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NY Times - Artigo com John Mayer e seus relógios

Iniciado por GuilhermeLago, 04 Maio 2015 às 09:14:48

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Jim

Show.
Podemos dizer que o isocronismo em um Tag pendulum é melhor?
Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória. (‭Provérbios‬ ‭21‬:‭31‬ NVI)

Alberto Ferreira

Huuummm...
Eu não sei, Jim.

Eu até diria que não, não necessariamente...

Afinal, no Tag Pendulum o que foi substituído pelos magnetos foi a espiral (a mola - "hair spring") do balanço.
A corda em si (a mola do tambor) eu creio que continua no sistema tradicional, portanto sujeita às mesmas variações de torque que nós discutimos aqui.

Mas, se não for isso, eu peço que me corrijam pois eu nunca estudei este TAG mais a fundo...  :-[

Abraços!
Alberto

Jim

Entendi melhor a questão sim. E até arrisco a concordar com o mestre Alberto. Pois com pouco torque, o pendulum desenha o arco menor, consequentemente os extremos do arco estariam mais distantes, ou sofreriam menor influência dos imãs. Que é o mesmo caso citado pelo Flávio, onde a mola também exerce força menor no balanço.
Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória. (‭Provérbios‬ ‭21‬:‭31‬ NVI)

flávio

Olha, eu não posso opinar sobre o sistema deles pois nem em teoria sei exatamente o que pretenderam fazer ali. Mas os antigos relógios cujo impulso era propiciado por eletroimas, como os Hamiltons, eram bem tabajara na precisão. Flávio

Alberto Ferreira

Sim... Sim...  ::)
Como eu disse.
Pelo pouco que li sobre o TAG Pendulum, eu acredito que a proposta ali foi (apenas) substituir a espiral (o chamado "cabelo", nas palavras menos técnicas)...

E este "apenas" que eu digo aí acima, também é uma opinião, como a do Flavio, de quem não conhece bem os detalhes daquele projeto da TAG.

Alberto


Alberto Ferreira

Obrigado, Jim!

Mas, pelo que eu pude "ver", tudo se restringe à substituição da espiral do balanço ("hair spring") e, salvo melhor juizo, fica (apenas) nisso.

Se for mesmo assim, eu não "vejo" maior diferença deste conceito da TAG no que tange a uma possível menor influência na "precisão" devido à variação do torque gerado pela mola da corda, bem entendido.

Posto que nada naquele material citado indica que alguma mudança de conceito e/ou construção tenha ocorrido com relação àquilo que vai no interior do tambor de corda, na mola em si, e/ou (principalmente) no sistema de transmissão do torque.

Alberto

Alberto

Jim

Ótimo, pra mim, que concordamos.

Ainda existe o fato que os imãs são mais sensíveis, a variações de temperatura, do que os materiais que compõem a espiral do balanço.

Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória. (‭Provérbios‬ ‭21‬:‭31‬ NVI)

flávio

#28
Constitui um mistério para mim como esse troço da Tag Heuer pode melhorar o isocronismo. Como ressaltei acima, nos arcos curtos, a distância percorrida é menor, mas a tensão a qual a espiral é submetida também é menor. Quando o arco aumenta, a espiral se comprime mais e, portanto, na "volta" do balanço, o "joga" mais rapidamente de volta ao ponto inicial. Por isso na teoria um balanço com espiral é isócrono.

O mesmo conceito é o aplicado num pêndulo, porque se nos arcos curtos a distância a ser percorrida é menor do que nos arcos longos, quando um pêndulo "cai" mais acima, a gravidade o impulsiona mais rapidamente e, portanto, ele percorre na mesma velocidade que num arco curto.

Porém, como fazer isso usando imãs? Teriam eles calculado um ponto de equilíbrio entre atração e repulsão de modo a garantir isocronismo? A Tag não explica. Ei vocês aí que são malucos e de vez em quando pesquisam as patentes dos troços, se a descobrirem, publiquem-na aqui para eu ler!

Mas enfim, no fundo é mais uma inventação de moda da indústria que apenas complica algo que está funcionando bem há séculos.

Flávio


flávio

 :'( :'( :'( :'( :'( :'(


Agora vou ter que ler esse troço. Esperem até semana que vem, porque amanhã está corrido e não vou pegar nisso no final de semana NEM A PAU! Segunda ou terça feira dou uma lida.


Flávio

Alberto Ferreira

Citação de: flavio online 08 Maio 2015 às 00:22:59
:'( :'( :'( :'( :'( :'(


Agora vou ter que ler esse troço. Esperem até semana que vem, porque amanhã está corrido e não vou pegar nisso no final de semana NEM A PAU! Segunda ou terça feira dou uma lida.


Flávio


;D ;D ;D
Pois é...

Para ser bem franco eu também fiquei com preguiça, só de pensar em ler...

Além de que, como eu costumo dizer...
De onde menos se espera, é que não vem nada mesmo.  ;)
;D

Alberto

Jim

Flávio, eu e o Alberto concordamos que não vimos melhora do sistema da TAG em relação ao tradicional.

Citação de: flavio online 08 Maio 2015 às 00:08:20

...

Ei vocês aí que são malucos e de vez em quando pesquisam as patentes dos troços, se a descobrirem, publiquem-na aqui para eu ler!

...


;D ;D 8)

Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória. (‭Provérbios‬ ‭21‬:‭31‬ NVI)

Alberto Ferreira

Citação de: Jim online 08 Maio 2015 às 10:25:55
Flávio, eu e o Alberto concordamos que não vimos melhora do sistema da TAG em relação ao tradicional.

;D ;D 8)

Maaaassss...  ;)

Eu pouco sei sobre o funcionamento (total) do movimento da TAG e...
...não li os detalhes da patente.   :D

Portanto, eu não sei se o balanço magnético em si é capaz de melhorar, e manter, o isocronismo por todo o período da carga da corda.

Aguardemos a análise do Flavio ou de outros colegas que se tenham se aprofundado mais.
8)

Abraços!
Alberto

Jim

Faz dias que tento concordar com Alberto...  :D

Queridos, eu pouco entendo de relojoaria. Sou grato por este espaço.

Tentei escrever mais, mas vou esperar pelo Flávio  ;)
Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, mas o Senhor é que dá a vitória. (‭Provérbios‬ ‭21‬:‭31‬ NVI)

GuilhermeLago

O isocronismo é verificável matematicamente, nos dois casos. Essa propriedade pressupõe um modelo ideal. Na vida real, entra em jogo a tecnologia.
Qual dos métodos é melhor implementável? Qual é mais robusto, ou seja, qual mantem melhor o isocronismo quando sujeito às condições reais de operação?
O sistema de mola em espiral tem alguns sabidos problemas. A necessidade de métodos industriais muito sofisticados para produção da mola e dos pontos de fixação ao balanço e ao staff; o efeito de fadiga ao longo do tempo; as perturbações trazidas por forças torcionais atuando na mola; a variação do centro de massa ao longo da oscilação em função da massa relativamente alta da própria mola e pelo fato de que ela expande (levando o centro de massa mais para fora) e comprime (levando o centro de massa mais para dentro); eventuais atritos lamelares na superfície da mola; magnetização da própria mola; resistência do ar e turbilhonamento provocado pela retração/expansão da mola; e por aí vai.
A eliminação da mola elimina todos esses problemas e, obviamente, traz alguns outros. Como garantir que os magnetos usados no conjunto tem propriedades idênticas? Certamente há complexidade tecnológica nisso. Como se comportarão as características magnéticas dos imãs ao longo de décadas? Como prevenir o "sobre-passo", uma vez que não há conexão mecânica?

Minha opinião é de que, a princípio, há sim muitas vantagens, pois a mecânica é mais simples e menos sujeita a perturbações externas. Em que nível está a tecnologia para conseguir tirar todo o proveito disso? Aí já não sei. Certamente ainda irá demorar algumas décadas para que se alcance o mesmo grau de aprimoramento que a metalurgia fina atingiu após esses 350 anos desde a invenção do balanço em espiral.

Abraços!

Alberto Ferreira

Citação de: Jim online 08 Maio 2015 às 14:17:37
Faz dias que tento concordar com Alberto...  :D
...

;D
Mas não precisa, não, Sô!
Fique longe disso,...    Não por "default".  :)

Aliás, eu vou fazer uma pequena "confissão"...
Tem ocasiões em que, depois de algum tempo, e de algumas "colocações", nem eu mesmo concordo comigo...  ::)

Afff!
:-[

Um abração!
Alberto
8)

Marcos David

Rapaz, foi o off-topic mais proveitoso que eu pude ler até hoje.

Obrigado!  ;D
"O mundo intriga-me. Não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro." ― William Paley

flávio

Só hoje tive tempo de passar o olho na patente. Vejam só: não a estudei, PASSEI O OLHO! Pois bem, as questões relativas ao isocronismo do sistema estão na página 20, a partir do parágrafo 0116. Por conceito, há sim perda de atração magnética à medida que os pólos dos imãs se afastam, e a solução deles é aumentar o número de imãs à medida que isso ocorre, ou alterar o formato dos imãs dentro da circunferência do balanço para, nos mesmos moldes de uma mola, aumentar a força de "impulso" dos imãs nos arcos longos (ou seja, dar mais "força" para o retorno do balanço à posição inicial, à medida que os pólos se afastam).

Enfim, os problemas de isocronismo existem e tem que ser contornados do mesmo modo, levando-se em conta, é claro, que o sistema é magnético.

A leitura pode agradar aos matemáticos, eu só passei o olho e procurei compreender superficialmente o conceito.


Flávio