Salve! Seguem umas fotos e considerações dos testes feitos com meu Samurai de titânio.
Primeiro, o teste de marcha. Como eu já havia comentado, o relógio sempre atrasou muito desde que comprei. Nunca tinha aberto ele e eis os motivos da marcha péssima. O escapamento estava totalmente "aberto", com um beat error de 3.1ms (milisegundos), quando o tolerável é baixo de 0.6ms para qualquer relógio e o ideal é abaixo de 0.4ms. Um erro enorme de ajuste da fábrica, ainda mais considerando-se que o porta-piton é duro pacas de se movimentar, ou seja, não pode ter sido alguma vibração ou impacto ocorrido depois que ele saiu de fábrica. A amplitude é baixa, mas esperada para esse mecanismo.
Depois, o resultado após ajustada a abertura e marcha. Escapamento totalmente fechado, 0.0ms de beat error, marcha aparentemente boa. Mas ele varia entre posições pois a amplitude é insuficiente para dar ótima estabilidade. Vejam que a amplitude ficou ainda mais baixa. Lembrando que o relógio recebeu corda total minutos antes do teste, diretamente no tambor de corda, pelo parafuso do rachet.
Lembrando que trata-se de um Samurai novinho, fabricado em 2007, já com calibre 7S25B, e inteiramente "Made in Japan". Claro que não se deve tirar conclusões baseadas apenas em uma experiência. Isso é básico. Mas vejamos que os resultados são péssimos para um calibre teoricamente melhorado. De fato ele é; o sistema estilo "Etachron" permite um ajuste muito mais fácil da centralidade da espiral e do pino do regulador. Mas se a qualidade de fabricação e montagem são as mesmas das antigas versões "A", as mudanças não fazem diferença. Eles não são mais precisos; são apenas mais fáceis de se deixar mais preciso se comparado com as versões "A". Acho que só tive um exemplar de 7Sxx que veio com marcha boa, entre os 6 que tenho. É uma média muito ruim ou eu sou muito azarado.
Detalhe da vedação da coroa. Assim como nos SKX, recebem apenas vedação dentro do tubo, sem junta de enconsto no fundo da coroa. Funciona, mas eu gostaria de mais...
Parâmetros do teste a seco: 0.5 bar de vácuo e 9.0 bar de pressão.
Primeiro e segundo testes deram defeituosos no teste de vácuo, que é mais importante que o de pressão. Para um relógio que acaba de ser fechado, é até normal falhar no primeiro teste de vácuo, pois as juntas levam uns minutos para se acomodar. Mas não é comum falhar uma segunda vez.
Mas no terceiro teste ele passou, ainda que com resultados não tão altos como eu esperava. Um Seamaster 200m (tartaruga) costuma passar com 9.9% em ambos os testes. Mas há de se considerar que pode ser uma questão de construção da caixa. Se a deformação não for tão alta, o teste dá porcentagens mais baixas.
E os testes na água:
E o sobrevivente no final:
Apesar dos resultados serem abaixo do que eu esperava, não posso deixar de elogiar este relógio, que é muito bonito e possui acabamento excepcional, especialmente considerando-se ser em titânio.
Abraços!
Adriano