai ter seus calibres próprios. Evidentemente, já estão preparando a cama pra isso e, por óbvio, o marketing também está caminhando nesse sentido.

Pra terminar (coisa que o Adriano, por exemplo, pode falar muito melhor que eu e que o Flavio já falou no post dele): o que os fabricantes usam é a BASE ETA; quase todos eles como o Unitas dos Panerai Luminor, ou os El Primero dos Daytonas, são bastante modificados pelas fábricas. Não dá pra comparar um fake chinês com calibre ETA com um Panerai original com calibre ETA. A máquina é diferente e não é só o acabamento que muda. É um preconceito bobo que conseguiram enfiar na nossa cabeça, de modo genial, pra valorizar uma medida que o mercado os forçou a tomar. Aliás, não fossem as marcas de propriedade de grandes conglomerados, muitas delas iriam morrer. Ou alguém acredita que a Panerai conseguiria desenvolver calibres sem o suporte financeiro da Richemont e técnico do pessoal da JLC, que está sob o mesmo guarda-chuva? Em pouco tempo vamos pagar mais caro (todo o custo de pesquisa e desenvolvimento), muito provavelmente por menos qualidade e, como é "in-house" nos sentiremos bastante satisfeitos  ;D

mmmcosta

Citação de: LF online 10 Dezembro 2012 às 00:33:52
Citação de: automatic for the people online 08 Dezembro 2012 às 13:28:33
Mas vamos colocar a mesma pergunta, fazendo a seguinte conjectura: pensem em um Rolex, um Rolex com o melhor , mais caro e mais elaborado ETA 2824 ou 2892 existente na terra, seria um Rolex na sua plenitude ou diferenciação? Creio que não...

Automatic,

E que tal um Rolex com um Zenith? Um dos Rolexes mais desejados, senão o mais desejado - Daytona - usou Zenith por muito tempo. O chrono "in-house" da Rolex (4130) é relativamente recente, tem uns 10 anos de idade. E os Daytona Zenith usados, em bom estado, já valem mais do que os 4130 novos. Desenvolver um movimento custa tão caro que é bem capaz de você pagar mais caro por um "in-house" sem nenhuma complicação e requinte do que por um ETA, vide o que eu mesmo fiz com o meu Panerai 372 que custa o dobro do que um Luminor com ETA... Aliás, semana passada provei um IWC Portofino Automatic LINDO com pulseira mesh e tudo. Dei uma broxada quando fiquei sabendo que tinha um ETA lá dentro, mas, sinceramente, isso é o marketing desses fdp's que querem ganhar dinheiro conosco e estão tendo problemas sérios com a Swatch.

Essa apologia do in-house, por assim dizer, não é por acaso: pelo que eu já pude pesquisar até hoje (e gostaria de mais informações sobre o tema se alguém as tiver), existe uma disputa em curso sobre práticas supostamente anticompetitivas da Swatch, já que a empresa, ano após ano, cada vez mais tem dificultado a aquisição de seus mecanismos (ETA, Unitas, etc.) pelas outras marcas (Breitling, IWC, Hublot, etc.). Segundo a Swatch, eles não estão prejudicando a indústria Suíça, mas sim incentivando-a, já que todos estavam acomodados com a utilização das bases ETA e, assim, ninguém mais desenvolvia tecnologia há tempos (nem a própria ETA, claro, já que não tinha competição e, portanto, não precisava avançar). Discussão interessante para quem gosta de direito econômico, mas o fato é que, cada vez mais, os fabricantes estão sendo obrigados a desenvolver suas próprias soluções e o que me parece é que os suíços estão fazendo deste limão azedo uma bela limonada.

Já aprendi muito aqui no Forum e hoje dá pra falar com segurança: ETA x in-house é uma análise casuística. Não se pode generalizar sobre o que é melhor, nem sobre o que representa melhor custo x benefício, correndo risco de falar uma besteira muito grande. Em todo caso, do jeito que a briga Swatch x Resto anda, logo, logo não teremos mais essa discussão porque todo mundo vai ter seus calibres próprios. Evidentemente, já estão preparando a cama pra isso e, por óbvio, o marketing também está caminhando nesse sentido.

Pra terminar (coisa que o Adriano, por exemplo, pode falar muito melhor que eu e que o Flavio já falou no post dele): o que os fabricantes usam é a BASE ETA; quase todos eles como o Unitas dos Panerai Luminor, ou os El Primero dos Daytonas, são bastante modificados pelas fábricas. Não dá pra comparar um fake chinês com calibre ETA com um Panerai original com calibre ETA. A máquina é diferente e não é só o acabamento que muda. É um preconceito bobo que conseguiram enfiar na nossa cabeça, de modo genial, pra valorizar uma medida que o mercado os forçou a tomar. Aliás, não fossem as marcas de propriedade de grandes conglomerados, muitas delas iriam morrer. Ou alguém acredita que a Panerai conseguiria desenvolver calibres sem o suporte financeiro da Richemont e técnico do pessoal da JLC, que está sob o mesmo guarda-chuva? Em pouco tempo vamos pagar mais caro (todo o custo de pesquisa e desenvolvimento), muito provavelmente por menos qualidade e, como é "in-house" nos sentiremos bastante satisfeitos  ;D

Faz sentido. Apenas uma ressalva: poucos ETA são modificados pelas fábricas.
Marcelo

CSM

Caros, uma coisa que se não estou enganado não foi citada aqui nesta discussão foi o fato de que de um tempo para Ca a ETA não esta mais fornecendo as bases para que cada um faca suas modificações, agora as modificações são feitas pela própria ETA seguindo os padrões dos outros fabricantes. Sinceramente, isso me deu uma broxada. Tenho alguns relógios ETA mas todos na faixa de 1.500 a 3.000 dolares. O único que foge bem desta faixa para cima é o meu IWC Aquatimer Cousteau Divers, que pelo fato de ter um pedaço de madeira do Calypso no back, para mim se torna altamente colacionável dado que sou fa do Jacques Cousteau, e os preços la fora dizem isso custam mais caro hoje do que custavam quando foi lançado. No mais, pode ser uma grande besteira minha, tenho dado preferência para a exclusividade de ter os relógios com mecanismos desenvolvidos pela própria marca. Mesmo sabendo que um valjoux 7750 pode ser mais robusto, mais confiável etc. E finalizando, as vezes me pergunto porque sou tão idiota de pagar o preço de um carro em um relógio... não faz o menor sentido! Mas não adianta, penso isso 5 minutos esqueço e vou curtir meus relógios hehehe.....
Ps: tenho un daytona zenith que ja me ofereceram um zero na troca e não aceitei.


Abraços,
Cesar
Membro do RedBarBrazil

CSM

#43
Desculpa  tenho também um panerai luminor marina que também foge para cima do valor dos relogios que falei que tenho com maquina eta sem complicaçoes.

Abraços
Cesar
Membro do RedBarBrazil

Correia

Citação de: amadeu online 09 Dezembro 2012 às 21:01:21
gozado eu me incomodo sim por usar eta.

ateh por problemas de falsificaçoes. se o panerai usasse um movimento como o da rolex nao teria tantos falsificados, penso eu. (sei que o movimtento da panerai nao eh eta. usei como exemplo) mas serve para os tudor sao faceis de serem falsificados por usarem um eta.

agora preço discutimos isso ha seculos

se fosse pelo movimento, por ser in house ou nao nao teriamos variaçao de preço, por exemplo, entre um rolex 1680 e um date just comum da mesma epoca. os dois com movimento rolex 1570. ou um speedmaster e um seamaster, ambos com movimento 861.
isso para falarmos dos antiguinhos.

sei lah. eh apenas minha opniao

abs.

amadeu.



Amadeu,
Creio que os tiros nem vão muito por aí...possivelmente o modelo mais falsificado é o Rolex Sub e ele não usa ETA, né?

Abs,
Correia
Convém evitar 3 acidentes geométricos nesta vida : círculos viciosos, triângulos amorosos e bestas quadradas.

michelim

#45
Este ano eu pensei neste assunto para comprar o meu Navitimer. Os modelos variavam de vintage corda manual venus 175, Valjoux 7750,  B01, B01 série especial. Eu achei que valia pagar mais ( quase o dobro) para ter o mesmo relógio com o B01 quando comparado com os Valjoux e Venus. Eu achei que valia para ter o movimento novo, com 70 horas de reserva de corda, isocronismo elogiado em todo o lugar que li.
O problema que eu vejo é que a revisão de um in house tem que ser com a Breitling, que aqui no Brasil é só no Rio de Janeiro.  Sinceramente não me preocuparia tanto se a autorizada da Breitling fosse em São Paulo... Não confio em mandar qualquer coisa neste valor para o rio via correio...
"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

Octávio Augusto

Citação de: michelim online 11 Dezembro 2012 às 09:01:05
Este ano eu pensei neste assunto para comprar o meu Navitimer. Os modelos variavam de vintage corda manual venus 175, Valjoux 7750,  B01, B01 série especial. Eu achei que valia pagar mais ( quase o dobro) para ter o mesmo relógio com o B01 quando comparado com os Valjoux e Venus. Eu achei que valia para ter o movimento novo, com 70 horas de reserva de corda, isocronismo elogiado em todo o lugar que li.
O problema que eu vejo é que a revisão de um in house tem que ser com a Breitling, que aqui no Brasil é só no Rio de Janeiro.  Sinceramente não me preocuparia tanto se a autorizada da Breitling fosse em São Paulo... Não confio em mandar qualquer coisa neste valor para o rio via correio...

Divido do mesmo pensamento!
Abraço,

Octávio Augusto

ThiagoDF

Mich, vc sabe me informar a partir de que ano mais ou menos os Navitimer começaram a vir com o movimento B01?

Tem um amigo meu que já me ofereceu um antigo dele, acho que é ano 2001.

Abraço! ;)
Membro do RedBarBrazil

flávio

Thiago, B01 faz dois anos. Sobre a Breitling, digo para qualquer um para EVITAR qualquer relógio pré 2000 (tirando os Navitimer Cosmonaute, que usavam o Lemania do Speedy), porque usavam - aí sim - os ETAs mais tabajara do mundo, além de terem umas caixas e braceletes muito mal feitos (estilo TAG Heuers da época). A Breitling, assim como a Montblanc, guardadas as devidas proporções, deu um "up" quando adquiriu a Kelek, para propagandearem que agora estavam fazendo relógios complexos, e passou a certificar todos os seus como cronômetros.

Resumindo: a Breitling melhorou muito em todos os aspectos a partir da coleção de 2000 e é fácil identificar se o relógio que lhe é oferecido é pós 2000, porque TODOS são certificados como cronômetros e escrito no mostrador.

Flávio

michelim

"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

flávio

#50
E que fique claro para todos: após 2000, a Breitling continuou a usar ETAs, mas na sua melhor conformação, todos certificados como cronômetro e com decoração exclusiva. Sem contar que abandonou o cristal mineral (safira), o folheado a ouro (ouro mesmo), etc.

Os Breitlings dos anos 80 e 90, apesar de todo bling bling criado, na época, pelos yuppies e, particularmente no Brasil, pelo Collor (sim, ele foi o maior endorser da marca na época hahahah), ofereciam muito pouco pelo que cobravam.

Hoje é possível encontrar Breitlings pós 2000 muito bons por barganhas! Meu irmão, por exemplo, comprou há menos de 6 meses, em estado de zero, um Super Ocean (ano 2007) fundo azul 1500 mts, equipado com um ETA 2824 cronômetro, na caixa, com certificado, tudo, por 3800 reais! Até eu fiquei tentado. Puta relógio, muito bem feito. A única coisa que não acho top neste relógio em particular, mas segue a tosquice dos Rolex Sea Dweller contemporâneos, é o extensor de mergulho, feito em aço estampado feio de dar dó! Mas o bracelete em si é muito bem feito, todo com parafusos, bem "pesado", com a dobradiça forjada.


Flávio

ThiagoDF

Valeu pela info Flávio, grande abraço pra vc! ;)

Volta quando pra Bsb?
Membro do RedBarBrazil

automatic for the people

Flavio, falou tudo sobre a Breitling!!! O "antes e depois" em tão poucos anos é de impressionar! Agora só falta eles colocarem um movimento próprio sem crono. Pronto!

abs

AFTP

LF

Mesmo que seja mais caro e menos confiável e preciso do que alguma coisa com base ETA 2892? 8)

Adriano

Olha, conheço alguns calibres de manufatura básicos que vem sendo usados por aí. Excelentes, claro. Mas sem uma "tunada", nenhum deles alcança a capacidade cronométrica de um 2892-A2. Isso é difícil de bater.

E outra, todo calibre de manufatura está sujeito a uma coisa: defeitos imprevisíveis. TODOS, sem exceção, vêm passando por mudança aqui ou ali, modificações aqui ou ali, pois problemas são detectados, mesmo que não se reflitam em problemas percebíveis ao usuário. Mas, em todos os casos, os consumidores são uma extensão dos laboratórios. Uns dos calibres de manufatura moderníssimos mais animais que conheço, já passou por "n" mudanças desde o seu lançamento. Mudam o método de lubrificação, mudam o material de algum componente, mudam o método de fabricação de algum componente, mudam uma tolerância aqui ou ali. Um calibre novo passa fácil uns 5 anos sofrendo ajustes. No mínimo.

Os ETA 2892-A2, 2824-2 e 7750 já estão provados e comprovados. Não tem mais o que dar errado. Tenham isso em mente.

Abraços!

Adriano

flávio

Tem, o 2892 normal não carrega direito nem a porrete, pelo menos não comigo!  ;)


Flávio

Adriano

Sim, mas até isso tá resolvido: resolvido que não tem jeito mesmo, a não ser que de modifique muito, como fez a Omega e outros. Tô falando sério!

Abraços!

Adriano

Betocd

Citação de: Adriano online 12 Dezembro 2012 às 13:03:47
Sim, mas até isso tá resolvido: resolvido que não tem jeito mesmo, a não ser que de modifique muito, como fez a Omega e outros. Tô falando sério!

Abraços!

Adriano

kakakakakakaka, essa foi ótima....

Abs

CSM

Nao poderia concordar mais com o adriano com relacao aos novos calibres. Os eta velhinhos ja estao provados que sao confiaveis... Mas mesmo assim estou tentando dar preferencia / voto de confiança aos in house das marcas top. Iwc, jlc...

Abraços,
Cesar
Membro do RedBarBrazil