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Novo texto: "No coração da relojoaria alemã"

Iniciado por admin, 12 Julho 2011 às 14:22:30

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flávio

Colegas


Depois de uma certa embromação, sentei e escrevi um texto sobre a relojoaria alemã, assunto pouco explorado na literatura. Confesso que não teria tido condição de escrever nada se não houvesse ido a Dresden. Talvez por isso tenha demorado...

Como já disseram aí, escrevo demais. Paciência, faz tempo que não abordo mais questões técnicas no texto, prefiro o contexto histórico, e foi o que fiz. Aliás, se desviasse tanto do caminho, o texto se transformaria em um livro.

Espero que a leitura seja agradável, como sempre há algo "visceral" em meus textos.

Estou aberto às críticas, sobretudo os erros (crassos) de português. Às vezes nem você percebe que escreveu errado.

Espero, também, que o texto lance alguma luz em assunto tão espinhoso.

Ei-lo:


http://www.relogiosmecanicos.com.br/dresden.html



Flávio

Paulo Sergio

Parabéns amigo pelo belo texto...  ;) ;) ;)
Narra história... nela fatos... e dela, destaca nuances.... a importância da relação história X acontecimentos!!!  :) :) :)
Há a história X interesses (leia-se "regimes"  :-\ :-\ :-\)... e tudo conflui, em uma nuance que nos atinge: a relojoaria!!!  :D :D :D
Mais uma vez parabéns... e, se me permite, destaco sua escrita:
"aos jovens relojoeiros da manufatura Glashütte Original, que refletindo expressões da modernidade, como o uso de piercings, tatuagens etc, resolveram seguir uma profissão tradicional"... muito bem escrito!!!  ;) ;) ;) ...não são as tatuagens que distinguem um bom médico, ou um bom relojoeiro... isso é ditado pela competência!!! :D :D :D
Obrigado amigo!!!
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

igorschutz

Patrão,

Gostei do texto, claro, mas em alguns momentos acho que você se perdeu um pouco.
Sinto que vez ou outra você segue determinada linha narrativa com profundidade, destacando fatos que são bacanas, mas não essenciais ao tema central do texto, e depois, retorna um longo período histórico para seguir no tema, e aí se perde de novo...

Por exemplo: no primeiro "capítulo" do texto, você começa lá no Século X e vai até a Segunda Guerra, falando de Dresden. Aí retorna para 1728 e vai até ao Século XX, falando da relojoaria e Glashütte. Aí você pula para o bombardeio de 1945 e como a URSS mudou o panorama relojoeiro da região. Aí volta pra falar dos efeitos do bombardeio e a reconstrução da cidade e da indústria relojoeira.

No fim das contas, fiquei com uma forte impressão de que o tema central do texto é a beleza de Dresden e como ela foi destruída na 2ª Guerra, sendo que a indústria relojoeira é apenas um assunto marginal, quando, na verdade, em se tratando de um site sobre relógios, deveria ser exatamente o oposto.

Ademais, penso que seria interessante abordar a forma com que a relojoaria saxã moderna veio ao mundo do nada, nos anos 90, e se tornou um dos pólos da alta relojoaria em pouquíssimos anos.

Um abraço,

Igor

P.S.: Se me permite uma sugestão, pegue um daqueles catálogos ferradões da A. Lange & Söhne e dê uma olhada no que eles falam sobre esta parte histórica. É (ou era, já que o último catálogo desses que vi devia ser de 2006 ou 2007) um texto riquíssimo, abordando trechos que você menciona no seu texto.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Atalo

Belo texto, Flávio!
Leitura muito interessante, um ou outro acento fora do lugar não comprometem.
E obrigado pela fonte grande  ;D ;D
Átalo

flávio

Igor, foi proposital. Não achei que o "recomeço" fosse tão importante. Aliás, continuo não achando. Não quis, por exemplo, ficar no lugar comum, como, por exemplo, falar sobre as fábricas. Particularmente sobre a Lange, há muita lenda no seu recomeço e a fábrica não guarda qualquer relação com a antiga. Na verdade, Walter Lange só entrou no negócio justamente para dar uma áura de continuidade na história da marca.

Na verdade, a relojoaria alemã em Glashutte surgiu em virtude de Augusto o Forte e o Salão de Matemática. Claro, poderia ter apenas abordado isso, como se nada houvesse acontecido em Dresden. Mas os acontecimentos históricos foram responsáveis justamente por iniciar, acabar e recomeçar a indústria.

A única marca que realmente veio do passado - acreditem se quiser - foi a Glashutte Original, cujo privatização foi levada a cabo pelo próprio comitê alemão pós reunificação. O resto foram empreendedores. E que fique claro: a Glashutte Original privatizada não tinha nada a ver com o Swatch Group, cuja aquisição só ocorreu tempos depois.

Claro, também senti que poderia ter feito uma linha histórica "conjunta", mas achei que separada, a evolução de Dresden tornaria mais fácil compreender o porque de lá ter se tornado a meca da relojoaria, e não outras cidades.

No fundo, como disse, quis fugir do lugar comum. Quis fugir das fotos de relojoeiros publicadas em visitas às fábricas no The Purists, se é que me fiz entender.

Flávio

Desotti

Chefia, gostei muito do texto da maneira como o elaboraste, parabéns e obrigado! :)

Uma correção que notei: João III Sobieski morreu em 1696 e você escreveu 1896. ;)

[[]]'s

wilbor

Belo, belíssimo texto. Nada como boa cultura para fechar o dia de hoje! Meus parabéns Flávio!

flávio

Corrigi alguns errinhos, além dos que falaram, alterei a ordem de uma das frases e acrescentei um dado, que depois pareceu ser importante: Glashutte está a apenas 30 km de Dresden. Na verdade, no início da produção de Glashutte (preferi não entrar nesses detalhes), os relógios nem vinham assinados Glashutte, mas Dresden. Os relógios só passaram a ser assinados Glashutte quando a cidade ganhou fama, já no final do século 19. Dado curioso: na mesma época começaram as "réplicas", até de boa qualidade, mas que usavam o nome Glashutte para fazer propaganda. Então, coisas que nem eram fabricadas em Glashutte tinham o nome escrito no mostrador. Criaram, então, outro escrito, uma proteção de origem, como o Swiss Made atual (e, também, o Glashutte atual), e vinha escrito "Original Glashutte". Vão achar que estou zoando, mas vi relógios no museu alemão da Union, escrito ao "Union, Original Glashutte". E da Lange também! Hoje isso não pegaria bem, por motivos óbvios...


Flávio

BCRodrigues

Parabéns Flávio, gostei da separação Histórica ( diga-se as Ciências exatas, guerras, etc) e a Horológica, mas que no fundo uma complementa a outra pois a relojoalheria alemã está no contexto e assim aprendemos um pouco mais....fiquei até me imaginando visitando esse vilarejo e a cidade de Dresden. Obrigado por compartilhar!!!! Abraços BCRodrigues :) :)
"Nunca se afaste de seus sonhos, pois se eles se forem, você continuará vivendo, mas terá deixado de existir". (Charles Chaplin)

Paulo Sergio

Sei lá... poderia ficar calado... mas vamos lá...
Vi o amigo Igor somente uma vez, na Feira do MASP...
Contudo, falem o que quiserem, tenho uma empatia pelo amigo...
Respeito, e muito, o que ele fala (escreve), pois "comungo" com a maioria de suas postagens...  ;) ;) ;)
Mas essa aí acima... amigão... "peraí"... o "dono" tem o saco de escrever um texto, depois de uma viagem à Europa, para a qual eu não tenho tempo nem grana para ir, e de uma pesquisa...
Desculpe... mas este "Post" poderia passar sem essas linhas amigo!!!  :-\ :-\ :-\
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

Davi-RJ

Muito bom texto, Flávio. Gostei do balanço que você fez entre horologia e história. Aliás, estou pensando em até mesmo em incluir Desden em uma próxima viagem à Alemanha.

Um abraço,
Davi

P.S. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, mas sempre que mencionam a inutilidade dos ataques de Dresden ou Hiroshima, eu lembro da minha visita a Oradour-sur-Glane, que permanece em ruínas desde que os nazistas passaram por lá em 1944 e simplesmente mataram todos os cidadãos (eu disse todos) em represália ao sequestro de um oficial uns dias antes. Era contra essa turma que os aliados estavam lutando...

solano

" Otempo é a insônia da eternidade "  Poeta Mário Quintana

flávio

Citação de: Paulo Sergio online 12 Julho 2011 às 21:30:11
Sei lá... poderia ficar calado... mas vamos lá...
Vi o amigo Igor somente uma vez, na Feira do MASP...
Contudo, falem o que quiserem, tenho uma empatia pelo amigo...
Respeito, e muito, o que ele fala (escreve), pois "comungo" com a maioria de suas postagens...  ;) ;) ;)
Mas essa aí acima... amigão... "peraí"... o "dono" tem o saco de escrever um texto, depois de uma viagem à Europa, para a qual eu não tenho tempo nem grana para ir, e de uma pesquisa...
Desculpe... mas este "Post" poderia passar sem essas linhas amigo!!!  :-\ :-\ :-\
Abraço
Paulo Sergio



Paulo, na verdade viajei com o Igor e o conheço. Na verdade, ele seria mesmo o revisor do texto, mas estava tão na pilha que não o remeti. Críticas são críticas e, como até ressaltei, concordo com as do Igor, sabe por que? Pensei a mesma coisa que ele quando escrevia o texto. Mas lá pelas tantas acabei absorvido por toda a história e deixei como estava. É questão de abordagem. Qualquer crítica é válida.


Flávio

Paulo Sergio

Amigo Flávio...
Volto a dizer... admiro o Igor... empatia pura... respeito o que ele escreveu!!!  ;) ;) ;)
Mas o que eu escrevi, não desdigo... e creio que, até pela amizade, as observações feitas poderiam ser, por telefone ou por MP!!!  :-\ :-\ :-\
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

Wadley

Wadley

igorschutz

Paulo Sérgio,

Agradeço as palavras e a empatia, do qual compartilho.

Sobre meu post, lamento que não tenha pego o espírito do mesmo.

Minha amizade com o Flávio há muito já ultrapassou as fronteiras eletrônicas.
Ele é um amigo que frequenta a minha casa quando vem a SP, que conhece minha família (pais, irmão, esposa), que converso com a mãe dele, que recebo SMS altas horas da madrugada dizendo que me ama (OK, essa segunda parte é mentira, mas que recebo os SMS de madrugada isso eu recebo), que saímos juntos pra tomar um goró e falar da vida... Resumindo, somos amigos mesmo, de coração.

Falo tudo isso para deixar claro que em nenhum momento teci críticas à pessoa do Flávio, à sua boa vontade, ao seu esforço e desprendimento em escrever aquelas linhas para nós. Muito pelo contrário! Minhas críticas foram exclusivamente em relação à forma com que ele desencadeou suas idéias. Apenas isso!
Meu intuito não é desmerecer seu trabalho, e sim a ajudar a melhorá-lo. A crítica engrandece.

Eu poderia tê-las enviado por MP ou e-mail? Sim. Não o fiz porque não fui procurado, e porque foi este canal que o Flávio escolheu para anunciar seu artigo.
Além do mais, não julguei que estas críticas poderiam ser tomadas como algo ofensivo ou degradante. E acredito que o Flávio também não entendeu assim.

Da minha parte, estou tranquilo, pois sei que o Flávio me conhece bem (há mais de dez anos) e compreendeu meu intuito.

Se no anúncio de algum dos meus artigos alguém tivesse feito críticas como estas, eu não ficaria chateado, ficaria é muito feliz, e, se bobear, mais agradecido ao autor da crítica do que ao colega que se limitasse a dizer "Legal!".

Não sou perfeito, o Flávio não é perfeito, e qualquer trabalho é passível de críticas.

Infelizmente, na nossa cultura, muitas vezes críticas são tomadas como desaforo, e não como uma chance de aprender. Seria uma boa se gerações futuras revissem esse conceito.

Um abraço,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Paulo Sergio

Olá amigo Igor...
Não acreditei, em momento algum, em nada degradante, ofensivo ou em forma de desaforo, no que o amigo tenha escrito...
Somente fiz uma observação que, acredito, coubesse!
Sei de sua boa intenção no que posta por aqui, seja dirigido a quem for...  ;) ;) ;)
Acima de tudo, obrigado por responder às minhas observações, com seu ponto de vista!!!  ;) ;) ;)
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

Guilherme

Olá Flávio!

Parabéns pelo texto!

O mais bacana é que o texto está bem contextualizado não se prendendo apenas a assuntos diretamente ligados à relojoaria.

Abraço,
Guilherme.

mmmcosta

Fascinantes as fotos de Dresden em todo seu esplendor (1890, "colorizada") e transformada em um monte de ruínas e entulho em (1945).

Óbvio que o pior da guerra são as mortes das pessoas, mas a destruição de uma cidade da beleza de Dresden é muito triste.
Marcelo

fernando r

Eu gostei do Texto.
Ainda mais por não ter sentido de comercialização.
Foi feito por pura boa vontade.
Quanto às críticas negativas, de modo geral, acho o seguinte: quem faz críticas negativas deve aceitá-las quando as receber. Apenas isso.
Se não for assim, o Fórum não tem sentido.
Afinal, no dia-a-dia criticamos políticos, atores, autores, colegas, subordinados, filhos e outros partentes, além dos nossos cônjuges.
Se essas críticas são públicas ou privadas é uma opção de quem as faz, dando a medida de como gostaríamos de ser tratados quando formos nós a receber essas criticas.
De outra parte, as pessoas que frrequentam o Fórum não tem obrigação de saber sobre os laços de amizade que unem as pessoas que aqui escrevem, e isso pode levar a atitudes desnecessárias de defesa, como a que aqui ocorreu.
Essa é minha posição.
Abraço