VINTAGES OU VELHOS MESMO - Poste aqui

[igorschutz]

Lindo, Enéias! Já pirei demais nesses relógios art deco.

Será que não dá pra limpar esse mostrador aí? Merecia, hein?

[Enéias]

Tem gente limpando o mostrador. Estou sem pique para ir atrás. Creio que o filho do Carregalo faz.

Lindo, Enéias! Já pirei demais nesses relógios art deco.

Será que não dá pra limpar esse mostrador aí? Merecia, hein?

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[Elvis Silva]

Wyler-Vetta Incaflex, calibre ETA 1132 (anos 1950).

[igorschutz]

Muito bonito esse mostrador.

[Elvis Silva]

Obrigado. Os relógios Wyler são normalmente subestimados, como boa parte das marcas de outrora que não se tornaram grandes nomes. Nada obstante, são relógios bons e elegantes, que podem ser adquiridos em bom estado no mercado de vintages, por uma fração do preço de exemplares de marcas famosas. Para reforçar o exemplo, postarei uma foto do relógio que usei ontem, também de uma marca esquecida.

[Elvis Silva]

West End Keepsake Prima, calibre FHF 684. Anos 60 ou 70. 

[igorschutz]

O problema é quem nem todos apreciam os relógios de outrora, que em regra são menores, não resistem mais a água e, salvo raros casos, possuem desenho que caíram de moda (ao menos os baratos).

[Elvis Silva]

De fato, hoje é difícil alguém querer usar qualquer coisa no pulso cujo diâmetro seja inferior a 40 mm. Até mesmo as mulheres aderiram a essa tendência.

Eu mesmo prefiro os pequenos. Meu pulso não é enorme (17 cm) e aceita bem relógios de 30 a 36 mm. Eu também costumava usar somente trambolhos enormes no pulso. Já tive até aquele famoso Timberland HT2. Meu preconceito com os pequenos acabou quando pus no pulso um dos meus primeiros vintages - um Rolex Speedking de corda manual, que postei por aqui faz uns dias. Ele tem apenas 30 mm de diâmetro e ainda hoje, mesmo com uma coleção passando de quarenta peças, é um dos meus favoritos. Ajuda também o fato de eu trabalhar em traje formal, que combina muito bem com os modelos antigos.

Quanto à resistência à água - bom, eu tomo os devidos cuidados com minhas belezas. Quanto a desenho fora de moda, eu tenho a impressão de que, à exceção do tamanho, boa parte dos antigos, sobretudo dos anos 1950 em diante, tem uma linguagem visual ainda bastante alinhada com o que se vê hoje em dia. Esses dois últimos que mostrei são bons exemplos disso, segundo me parece. Aliás, é interessante reparar como um lançamento razoavelmente recente, o Montblanc 1858 Small Seconds, tem mostrador e ponteiros bastante similares aos do meu West End. Fora de moda? Bom... creio que os desenhos clássicos nunca deixam de voltar à crista da onda.

[Enéias]

Meu pulso também é pequeno e diminuiu pois emagreci bastante. Cerca de 18 a 19 cm. Eu uso relógios de 30 a 40 mm. Maiores eu não gosto. Atualmente estou usando aqueles com mostradores envelhecidos, justamente porque são dos anos 1960 para trás. Tenho muitos relógios de marcas menos famosas. Estou catalogando relógio por relógio com seus respectivo movimento. Os relógios pouco famosos trazem surpresas maravilhosas.

[Enéias]

Cyma com Valjoux 22. Se fosse de uma marca famosa...


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[Enéias]

Olha o charme...


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[igorschutz]

Bonitão mesmo. Qual o tamanho?

[Elvis Silva]

Cronógrafo Balto, calibre Excelsior Park 4. Fim dos anos 1940 ou início dos anos 1950.

[Elvis Silva]

Máquina do Balto.

[igorschutz]

Uma beleza! Parabéns!

[Elvis Silva]

Obrigado, Igor. Essa peça integrou a magnânima coleção do Mestre Gravina.

[Enéias]

Bonitão mesmo. Qual o tamanho?

Pequeno: 34 mm

[Enéias]

Elvis,

Tive, faz tempo, um crono com esta máquina. Eu vendi para um dos maiores conhecedores de máquina que conheço: Sérgio Lorenzon. Está em boas mãos.

[Elvis Silva]

Que bom sabê-lo, Enéias.

Gosto muito do EP 4. É uma máquina belíssima, cujo desenho é bastante idiossincrático. O funcionamento do crono é bastante macio ao tato, assim como a operação da coroa, tanto para dar corda como para acertar as horas. Pelo que me disseram, meu exemplar parece nunca ter sido tocado por um relojoeiro antes... mesmo assim, ele funciona muito bem. Talvez esteja apenas atrasando um pouco - nada que uma pequena regulagem não possa resolver.

Esse fato atesta, para mim, a qualidade e a excelência do movimento. Uma máquina em miniatura, já contando com algumas décadas de existência, nunca submetida a qualquer procedimento de manutenção e que, nada obstante, ainda está plenamente funcional. É essa a beleza dos antigos para mim.

[igorschutz]

O bracinho que carrega a roda acopladora do crono passando entre as engrenagens dos ponteiros de segundos parece o Longines 30CH. É um desenho que chama a atenção.

O 30CH, aliás, na minha opinião, tem o desenho mais bonito dentre todos os mecanismos crono de outrora.