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discriminação

Iniciado por ogum777, 21 Março 2013 às 15:53:49

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ogum777

olhem só a historieta. discriminação ocorrida comigo, segunda feira passada, na frente de uma relojoaria.

a relojoaria em questão é a new look time. não fui discriminado por funcionário da loja, mas por segurança da galeria onde ela se encontra.

princípio da tarde. eu voltava de uma aula do doutorado. estava eu com minha bicicleta - para constar, uma surly long haul trucker toda deore, uma bicicleta de cicloturismo, e, como tal, sem suspensões ou freiso a disco, comuns em bicicletas acima de 2000 reais mas mais baratas que minha lht.

eu empurrava a bicicleta pela rua. sim, caminhando pelo calçado, paro em frente da loja par aobservar uns modelos da orient. tinha a intenção de adquirir um.

mas claro, eu segurava uma bicicleta, que possui bagageiros atrás e na frente. não estava de terno. estava de jeans. segurando uma bicicleta.

não precisa dizer que o segurança da galeria onde está a loja escorraçou-me dali, para minha surpresa.

supresa mesmo, pois pouco antes eu havia passado por outras duas galerias, uma nas quais eu havia visitado diversas lojas de máquinas fotográficas analógicas - vou revisar uma lendária oly om-1.

claro, o motivo pelo qual fui escorraçado foi estar segurando uma bicicleta. e uma bicicleta que, para o olhar leigo, é uma bicicleta de carga.

buenas, fica o relato, pra saberem como uma loja perdeu uma possível compra, em razão do mau tratamento dum funcionário - um segurança com sotaque estrangeiro - que externou seus preconceitos.


ThiagoDF

Um verdadeiro absurdo caro Ogum, fica aqui o meu apoio. >:(

Pior que este tipo de discriminação, somente a racial, coisa repugnante mesmo.
Membro do RedBarBrazil

Alberto Ferreira

Triste...
Mas uma "fotografia" real dos nossos dias.  >:(
:P


Mas,...
E aqueles, que eu chamo de "Seu Gurança", que ficam lá na feirinha do MASP?

Não uma e nem duas vezes, o nosso grupinho, que eventualmente saía lá do "fundão", e ficava ali na calçada da frente do museu, foi "abordado" (...positivo, operante, QSL?...) pelos "home-di-preto da feira", eles achando que nós éramos "marreteiros" e que estavmos ali (em via pública, diga-se) fazendo negócios e, portanto, concorrendo com os "barraqueiros" que os contratam.
Mandavam "circular".  ;)  :D  Numa situação absolutamente ridícula.  ;D

Certa vez, no grupo havia um colega que é juiz.
Foi uma verdadeira comédia, pois ele "enquadrou" o tal "Seu Gurança", que saiu de fininho.  :D

Alberto

aguiar

              Atitude ridícula de um segurança desprepaparado. Pior que as vezes dão uma arma na mão de um imbecil deste.

                       Abs

igorschutz

Melhor que isso, só o dia que fui abordado pelo segurança da galeria do prédio onde trabalho porque estava com uma câmera fotográfica a tiracolo (desligada e com a lente devidamente tampada). O homem não queria deixar eu entrar de jeito nenhum.

Quem disse que ele estava interessado em saber que estava restringindo a liberdade de um cidadão qualquer? Infelizmente, o único argumento que funcionou foi eu ter me identificado como proprietário de uma unidade.
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

ogum777

bom...

não é a primeira vez que sou maltratado por estar com uma bicicleta. sei que é pela bicicleta, pq faço experiências. sou bem tratado se estou com outro modal, mas com a bike não. qualquer bicicleta.

CSM

Logo que fui morar em sao paulo ia e voltava de bike para o trabalho... Um dia voltando da academia e super mercado com umas sacolas penduradas no guidao, o seguranca me barrou dizendo que o horario de entrega tinha acabado.... Me diverti ehehe.

Abracos
Membro do RedBarBrazil

CSM

Na porta de casa que fui barrado...
Membro do RedBarBrazil

ogum777

pois é. eu fui escorraçado. agressivamente.

Adriano

Camera fotográfica é engraçado. Sempre pensei que, quem quer fazer mau uso de uma fotografia, não fará ela com uma câmera profissional que chama atenção. Fará com uma point & shoot. Isso é o que eu pensava há dez anos. Hoje então, com celular e etc...

No meu tempo de fotógrafo na faculdade, cansei de ser barrado. Eu andava com rolos vazios de filme para entregar caso me pedissem. Me barraram na própria faculdade que eu estudava, em outro campus, pois estava tirando fotos do edifício junto com um professor. E por aí vai...

Abraços!

Adriano

Jansen

Sinto muito por você, lamento o ocorrido... Não teria como fazer uma reclamação a alguém? a algum setor? aos donos da Galeria??
Putz, talvêz o pior seja justamente essa sensação de impotência de não poder chutar o pau da barraca...
abs
" Se todos seus esforços foram vistos com indiferença, não desanime, pois o sol ao nascer dá um espetáculo todo especial e no entanto a maioria da platéia continua dormindo..." Autor Desconhecido

Alberto Ferreira

Adriano,
Isso das fotos "proibidas" me lembrou de uma coisa...
Estamos definitivamente em outros tempos. Felizmente.

Mas no passado...  Numa Galáxia não muito distante...
No tempo das câmeras reflex, havia um acessório, era um prisma, que montado na base da lente simplesmente permitia tirar uma foto a noventa graus da direção para onde a lente era apontada.
  :D

Criatividade e "pararazzi" (diletantes e não "profissas") sempre houve, né?  ;)
::)

E, naqueles tempos "rebeldes" da juventude, eu gostava de tirar fotos onde não podia, ou especialmente onde proibiam...
E eu até corria certos riscos, para dizer o mínimo.  ::)

Até na Rússia (da fechada Cortina de Ferro daquela época, do final da década de 1960) eu tirei algumas, em aeroportos, fachadas, pontes, etc...
Sob pena de ir parar na Sibéria.

Afff!
Bem maluco, o cabra aqui, né não, Sô?

E perdi uma câmera, correndo do porrete, em uma passeata, lá no Calabouço (no Rio de Janeiro da época do "chumbo grosso")...
;D

Alberto

ogum777

Citação de: Jansen online 21 Março 2013 às 21:59:22
Sinto muito por você, lamento o ocorrido... Não teria como fazer uma reclamação a alguém? a algum setor? aos donos da Galeria??
Putz, talvêz o pior seja justamente essa sensação de impotência de não poder chutar o pau da barraca...
abs

reclamei com a loja. mandaram-me um e-mail com desculpas, e oferecendo um funcionário pra me levar em casa algum relógio para eu ver se queria comprar.

mas desisti. perdi o gosto.

Fe

Semana retrasada eu estava de férias em SP e fui à OAB, no centro, buscar um documento.

Como estava um calor infernal, fui de camiseta, bermuda e chinelo, ja imaginando que talvez pudesse enfrentar algum tipo de discriminaçao. Para minha surpresa, fui bem atendido mesmo antes de me identificar como advogado. Fiquei feliz com o atendimento, pelo menos um exemplo de bom treinamento dos funcionarios, apesar do documento que deveria ter ficado pronto no dia anterior, ainda nao estar disponivel >:(


dekkardnexus5

Olha só, sou totalmente contra esse tipo de discriminação!
Por outro lado, cansei de lutar contra o mundo, por isso quando vou comprar um carro ou algo mais caro, vou de terno e sou atendido rapidinho e com toda a gentileza do mundo.
Nos dias normais, uso jeans e umas roupas bem velhas.

O Cara

Eu nunca fui discriminado e olha que ando com roupas bem velhas, diga-se.

Quando vou visitar clientes vou bem arrumado até de terno dependendo do cliente, agora quando eu sou o cliente não faço questão nenhuma de estar bem vestido, vou ao banco de boné com aba para tras, meu sócio fica p&%# comigo achando que assim podemos perder alguma oportunidade boa, hehehehe.

Até eu fico imrpessionado comigo mesmo pois até em joalheria eu já entrei de chinelos e bermuda, sem stress, devo ser muito gato, kkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

Mas dou meu total apoio ao amigo, sou totalmente contra discriminação.
Da mesma forma que sou tratado trato os demais, não tenho problema algum em conversar com mendigos na rua, catadores de latas, moradores de rua etc (não que isso seja uma prática minha, mas não tenho problemas em conversar se por acaso acontecer).
Um abraço
Fábio

pedroecintia

Eu graças a Deus só passei por situação constrangedora uma vez , fazem 5 anos , entrei numa loja de informática , foi pretendia comprar o Office 2007 era o mais novo da época , entrei sozinho , minha mãe ficou no shopping rodando me esperando ir nesta loja q é dentro do shopping , entao , fui , tinham 2 clientes e 5 vendedores , ou seja , teriam como me atender , olharam , na época eu com 23 estava com botas timberland , bermuda e camiseta , cadeirante , entrei e fiquei esperando ser abordado por um dos vendedores disponíveis , mas creio que olharam e pensar a garoto novo , só quer se informar sobre as novidades do mercado e não levar nada , esperei 15 minutos e nada , virei as costas saí , fui pro outro andar do shopping em outra loja de informática , entrei em 20 segundos já tinha acertado a compra em menos de 2 minutos , entrei , comprei , paguei e saí da loja , enfim , a loja perdeu uma venda de quase 400 reais a epoca , por ser preconceituosa e perdeu um cliente em potencial , pq fazem 5 anos que eu não entro lá e já precisei de várias coisas que comprei em outras lojas , se só tivesse na loja em questão eu ficaria sem

watchgirl

Me identifiquei com este tópico, há um tempo atrás aconteceu algo bem desagradável comigo tb, no caso a discriminação era pelo fato de eu ser mulher. É prática geral em relojoarias os vendedores e relojoeiros acharem que mulher não sabe nada e engole qualquer coisa (prática existente tb em outros ambientes relacionados a coisas vistas como mais ''masculinas'', como oficinas e lojas de tênis). Entrei em uma loja grande de relógios para procurar um diver, o vendedor veio me atender, perguntou o que queria e eu disse, especifiquei que procurava um diver até tamanho X, com tal movimento, de preferência Seiko ou Citizen. Primeiro o sujeito não conhecia a Seiko, e me veio com uns modelos Citizen resistentes a 100 mts coroa simples dizendo que eram para mergulho, me mostrou uns modelos Ana Hickman tb com ''estilo'' diver perguntando se serviam.

Expliquei que um relógio resistente a 100 ou 150 mts, não é necessariamente um relógio de mergulho e o cara acho que se ofendeu, começou a dizer que apenas marcas de luxo fabricavam esse tipo de relógio e perguntou se eu estava disposta a pagar 15.000,00 em um relógio, eu discordei e disse que muitas marcas intermediárias tb fabricavam e que, inclusive, nos EUA vc comprava um diver bom por menos de 500,00 dólares. Daí ele começou a citar Rolex e Omega como se fossem as duas únicas marcas de luxo do mundo e eu dei uma aula pro cara sobre o que define relógio de luxo e ainda citei o nome de mais umas 10 marcas de luxo inglesas, suíças e alemãs, nisso ele começou a ser grosso e gaguejar, disse pra ele que nada que tinha na loja me atendia e que preferia comprar pela internet. Nisso tudo ficou visível que o cara achou que porque eu era mulher não poderia saber mais que ele, ainda mais sobre relojoaria que ainda é tida como assunto do público masculino, ele ficou bastante irritado ao ver que eu sabia mais que ele, demonstrando, além do despreparo como vendedor, seu preconceito. Isso me chateou muito no dia e reclamei com o dono da loja que por acaso estava no local, ele pediu mil desculpa e se prontificou a verificar em suas outras lojas se tinha algo que me atendia e me contactar via email, no entanto eu disse que não havia mais interesse da minha parte. Lamentável....
''All we are is dust in the wind.''

Abraços da Watchgirl!

Alberto Ferreira

Sim, lamentável.

Em algumas oficinas mecânicas a coisa realmente descamba fácil para o preconceito "machista", e dos brabos.

Eu assisti a uma cena parecida com a que você descreveu, aconteceu com a namorada do meu filho, para quem eu ia dar uma carona de volta.
Ela, como eu e ele, é engenheira...  De automóveis. 
Como o meu filho, ela trabalha com desenvolvimento de projetos, na Ford. :D

Quando ela descreveu o defeito, uma falha intermitente no sistema eletrônico da injeção, o mecânico disse que aquilo "não existia" e começou com a "baixaria", chamando-a de Dona Maria e tal.
Eu dei uma "calçada" no cabra...
Aí veio o gerente, que só piorou o quadro.  :P

Dentre outras que eu não lembro, ele disse a seguinte barbaridade.
"Mulher não entende nada de carro, nem pra dirigir..."

Aí eu disse.
Pode ser que as da sua família sejam assim, mas esta moça entende tanto que os projeta.

Alberto

ogum777

yep!

mulher não entende nada de carros ou de relógios. cadeirante não entende de informática. ciclista não tem poder de compra....

são formas de preconceito. e são às vezes muito reforçadas por nós quando aderimos ao padrão para não sofrer o preconceito. eu não deixo de andar de bicicleta, apesar das inúmeras situações constrangedoras às quais acabo sofrendo por isso. mas aproveito pra deixar sem jeito a parte contrária depois.