Boa noite, amigos!
Eu vou fazer algumas colocações, que pretendo sejam iminentemente técnicas, combinados?
Portanto, por favor, leiam-nas com este espírito.
Premissa: Eu não estou "menosprezando" o conhecimento, ou a falta dele de ninguém, ok?
Do meu ponto de vista são apenas meros esclarecimentos. Posto que, a depender do público envolvido, a falta de conhecimento é algo normal, e num site como o FRM a nossa proposta é simplesmente esclarecer.
Então, aí vai...
1) Esqueçam esta coisa de milésimos, de massa, de densidade e de outros "aforismos", que nada têm a ver com a questão da simples
espessura do material depositado pelo "banho", ou seja com a espessura da camada de metal ou da liga que recobrirá o metal de base, no caso a caixa do relógio.
A maneira técnica de nos referirmos a essa espessura, posto ser uma camada muito fina ali depositada, é em micrometros (1
milionésimo- 1/1.000.000 - do metro). Ou seja, algo que equivale à
milésima parte - 1/1.000 - do milímetro. A sua abreviatura é
µm.
Bem,... No "popular", nós ainda usamos o termo "
micron", mas na verdade este já foi colocado em desuso pelo Bureau Internacional de Pesos e Medidas, o correto seria usarmos
micrometro.
Com um pequeno "senão"... Como técnico "das antigas" e como "purista", no plural (a la antiga) eu ainda digo
micra, que seria no vernáculo o plural de
micron, pois não haveria o termo "microns".
Pois bem, semânticas à parte, há um outro ponto a considerar quando falamos de banhos...
2) Falamos agora do material que está, ou que ficará, por baixo do tal banho...
Se a peça não for convenientemente limpa, se não ficar livre de materiais estranhos, a
aderência do banho não será adequada e ele "descascará".
3) Os processos de remoção do banho antigo já foram discutidos, há o físico ("escovamento", lixamento, etc) ou o eletroquímico... O melhor, mais seguro, e que não causa deformações no material da base é o eletroquímico.
Mas tudo bem.
Na incapacidade que nós temos de checar, de verificar, etc...
Aceitar as "garantias" dadas pelos "prestadores de serviço" é uma questão de (ter) "fé"
, ou falando mais seriamente, de probabilidade.
Sim, falamos de uma "probabilidade" (uma chance) de que dê certo para aquilo que nós almejamos. Sempre com as devidas ressalvas, como por exemplo de que não venha a "descascar" ou "desvanecer"
em um dado período.
Uma outra coisa...
Eu afirmo, sem medo de errar, que
nenhum banho refeito se igualará ao banho original.
Os principais motivos: Os métodos, os materiais e as condições envolvidas nunca serão os mesmos.
Simples assim.
Portanto, sendo pragmático, há que viver e conviver com o que temos...
Abraços!
Alberto