Boa noite, amigos!
A meu ver a tal de "percepção de risco" ou, como preferem dizer alguns, a tal de "paranoia" não é algo simples, não,...
É coisa muito complicada e, que queiramos nós ou não, nos afeta, sim, e muito.
Basta ver o tanto de palavras que nós já usamos por aqui, no FRM, para tentarmos "convencer" alguém (ou a nós próprios) de que não é nada daquilo... Seja para lá, ou para cá...
E eu me permito dizer que ela nos cria a tal de "nossa realidade".
Em que nós tentamos acreditar ou que cremos mesmo. E assim nos sentimos melhor.
E talvez nós até possamos (con)viver das duas maneiras, seja sem maiores preocupações ou com muitas...
O tempo e novas circunstâncias podem nos fazer relaxar (no sentido de não ficarmos tão - e nem demasiadamente - tensos), mas...
Acontece que as coisas podem mudar e, infelizmente, sem aviso e com rapidez.
Quando eu vim morar aqui em Brusque, eu trouxe comigo aquele hábito dos chamados "grandes centros", aquele dos excessivos cuidados (exagerados?), ou seja, eu era muito "arisco" nas ruas...
Eu nunca fui assaltado lá em Sampa, os meus filhos, os três foram várias vezes, até com aquelas situações de "sequestro relâmpago" para sacar a grana dos cartões dos bancos, etc...
Pois bem,...
Eu nunca uso relógios muito caros, simplesmente porque não os tenho.
Mesmo assim, ao chegar por aqui, em Brusque, eu me senti mais "seguro".
Mas,...
Eu estou aqui há relativamente pouco tempo, 5 anos, e falando dos últimos meses eu já vi uma pessoa ser assaltada na rua, ao meu lado, para levarem seu o celular, o que nunca tinha visto pessoalmente lá em Sampa.
Os que querem acreditar, alguns dos brusquenses, dizem que é "gente de fora"...
Eu não discordo...
...e nem concordo.
Então, a conclusão, um tanto pessimista, a que eu chego é que...
...como no dizer do poeta, "nada será como antes".
E seja lá onde for, em Busque, Sampa, Brasília ou Estocolmo, um tiro gratuito no pescoço pode ser para sempre.
Então, os ditos "cuidados básicos" são como o tal "caldo de galinha"...
Mas...
Na verdade, verdadeira, pouco, ou nada, pode proteger integralmente um ser humano de um outro, se mal intencionado e no lugar errado.
Pena... Mas real.
Abraços!
Alberto