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Ajuda com meu primeiro automático - Carrera 1887

Iniciado por eduardorio, 25 Março 2015 às 09:57:08

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Adriano

Citação de: Dicbetts online 26 Abril 2015 às 12:52:20
"In house" é um desses conceitos que somente os muito ingênuos (mas sobretudo os pernósticos) acreditam.

...

E se as fazendas de couro Alcântara fossem de propriedade da montadora?

...

Esse troço de "in house" só existe com a Seiko porque é um conglomerado que atua em várias áreas e, principalmente, fornece para milhares de outras empresas e montadoras.

...

Dic

Fato. Quando alguém vem falar de relógio comigo e começa com essa conversa de "in-house", já saco que estou fala do com alguém que não manja... e que pensa que manja muito.

O que difere o que o grupo Seiko faz do que o Swatch Group faz? Nada. Só o nome. Enquanto tudo debaixo do grupo Seiko leva "Seiko" no nome (tipo "Seiko Opticals", "Seiko Oils", "Seiko Instruments"...), no Swatch Group leva nome diferentes (ETA, Comadur, Universo, Nivarox, etc...). Mas quando é Seiko todo mundo concorda que é in-house, mas quando é um Omega, não.

E só para comentar, a título de curiosidade, Alcantara é um material sintético, que imita camurça mas muitobmais resistente, inclusive a chamas. É um material bem legal e acho o máximo carros esportivos revestidos em Alcantara, bem mais que em couro.

Abraços!

Adriano

Dicbetts

Citação de: Adriano online 26 Abril 2015 às 14:07:43

E só para comentar, a título de curiosidade, Alcantara é um material sintético, que imita camurça mas muitobmais resistente, inclusive a chamas. É um material bem legal e acho o máximo carros esportivos revestidos em Alcantara, bem mais que em couro.


Ótima observação. Quis escrever uma coisa, desisti, escrevi outra e deixei um pedaço daquilo que havia escrito anteriormente.

Nada como um revisor atento.

Dic

JotaA

Não quero por lenha na fogueira.

Mas o que me dizem dos novos IWC Ingeneiur que abandonaram os calibre desenvolvido pelo IWC e passaram a usa Sellita. Vocês vêem isso como um retrocesso?

Eu acho uma perda, não estou dizendo que a máquina nova é melhor ou pior, mas para um produto de luxo usar uma máquina exclusiva seria pelo menos uma forma de justificar o preço.

Não sou nenhum profundo conhecedor, mas pra mim um Breitling Navitiner com uma máquina B01 tem mais importância que um Navitimer com uma 7750.

Como disse inicialmente não quero inflar nada, gostaria de saber opiniões saudáveis sobre essa discussão.

Abraços

Dicbetts

Citação de: JotaA online 26 Abril 2015 às 15:26:23

Não sou nenhum profundo conhecedor, mas pra mim um Breitling Navitiner com uma máquina B01 tem mais importância que um Navitimer com uma 7750.


Jamais deixaria de comprar um Porsche 912 só porque são quatro cilindros.

Então, jamais deixaria de comprar um Navitimer só porque tem uma 7750 (muito modificada, registre-se) dentro.

Dic

Dic

Adriano

Mas na comparação do Julio, ao meu ver não são calibres equivalentes, o IWC in-house com o Sellita, assim como o B01 com o 7750. São mecanismos de categorias diferentes mesmo sendo o 7750 bem "tunado".

Para mim aí o problema está mais nisso. Agora, voltando no que comentei anteriormente, se for para fazer um mecanismo in-house basicão, me parece roubada, pois pelo que tenho visto por aí, os desempenhos são inferiores e os preços bem maiores...

Abraços!

Adriano

JotaA

Citação de: Dicbetts online 26 Abril 2015 às 16:16:38
Jamais deixaria de comprar um Porsche 912 só porque são quatro cilindros.

Então, jamais deixaria de comprar um Navitimer só porque tem uma 7750 (muito modificada, registre-se) dentro.

Dic

Dic

Dic,

Veja bem a 356 com motor VW é um clássico, mas a Dino com motor Fiat foi um fracasso. Seria a analogia que fiz da IWC.

Estou apenas tentando desenhar minha dúvida. É lógico que trocar um 2824 por um mecânico tabajara é bobagem. A empresa tem que ter uma pica grossa pra desenvolver algo que preste. Senão é um retrocesso. Mas veja a Panerai, largou de usar Unitas e 7750 e passou a produzir, não estou falando do conglomerado, se é ou não in house, mas hoje usa calibres próprios, exclusivos. Vejo isso como um salto grande dela como um fabricante de relógios.

A Tudor seguiu o mesmo caminho. Sei que algumas marcas de entrada isso é um pouco complicado. A C.Ward por exemplo, se não vingar, daqui uns anos todos os modelos in house estão fadados ao fracasso...

Não há porquê reinventar a roda. Mas no caso de relógios de marcas mais nobres, usar um calibre diferenciado, exclusivo, seja desenvolvido ou fabricado por outro, na minha simples concepção valoriza muito.

Busco apenas uma discussão saudável a respeito do tema. E confesso que é algo que por vezes me deixa confuso, e não tenho uma opinião 100% formada pelo assunto.
Abraços

FALCO

Citação de: JotaA online 26 Abril 2015 às 15:26:23...Não sou nenhum profundo conhecedor, mas pra mim um Breitling Navitiner com uma máquina B01 tem mais importância que um Navitimer com uma 7750...
Citação de: JotaA online 26 Abril 2015 às 18:09:08...Mas veja a Panerai, largou de usar Unitas e 7750 e passou a produzir...calibres próprios, exclusivos. Vejo isso como um salto grande dela como um fabricante de relógios...

Pô JotaA... Vai até parecer perseguição, mas prefiro os Breit com os derivados do 7750 e os PAM com os derivados de Unitas...   ;D
Claro que os Breitling B0x são movimentos muito top, muito melhores que os movimentos derivados do 7750, assim como os in house PAM são incomparáveis com os derivados dos Unitas e, como você bem disse, representam etapas importantes para as duas marcas... Não sei explicar, talvez seja algo perto das explicações do Vinnie...
FRM: contra argumentos, não há fatos !!!

JotaA

Falco,

Mas como você disse é uma questão de gosto. Mas concorda que é uma mudança nas duas marcas correto? Era mais ou menos isso que eu queria ressaltar.

Abraços

Dicbetts

Citação de: JotaA online 26 Abril 2015 às 18:09:08
Dic,

Veja bem a 356 com motor VW é um clássico, mas a Dino com motor Fiat foi um fracasso. Seria a analogia que fiz da IWC.

Estou apenas tentando desenhar minha dúvida. É lógico que trocar um 2824 por um mecânico tabajara é bobagem. A empresa tem que ter uma pica grossa pra desenvolver algo que preste. Senão é um retrocesso. Mas veja a Panerai, largou de usar Unitas e 7750 e passou a produzir, não estou falando do conglomerado, se é ou não in house, mas hoje usa calibres próprios, exclusivos. Vejo isso como um salto grande dela como um fabricante de relógios.

A Tudor seguiu o mesmo caminho. Sei que algumas marcas de entrada isso é um pouco complicado. A C.Ward por exemplo, se não vingar, daqui uns anos todos os modelos in house estão fadados ao fracasso...

Não há porquê reinventar a roda. Mas no caso de relógios de marcas mais nobres, usar um calibre diferenciado, exclusivo, seja desenvolvido ou fabricado por outro, na minha simples concepção valoriza muito.

Busco apenas uma discussão saudável a respeito do tema. E confesso que é algo que por vezes me deixa confuso, e não tenho uma opinião 100% formada pelo assunto.
Abraços

Jota,

Também busco discussões saudáveis, sempre. Isto posto, vamos ao debate.

Como disse lá em cima, o conceito de in-house é mais marquetagem que qualquer outra coisa. O termo busca, essencialmente, afirmar que se trata de um desenvolvimento levado a cabo nas próprias oficinas, mais que a fabricação de todos os elementos que o integram.

Só que um desenvolvimento se faz com componentes disponíveis. Onde? No mercado. Até se agrega um fator ou outro de exclusividade, nesse processo de terceirização. Mas tudo seria impossível. E proibitivo.

(Faço aqui um parêntese. Quando comprei meu primeiro carro, 30 anos atrás, e passei a bancar sua manutenção, sempre achei estranho que um cabo de vela, uma bateria, um filtro de combustível fosse compatível com mais de um modelo, de montadoras diferentes. Custei a entender que essa compatibilidade é o vetor de barateamento de custos. Para toda a cadeia produtiva!)

Isso, portanto, joga por terra o conceito de "in-house". Ora, se algo é desenvolvido com elementos disponíveis no mercado, é tudo, menos "in-house".

Talvez o termo mais honesto seja "owning patent", ou algo semelhante. Deixa claro que foi desenvolvido na casa X, mas que sua elaboração e composição agrega elementos de vários fornecedores (ainda que - insisto - um ou outro tenha especificações exclusivas; mas todos, não).

Sobre o caso da Panerai (ou da Tudor), tenho muitas dúvidas sobre a real derivação para o desenvolvimento de calibres próprios. Necessidade de oferecer algo "exclusivo" por conta de uma percepção de mercado? Necessidade de baratear custos? Necessidade de apresentar algo mais moderno? Necessidade de depender menos de fornecedores externos para peças fundamentais?

Basta jogar todas essas "necessidades" sob uma expressão mágica ("in-house"!), e adentra-se ao Olimpo.

Sobre sua observação a respeito do Ingenieur, não necessariamente passou de cavalo a burro. A alteração é relativamente recente e, tirando os purismos e as precipitações que costumam envenenar qualquer debate, creio que ainda não seja possível realizar uma avaliação desapaixonada. Quem sabe daqui a cinco anos cheguemos à conclusão que nada se perdeu, que o cavalo continua cavalo, apesar do Selitta que vem dentro.

Meu Navitimer tem uma 7750 dentro, e estou imensamente satisfeito com ele. Nem me preocupo com o fato de existir o B01. Não o comprei por causa disso.

Uma observação final: o Fiat Dino tinha motor Ferrari, o mesmo seis cilindros que equipava as Dino, com algumas modificações que o tornava mais eficiente que o utilizado na "nave-mãe".

(No You Tube tem um episódio da Petrolicious que trata disso.)

O Fiat Dino pode até ter fracassado, mas que é um clássico, nem tenha dúvida.

Dic



heracles

Boa analogia com a Swatch grupo mas essa não tem fabricantes de todos os seus componentes debaixo de sua "bandeira" a Seiko sim, TODOS os seus componentes incluindo os quartz, são fabricados em casa...rsrs ridículo isso.
Além disso, nunca vi uma impressora, qualquer ferramenta ou istrumento de precisão muito menos um robo Swatch.
A Seiko é um fabricante de relógios que hoje virou uma corporação.
Nenhum outro fabricante chega sequer perto como marca individual a Swatch como GRUPO chega próximo.

Heracles