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Reportagem Revista Dinheiro: Nicolas Hayek, pode fazer varias marcas sumirem...

Iniciado por automatic, 21 Janeiro 2010 às 10:34:09

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marck

salve pessoal,

                     PARABÉNS, excelente tópico para debate, TODOS TEM RAZÃO E TODOS ESTÃO ERRDOS.... nesse tipo de impasse não existe verdade absoluta... :D :D :D 

                     PEDRAS QUE ROLAM , NÃO CRIAM MUSGO.... :D :D :D

                      vamos " puxar " uma cadeira e assistir o que acontece... ;) ;) ;)


                       sds,

                            marck

FALCO

FRM: contra argumentos, não há fatos !!!

Alberto Ferreira

Citação de: broker online 23 Janeiro 2010 às 12:06:29


Ele pode para o tempo
para ?
ou
parar ?



Salve!

É,...
Naquela frase, certamente falta um "r", sim... ::)
Mas será que ele pode mesmo?  ::)  :D


Bom,...
Se os amigos me perdoam o "sarcasmo"...

Eu acho que no caso dessas especulações, "hayekianas" ou não,...  ::)

Talvez o que falte mesmo naquela frase seja algum "f"...  :D

Mas, brincadeiras à parte, eu acho que, no fundo no fundo, a coisa, como bem disse o Adriano, pode ter mais "chiadeira" de "chaleira" do que de "panela de pressão".  ;)

Será?   ::)
Bom,...
Quem viver, verá!

Abraços a todos,
Alberto

franco

QUE MICO para a TAG , mais uma vez aquele velho ditado NADA SE CRIA TUDO SE COPIA
OBS - existem singularidades.
AF :)
ANDRÉ "doxa 750 t gmt"FRANCO

Adriano

A dependência do Swatch Group não é tão poderosa como parece. Isso é uma impressão até mais verdadeira no mundinho dos relógios para mortais. Mas fora desse mundo, o nível de independência das manufaturas é grande. Há caras com oficininhas pequenas especializados em rodas de escape, âncoras e outros itens delicados, e que já fornecem para os grandes pistolões da relojoaria.

Uma das grandes preocupações, a Nivarox-Far, do Swatch Group, fabricante de espirais e creio eu, fornecedora de quase 100% delas, começará a perder esse monopólio. O grupo que hoje é dono da Generale Ressorts (fabricante de corda) é dono também da Kif-Parechoc e da Vardeco. Ambas são empresas especialistas muito parecidas com a Nivarox e não creio que seja muito difícil de começarem a produzir espirais.

Por outro lado, a Nivarox já está começando a produzir cordas, para concorrer com a Generale Ressorts e Schwab Feller. A concorrência é grande na produção desse itens primordiais e a coisa tende a não ficar tão monopolizada por muito mais tempo. Como falei, a demanda está sendo maior do que a capacidade de produção da maioria desse itens básicos e isso já está na agenda de todo mundo nesse ramo.

Abraços!

Adriano

igorschutz

A Rolex já produz suas próprias molas de balanço (Parachrom), mas não dá conta da demanda e ainda compra da Nivarox.
O mesmo para a Lange (e Grupo Richemont), que tem investido na produção de molas mas ainda não produz quantidade suficiente.
A Vaucher (da Parmigiani) já produz suas próprias molas há um tempo, mas só para seus movimentos, isto é, não vende pra fora.
Algumas outras marcas também possuem uma pequena produção.

A questão dá mola de balanço já está praticamente resolvida, é só questão de tempo até entrar um player grande no mercado e começar a concorrer com o Swatch Group. Esse player provavelmente será a Precision Engeneering AG, do Moser Group.

Um abraço,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

Jefferson

Citação de: Adriano online 23 Janeiro 2010 às 21:50:43
A dependência do Swatch Group não é tão poderosa como parece. Isso é uma impressão até mais verdadeira no mundinho dos relógios para mortais. Mas fora desse mundo, o nível de independência das manufaturas é grande.

Olá pessoal,

A frase do colega Adriano me deixou intrigado. Aqui vai uma pergunta de alguém realmente leigo no assunto.

O que produz maiores rendimentos na industria relojoeira? Os relógios para os mortais, tomando a expressão de Adriano, ou os caríssimos relógios consumidos por poucos? Fiquei na dúvida mesmo.

Em outros setores, o que ocorre é a maior importância da produção em massa, de itens de menor complexidade e acabamento.

Abraços,

Jefferson

igorschutz

Os caríssimos, tanto é que é nesse sentido que várias empresas estão rumando, vide o tópico sobre a JeanRichard criado há pouco tempo pelo Humberto.

A margem de lucro é brutal! :o

Um abraço,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
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Adriano

Igor, você sabe dizer se, quem produz espirais, como a Vaucher e Rolex, são 100% independentes, até na produção da liga, ou dependem de ligas da Nivarox ou de outra empresa?

Pergunto porque no caso de molas de corda, a Schwab Feller por exemplo as fabrica em aço inox ou em Nivaflex (inventada pela Nivarox), e a materia prima vem de terceiros. Outras empresas podem fabricar a liga Nivaflex, como o caso da alemã VAC que fornece a matéria prima para a Schwab. O mesmo ocorre com a matéria prima para as espirais?

Abraços!

Adriano

Cigano

Abraços,
Cigano!

Bruno Recchia

Oi !

Esse ERA o sentido, Igor... Mas desde o inicio da crise, a marcas que mais resistiram foram as que se posicionam num setor "custo x beneficio" como a Omega, e a JlC. Alias, nao é por acaso se o Krone, da L&S, que so queria relogios carissimos e exclusivissimos, foi posto pra fora... A L&S tinha esquecido que é o setor dos relogios entre 15 e 30.000 € que garantia o cash flow... Resultado, a situaçao ficou preta por la.

A Genta e a Daniel Roth, que tinham também apostado no ultra-exclusivo, com as peças Genta extraordinarias, ja praticamente desapareceram. A Zenith, que aquele imbecil do Nataf quis transormar em marca "de moda" hiper exclusiva, resolveu abandonar completamente essa orientaçao, pra se reorientar no setor dos relogios em torno de 5.000 €, que era o posicionamento historico deles. E finalmente, a falência da BNB, especializada em produzir turbilhoes e complicaçoes carissimas pra um monte de gente do setor, é finalmente bem mais destrutor que a prosopopéia do Hayek, que adora uma polêmica. Nesse setor, quem fica com uma posiçao de quase monopolio, é o Christophe Claret... Mas ccomo o volume desse setor foi dividido por três ou quatro...

Quer dizer, agora o que tem o vento em popa é quem sabe fabricar relogios de qualidade, por um preço justo. Pra mim, os anos de ouro da ETA estao pra tras. E o que vamos ver dentro em breve, é uma integraçao da fabricaçao, pelo menos nas marcas mais conhecidas.

Quanto aos calibres ETA, nao vai haver problemas : a Sellita, por exemplo, ja produz copîas exatas do 2824, e marcas como a Oris ja passaram a se abastecer com eles. Na verdade, a ETA vai encontrar dentro embreve um outro problema... Ja faz uns 20 anos que eles nao criam um movimento novo ex-nihilo.O 2824 eo 2892 ja cairam no dominio publico. O 7750 ja ta chegando la. e quando a ETA rtesolveu lançar movimentos novos, tudo que eles acharam como novidade foi refazer o 5100 numa versao "pé de boi", e modificar o 7750 pra colocar uma roda de coluna. Quer dizer, desde o começo da era Swatch Group, ela nao criou NADA !!

No setor dos espirais, o verdadeeiro problema nao é saber produzir... é saber produzir por um preço baixo. A nivarox faz espirais excelentes, por um preço baixissimo. Pra poder produzir por um preço equivalente, é necessario investir uma fortuna, sem ter pra quem vender, ja que ta todo o mundo compando na Nivarox... E que  ninguém quer comprar briga com o Hayek !! Afinal, ele ja avisou : Ele so vai vender movimentos pra queeml nunca foi comprar na concorrência, quer dizer, quem compra na Sellita nao vai mais ser bem-vindo na ETA... Dai que ele faça a mesma coisa na Nivarox...Nao esqueçam, o Hayek nao é papai noel, muito pelo contrario.

Abraços,

Bruno

Citação de: igorschutz online 23 Janeiro 2010 às 23:37:22
Os caríssimos, tanto é que é nesse sentido que várias empresas estão rumando, vide o tópico sobre a JeanRichard criado há pouco tempo pelo Humberto.

A margem de lucro é brutal! :o

Um abraço,

Igor

igorschutz

Citação de: Adriano online 24 Janeiro 2010 às 00:29:55
Igor, você sabe dizer se, quem produz espirais, como a Vaucher e Rolex, são 100% independentes, até na produção da liga, ou dependem de ligas da Nivarox ou de outra empresa?

Adriano,

As empresas que mencionei, Rolex, Lange e Vaucher, cada uma possui sua própria liga, todas diferentes entre si e diferentes da Nivarox, portanto a produção do material é independente.

Segundo li na edição n° 7 da Watch Around, que possui uma extensa matéria sobre este assunto, a própria Nivarox compra sua liga de terceiros (também da VAC, que você cita acima).

Se você quiser, posso te emprestar a revista. É só me dar um toque.

Um abraço,

Igor
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NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

carina

Boa Tarde,
Não sou especialista em indústria relojoeira mas concordo com o Bruno e acrescento: se os caríssimos fossem mesmo o "pote de mel" as empresas ainda seriam independentes dos grandes grupos.
Tenho a impressão que o futuro estará nos grandes mercados de produtos médios, que surgirão do BRIC.
Lembrando quem em 2030 a economia mundial terá a seguinte ordem de PIB, segundo previsões: China, EUA, Russia, India, Brasil e Alemanha(não é PIB per capta). E nesses países o que crescerá mais serão as classe B e C(diminuindo a D e E). A classe A não terá grandes avanços em número de componentes. Assim se formos pensar em peças que custem mais de 100.000 dólares, hevará o mesmo número de possíveis compradores de hj(podendo até diminuir pela estagnação da Europa).
Eu penso que para ter uma peça de mais de 100.000 dólares o comprador tem que ter uma renda anual de pelo menos  1 ou 2 milhões de dólares, muito longe por exemplo dos americanos de hj da classe C, que ganham 60.000 dólares anuais ou da classe B, que ganham até 150.000 dólares anuais. Esse não são potenciais compradores de relógios de mais de 100.000 dólares.
Mesmo no setor automobilístico, as marcas que faziam os carros caríssimos hoje pertencem as mesmas marcas que fabricam os "populares" e vivem passando de mão em mão(vide a Jaguar e a Aston) e as tradicionalíssimas Ferrari, Bentley e Lamborghini, que tb pertencem a grupos que possuem carros de volume de vendas, para continuarem existindo.
Carina



Citação de: igorschutz online 23 Janeiro 2010 às 23:37:22
Os caríssimos, tanto é que é nesse sentido que várias empresas estão rumando, vide o tópico sobre a JeanRichard criado há pouco tempo pelo Humberto.

A margem de lucro é brutal! :o

Um abraço,

Igor

HumbertoReis

Eu acho que a manutenção de qualquer empresa se dá pelo volume do negócio todo. Nisso entram as produções mais baratas, para garantir o pagamento de contas da empresa.

O Swatch Group alavancou com relógios mais baratos e hoje vem investindo no luxo (como mostra a foto no post de abertura deste tópico).



Pra ser franco, penso que o grande segredo é saber expandir-se no mercado sem inchar a empresa. Se vai atuar no segmento popular ou médio, seria indiferente num primeiro momento.


igorschutz

Muito bacana sua análise, Bruno, apesar de eu não concordar com tudo (bom, estamos apenas conjecturando, não é verdade?). :D

Agora tenho que passar no mercado, comprar as bebidas para o almoço, mas já já teço meus comentários.

Um abraço,

Igor
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igorschutz

Bom, vamos lá:

1) Sobre rendimentos, relógios médios vs. relógios caros: Bruno, você está correto. Dei aquela resposta sem pensar. Realmente, o segmento que mais traz rendimentos para a indústria é o de relógios médios.
Quando falei em relógios caríssimos, eu quis dizer que eles é que dão mais lucro por dólar investido na sua produção ("lucro brutal", conforme mencionei), no entanto, enquanto determinada marca vende UM supercomplicado, ao mesmo tempo vende CEM relógios normais, e no fim das contas, os normais trouxeram mais dinheiro para o caixa.

Resumindo: os relógio médios trazem mais rendimentos para a indústria, mas também muito mais trabalho (exige grande investimento financeiro e humano). Os caríssimos trazem muito lucro, mas são difíceis de vender.


2) Sobre a BNB: Há pouco tempo, em outro fórum, mencionei que a vaca estava indo para o brejo. E não foi que acertei? E mais rápido do que pensava!

Os clientes da BNB não têm pedigree, e o sujeito que gasta US$ 100 mil num único relógio não é bobo.
Era óbvio que não seria fácil marcas "marromenos" como a Hublot, Concord, Bell & Ross, HD3, Romain Jerome sair vendendo do nada relógios supercomplicados sem ao menos conseguir produzir um simples movimento corda manual "in house". Ainda mais uns reloginhos feios pra diabo... Todo BNB parecia igual! :P

A BNB não quebrou sem motivo, isso é fato... E até um leigo (isto é, alguém de fora da Indústria) como eu era capaz de sentir que o fim estava próximo.


3) Sobre espirais: Enquanto o Swatch Group, por meio da Nivarox, continuar a fornecer as espirais sem fazer "cu doce", tá tudo beleza! Ninguém vai mesmo conseguir competir com eles, a não ser em nichos de mercado (por exemplo: algumas marcas estão investindo em relógio voltados para a precisão, como o Richard Lange), pois a produção em série exige alto investimento.
No entanto, já tem uma galera a postos, caso o Hayek continue com frescura e feche a torneira. Se ele decidir que não vai mais vender as molas de balanço em separado, alguém vai entrar com tudo, chutando a porta!

Um abraço,

Igor
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Bruno Recchia

é isso ai, Igor, estamos de acordo a 200 % !!

Realmente, essa "nova" relojoaria alimentada por 2 ou 3 fabricantes que faziam a mesma coisa pra todos, tinha ficado muito chata... O que eu acho engraçado, é esperar pra ver como a Hublot vai fazer pra garantir a manutençao dos turbilhoes deles... E a Concord, com os relogios que eles acabaram de lançar ?? Mal vao ter 4 ou 5 pra vender...

Vamos esperar pra ver se a relojjoaria pos-crise vai ser melhor que a pré-crise...

Abraços !

Bruno

Adriano

Pois é, uma matéria da última Watch Around fala justamente sobre a resistência da faixa de mercado dos preços médios. Bem lembrando, contudo, que o "mid-range" deles é muito, muito acima que a nossa noção de "mid-range".

Igor, vou querer dar uma olhada nessa edição #7. Aliás, pirei totalmente nessa revista... bem que você falou... :P :P

Abraços!

Adriano

igorschutz

Citação de: Adriano online 24 Janeiro 2010 às 18:50:20
Pois é, uma matéria da última Watch Around fala justamente sobre a resistência da faixa de mercado dos preços médios. Bem lembrando, contudo, que o "mid-range" deles é muito, muito acima que a nossa noção de "mid-range".

É isso aí!

Nesta discussão toda, quando falamos em "relógio médio", estamos falando para os padrões suíços (~ US$ 5 mil), e não para o Brasil.

Na Europa, EUA e Asia, um Tissot é produto de entrada ("entry level"), um Longines é low-range e um Rolex é mid-range. Aqui no Brasil, Tissot é médio, Longines é luxo e Rolex é sonho...

Só porque nóis é pobre...




Um abraço,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
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shun

Hahahaha, super-verdade isso que voce comentou Igor, meu primo morou na Suiça durante 1 ano e meio e me disse que lá Tissot é relógio 'de pobre', ai eu pensei: Caraca! Eu acho os Tissot bem salgadinhos e por lá é no mesmo nivel de uma Technos(atual) da vida?!?!

Mas oq me deu 'raiva' ( nao foi raiva, mas por falta de palavra... ) foi o fato de que meu primo voltou de lá sem comprar nenhum relógio mecânico!!!! QUE ABSURDOOOO! ;D, ele comprou uns cronos da Festina, Swatch e outros, tudo quartz! poxa, ele esteve na 'fonte' e nem pra trazer um "Omegazinho" "Longineszinho" da vida? poxa  :P