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Vamos ser práticos

Iniciado por LUW, 06 Julho 2009 às 21:57:21

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LUW

A minha discussão com o Igor sobre MM e PO me fez pensar ::).

Como todos aqui, eu também gostaria (MUITO!) de ter um Grand Seiko. E é claro um Planet Ocean. Mas sendo prático, é fácil ter um? Obviamente que não me refiro a preço, pois para alguns os $2000 a $2300 de um Marine Master ou $2600 de um PO ou até os $4000+ de um GS não é proibitivo - eu, contudo, infelizmente não faço parte desse abenegado grupo. Mas vamos dizer que eu economizasse o suficiente para comprar um PO ou um MM. Como é a vida com eles? Quero dizer, sendo instrumentos mecânicos, vão precisar de manutenção. Para a Omega até temos a H. Stern aqui no Brasil, mas onde mandar um GS? E quando falamos em manutenção, sobre quanto $$$ exatamente estamos falando? Fora a custo monetário do serviço em si, como é a burocracia para se ter o relógio revisado (demora, onde mandar, como mandar, etc)?

Me faço essas perguntas pois acredito que haja uma nítida distinção entre se poder comprar algo e se poder ter algo ::). Por exemplo, eu poderia comprar (é apenas uma questão de economizar) uma BMW, mas o custo de IPVA, seguro, manutenção e peças seria proibitivo para mim. Extrapolando para relógios, eu posso tranquilamente pensar em comprar um desses relógios, mas depois, vou poder mantê-lo sem me apertar ou me incomodar?  ???

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Luciano

Desotti

#1
Luciano, tenho um PO há pouco mais de um ano, pouco tempo para opinar sobre manutenção portanto, mas é notório que o sistema de escape coaxial necessita de muito menos manutenção (estimados 10 anos), o que é uma grande vantagem, além do fato da manutenção poder ser feita aqui mesmo no Brasil via autorizada ou por profissionais relojoeiros de bom nível.

Coloque uma boa pulseira aftermarket para deixá-lo menos chamativo e preservar o altamente "riscável" aço escovado da fivela do bracelete original e seja feliz! ;D

Já os Seiko "Hi-End" parecem ser o exato oposto na questão da manutenção, pois ao que me consta vários dos movimentos TOP não possuem manutenção fora do Japão e confesso que para mim infelizmente isso já seria motivo suficiente para desconsiderá-los. :(

Abraços!

Marcelo.

igorschutz

Luciano,

Já discutimos sobre isso aqui.
Os relógios mais elaborados da Seiko só recebem assistência técnica autorizada no Japão, aí "cumprica" (já imaginou o preço, logística, tempo de espera e burocracia para isso, né?).
Veja neste tópico.

Um abraço,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

LUW

Putz, que decepção! :o
Li o tópico inteiro e estou frustrado, para dizer o mínimo. A cada quantos anos um Seiko desse nível precisa ser aberto? Cinco em cinco anos? Até que é bastante tempo, mas eu ficaria muito estressado se fosse usar normalmente. Sendo assim, infelizmente o MM não é para mim  :-\. Pelo jeito, como a BMW, eu poderia comprar mas não posso ter.  :-X
[ ]s
Luciano

Marcelo Costa

Bom, vou dar aqui minha opinião.

Tenho um Seiko MM e o adquiri mesmo sabendo previamente todo esse processo que envolve sua manutenção.

Já conheci alguns relógios Seikos que o proprietário usava-o diariamente há mais de 20 anos e nem sabia o que era revisão!

É um dos meus relógios preferidos. É um relógio caro mas vale cada centavo!

Uma vez surgiu um tópico no forum antigo: Qual dos seus relógios você escolheria se tivesse que fugir e nunca mais voltar?  :D ;D Alguma coisa assim! Na época disse o Seiko MM e ainda confirmo a escolha!

Portanto, vou curtir e usá-lo bastante...daqui há dez anos nem sei se estarei vivo...tomara que sim... :D....mas quanto à manutenção...nem vou pensar nisso agora!!!

CARPE DIEM

Abs

Marcelo

Adriano

Pessoal, acho que há exagero com preocupação em manutenção. Ninguém, no fim das contas, acaba fazendo manutenção periódica preventiva nos relógios novos que compra. Não conheço ninguém que já tenha feito isso. Além disso, a estatística mostra que apenas um a cada mais de 5 mil, repito, 5 mil relógios que entram em uma assistência técnica, entram para "revisão periódica". Todos os outros só entram quando já estão só o pó. E desses que entram para revisão periódica, metade desiste e fazê-la e diz que vai esperar o relógio dar defeito para revisar...

Então pensem bem até que ponto isso deve influenciar uma compra. Será mesmo que vocês fariam revisão de 5 em 5 anos?

Abraços!

Adriano

LUW

Marcelo, nada contra carpe diem, muito pelo contrário, porém não penso em mim, penso no relógio, em quanto tempo ele poderia funcionar a mais se fosse feito algo preventivamente. Por formação profissional tenho como norte o preceito que prevenir sempre valerá o esforço.

Adriano, apesar do que escrevi para o Marcelo, também sou partidário do preceito que exagero não traz benefício algum. Vamos supor que eu tenha o relógio há 7 anos de funcionamento exemplar, mas hoje ele começou a apresentar algum comportamento anômalo. Ou então eu bati ele e depois da batida não é mais o mesmo. E aí, como fica ::)? Mandar para o Japão ou algo cabeludo assim é factível? Quanto tempo demoraria no conserto e quanto custaria?

PS: Eu pelo menos entendi que pela impossibilidade de se conseguir peças e que a abertura do relógio significa trocar anéis de vedação, dessa forma só mandando para o Japão mesmo.
[ ]s
Luciano

igorschutz

Luciano,

Eu só faria uma revisão de cinco em cinco anos um relógio que fosse de uso diário.
Como não é meu caso, pois tenho diversos outros e fico revezando o uso, esse prazo já pularia pra uns 10 anos!

O MM tem essa coisa chata dele ter umas vedações especiais que não existe aftermarket. Ou seja, no dia que elas forem pro saco (demora!), aí o relógio deixa de ser a prova d'água.
Mas a parte mais chata mesmo é que o aro giratório (bezel) é uma peça única. Se riscar, riscou... já era! Só mesmo enviando o relógio pro Japão. O meu está riscado. É difícil de ver, mas sei que está riscado (a região preta onde estão gravados os números é uma tinta mais resistente, mas ainda assim fácil de riscar, até mesmo porque fica muito exposta).
Então, pra quem é enjoado e gosta dos seus relógios sempre super novos, tem que tratar o MM a pão-de-ló... (não é o meu caso).

Mas eu tenho um problema muito mais imediato: um Citizen Chronomaster.
Pelas especificações da Citizen, a bateria dura em média cinco anos, e eu já tenho este relógio há uns 5 anos, ou seja, não dou um ano para a bateria do meu acabar (ele ainda não está indicando o fim da vida).
Bom... mas é só trocar a bateria, não é? Sim e não.
Sim, porque é isso mesmo: abrir a tampa traseira do relógio, por outra no lugar e fechar. E não, porque pode ser, e reforço o "pode ser", que o relógio precise ser calibrado para que se mantenha dentro das especificações (5 seg/ano). Se precisar, só no Japão...

Em pouco tempo, tentarei ver esse lance de exportação temporária, conforme descrevi no tópico outrora linkado, pois gostaria de aproveitar a garantia de 10 anos que a Citizen dá, com troca de bateria, revisão e polimento grátis. Vamos ver o que sairá desse mato...

Um abraço,

Igor
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Alberto Ferreira

Salve!

A este propósito, as revisões, eu vou contar um "causo" pessoal.

Aconteceu com o meu Seiko 6217,...
Sim,... Com o meu "old trusty" 62MAS.  8)

Eu o comprei novo, um ano após o seu lançamento. e após possuir um Sicura...  :D
Eu já gostava de relógios, mas não entendia muito, o que explica o Sicura...  ;D

Naquela época eu mergulhava, lá no Rio de Janeiro.
Mas, eu o fazia "na marra"... Simplesmente punha a máscara, o pé de pato e lá ia eu,...

Bom,...
No meio tempo, o meu irmão (um "esmeril de grana grossa" assumido) de vez em quando o pegava "emprestado", para desespero meu.
A sua praia não era o mergulho, mas vivia se "enfiando" no mato com o meu amado Seiko.

Pois bem,...
Um belo dia, eu me meti em brios e resolvi levar o relógio para uma "revisão prévia" (funcionava bem e estava bem vedado).
O "relojoeiro" me disse a seguinte barbaridade.

"Este é um relógio especial, de mergulho. Eles não foram feitos para serem abertos.
Se eu abrir, a estanqueidade vai se perder. Para sempre!"

Bom,...
Eu acreditei no cara e continuei usando e abusando do MAS.

Mais de 20 (eu disse vinte!) anos depois, eu finalmente levei o dito para uma revisão, agora já sabendo que as vedações podem ser trocadas, etc.

Pois é,...
Agora o fato.

Ao ser aberto, pela primeira vez, o movimento estava "perfeito", foi apenas necessário revisar, lubrificar, trocar as vedações e o "bicho" está "na ativa", até hoje.
;)   8)

Abraços a todos!
Alberto

ESTRELADEDAVI

Também compartilho do mesmo pensamento do Igor, um relógio mecânico de uso diário, funcionando os 365 dias do ano, é importante sim passar por revisão de 5 em 5 anos.
Agora um relógio de coleção, que é usado de vez em quando, o ideal é sempre dar corda nele de vez em quando para as peças funcionarem e ficarem sempre lubrificadas e pensar em revisão somente depois de 10 ou 20 anos.

Abraços

Weber
"A felicidade de sua vida depende do caráter dos seus pensamentos." (Marco Aurélio)

betampex

Eu dou corda nos meus relogios a cada 2 dias, sera que com isso eles nao precisarao de revisao por uns 10 anos?

alguem sabe me responder isso?

sds

Paulo

Adriano

Humm, eu gostaria de me reforçar uma coisa, pois sinto que o que eu disse não ficou bem claro.

Fazer revisão preventiva a cada 5 em 5 ou 7 em 7 anos, ou o que seja, é importantíssimo e altamente recomendável. O que eu quis dizer é que praticamente não conheço ninguém que o faça e estatisticamente comprovo que praticamente ninguém o faz.

Então, declinar uma compra sob o argumento de que "daqui 5 anos não sei onde vou conseguir fazer minha revisão periódica", é algo estranho, quando no fim quase ninguém faz isso.

Essa minha explicação é porque senti que alguns tenham entendido que eu estava dizendo que fazer revisão preventiva, seja de 5 em 5 anos ou outra frequência qualquer, não seria importante.

Abraços!

Adriano

betampex

Olha eu conheco um cara que tem um Rolex Datejust que faz 40 anos e nunca levou para revisao e esta funcionando normalmente.

Paulo