Gostaria de lembrar que "teste na água" não é tudo igual. Uma oficina que não tem teste à seco, provavelmente não tem o teste de pressão na água, mas sim, apenas o teste de vazamento da Bergeon (que também é na água). Esse aparelho serve apenas para identificar o local do vazamento quando há. E quando não há, esse teste não garante mais do que uma simples lavada de mão ou uma chuva.
Esse teste é totalmente inadequado para assegurar a vedação do relógio. Ele é uma ferramente de diagnóstico, e não de teste final.
O teste de pressão a que me refiro é os do tipo Roxer, em que o relógio é submerso, e daí submetido à 125% da pressão máxima de sua resistência, e fica mantido nessa pressão por duas horas. E depois é realizado o teste de condensação.
Sem esse tipo de teste, nessas condições, seguindo essas regras, não há como garantir nada, muito menos em relógios de mergulho.
Para ilustrar, este é o teste de vazamento da Bergeon, que é uma ferramenta para diagnosticar o vazamento:
E este é um teste de pressão na água, bem diferente. Este sim é o teste final que diz se o relógio está resistente ou não. E o teste nele só deve ser feito naquelas condições que já mencionei algumas vezes.
Notem a diferença clara entre os dois aparelhos. O primeiro garante aquela resistência básica para uma "chuvinha" dentro da ISO 2218. O segundo garante de verdade 100% da resistência declarada do relógio, dentro da norma ISO 6425.
Abraços!
Adriano