Eu continuo com a mesma opinião de várias postagens anteriores que fiz. Achava que o Brasil não passaria das quartas, chegou à semi. Foi mais longe do que eu pensava. Mas, não mudei de opinião e continuo gostando do Dunga. Para mim, ele não tem culpa. Discordo de 3 ou 4 nomes, mas, é sempre assim e, no conjunto, ele levou o que havia de melhor e fez o que era possível fazer. Isso, porque temos boa defesa, bom ataque, mas, não há um jogador de criação no meio, para o caso de Kaká estar mal. Mas, Dunga não convocou esse jogador, porque não existe. Ganso seria esse cara, mas, surgiu muito recentemente. Ronaldinho poderia ser, mas, sua falta de comprometimento estraga tudo. Então, penso que Dunga não errou. Essa geração de jogadores é a mais fraca que já vi e só restava ao treinador fazer exatamente o que fez. O problema vem mais de longe e é mais sério. A covardia dos técnicos brasileiros, que insistem em empilhar 4.000 volantes em seus times, inibe o surgimento de jogadores criativos de meio de campo para a frente. Hoje, joga-se com 4, 5 jogadores no meio de campo e um, no máximo dois, atacantes. Sendo que desses 4 ou 5 meio-campistas, 3 ou 4, são de características defensivas. Desse jeito, o jogador criativo não tem vez, não tem como surgir. Eu não sou pelo futebol arte, sou pelo equilíbrio. A Holanda é pragmática, joga feio, mas, ao mesmo tempo, joga com 3 atacantes, procurando a vitória, embora os próprios atacantes tenham obrigação de marcar. Não é uma seleção brilhante, mas, mostrou ao Brasil que um time pode ser equilibrado e ofensivo e pode jogar numa formação ofensiva, sem empilhar volantes e ser defensivo e marcador ao mesmo tempo. Espero que o Brasil aprenda a lição e que acabe a mania do treinador brasileiro em impedir o surgimento de meias criativos e atacantes e empilhar um milhão de volantes no time. O volante marcador é importante, como o zagueirão que dá chutão também é (Brito, na Copa de 70, que o diga), mas, sem buscar o gol, sem atacar, o time pode ganhar eventualmente, mas, não ser campeão de nada.
Abraços,
SANDRO