E tenho de fazer uma ressalva-agradecimento - por tantas e tantas vezes todos vocês me terem ajudado, directa ou indirectamente, aqui fica o meu MUITO OBRIGADO, muito muito sincero a todos.
Bem lembrado, Correia!
Também tenho muita gratidão por este espaço e por aqueles que o frequentam e frequentaram, mesmo os zé ruela que só esculacharam, pois aqui tive um aprendizado em diversos níveis, não só sobre relógios, mas sobre a vida.
Obrigado a todos os amigos do FRM!
Igor, que legal esse tópico, que bom que você voltou ao Fórum e parece renovado, mais participativo, fiquei muito feliz mesmo! Sempre gostei do seu posicionamento, e saiba que és um dos que mais admiro por aqui!!!
Obrigado, Rafa! Também lhe tenho em alta estima, e admiro muito sua franqueza, honestidade e humildade.
(...) Mas este efeito FRM, gerou um "acumulismo", e confesso que tenho muita coisa que comprei nos últimos tempos que me arrependo, que não compraria de novo, e se pudesse venderia muito destes para comprar apenas 2 ou 3 de que realmente curtoe valorizo!
Acho que este é um dos pontos centrais da minha proposta neste tópico, AFTP. Frear um pouco o consumo desenfreado, tentando orientar os novatos a curtir um pouco mais o conhecimento do que o mero consumismo.
Algo que percebo sistematicamente é que, ao passo que as pessoas vão adquirindo conhecimento, estas vão comprando menos e com mais sabedoria.
(...) Não tenho mais nenhum grande objetivo de aquisição. Na maioria dos casos, ver um vídeo da fabricação e do funcionamento já sacia a vontade.
Idem aqui, Davi!
Um dia fiz uma conta e com o que gastei poderia ter um Patek e mais dois baratinhos para bater. Ou poderia ter de 4 a 5 Rolex diferentes.
Nesse dia eu me questionei se havia feito a coisa certa, mas...foram comprados aos poucos e não teria coragem(tampouco condição) de despender 90.000 reais de uma só vez(no caso de um Patek).
Penso que essa questão uma hora ou outra sempre surge na nossa cabeça. Fico feliz que você tenha achado que fez a coisa certa!
Acho que o ciclo de se empolgar totalmente com uma "mania", com algo novo, e cometer alguns deslizes, agir por impulso, é totalmente humano, como também é de nossa natureza, depois de um tempo, ao olhar pra trás, nos arrependermos de algumas escolhas feitas.
Mas, se escolhas não tivessem sido feitas, teríamos vivido? E viva Fernando Pessoa, pois não temos almas pequenas, espero!
Perfeito, Mário. Como sempre, você nos traz sábias palavras!
Acredito que o espaço aqui aberto é pra isso mesmo: trocarmos experiências, contarmos um pouco de nós, nos justificarmos... tipo um "Fala Que Eu Te Escuto" dos relógios.
Arrependimento todos temos, alguns pequenos, outros grandes... Eu tenho uma história que conto e as pessoas riem: quando comprei meu AP Royal Oak, paguei uma barganha na época, mas mesmo assim uma pequena fortuna (tempos de dólar à R$ 4, nos meses pré-Lula).
Em pouco tempo me arrependi. Não que o relógio não fosse maravilhoso, pois ele é, mas é que vi que poderia ter comprado modelos que me agradariam mais, e esse eu só comprei pela boa oferta.
Hoje, se eu fosse vendê-lo, não conseguiria nem metade do que paguei, porém, certa feita, recebi uma boa proposta, e mesmo assim pulei fora.
Quando me perguntam por que não vendi o tal relógio que me causa tanto arrependimento, digo que gosto de tê-lo na minha gaveta, para nunca mais esquecer da minha burrice e aprender a pensar muito antes de pôr a mão no bolso.
O que eu não gosto de ver é aquela "atitude", meio blasé, de quem se "desencantou" e tenta fazer o mesmo como os outros.
Algo do tipo... “Estás perdendo tempo, meu jovem”.
Postar considerações, experiências e até dar dicas para os "mais novos", como está sendo feito aqui é bem outra coisa, é claro!
Certo, certíssimo, meu caro Alberto. Essa não é a função desse tópico, e, me parece, de nenhum dos depoimentos aqui relatados. Ainda assim, acho que seu lembrete merece vir à luz, pois está fresco em minha memória aquele episódio não tão recente onde este tipo de atitude deu muito pano pra manga.
A troca de idéias é sempre pertinente, e engrandece este espaço e seus leitores.
Penso que desistimular um colega seja uma atitude, no mínimo, deselegante (salvo casos bem específicos, onde fica claro que a mania pelos relógios está destruíndo essa pessoa), porém, orientar e externar nossas experiências, a fim de dar aos novatos o que pensar, não só é uma atitude muito bacana, como acho que é até mesmo um dever dos mais antigos.
Já vi muita gente que passou aqui, se animou pacas, saiu detonando no ML, eBay e lojas da vida, e deu um tempo, achou que fez besteira e desistiu de tudo, literalmente queimando a largada.
O objetivo deste tópico é que cada um fale de si, como está em relação aos relógios e, depois, lendo os demais relatos, refletir sobre qual caminho quer percorrer.
Alguns poderão se sentir desestimulados, outros, pelo contrário, podem encontrar mais estímulo ainda para continuar no seu rumo, seja este no sentido de dar um gás ou então uma freada nas aquisições.
A conversa aqui não tem rumo definido, e cada um vai pegar um pedacinho disso aqui e carregar consido em sua jornada.
A única coisa que eu gostaria mesmo de deixar como influência a todos os colegas é que o prazer da relojoaria não deve estar atrelado puramente nas aquisições, rolos, etc., mas também na troca de conhecimentos, na descoberta das variadas facetas deste mundo (tem o lado da mecânica, do gênio humano, da transformação da civilização, historietas curiosas, etc.) e, também, por que não, na possibilidade de conhecermos todo tipo de doido com um prazer em comum...
Mais derrepente não se sabe, uma pessoa comprou um sicura diver e tentou mergulhar com ele, ai acho até justificavel a atitude Blasé
Os Sicuras são a maior pegadinha da história da relojoaria. Já perdi a conta de quantos compraram um, na expectativa de reformá-lo e fazê-lo "voltar" a ser resistente a 400m.
Eu falo daqueles que já foram "apaixonados", muito interessados, ligados mesmo na coisa, e que por razões que não vêm ao caso, simplesmente perderam o "élan", ou cansaram da coisa (um direito de cada um de nós, diga-se), mas que partiram para aquilo que eu chamei de atitude "blasé".
É isso que eu acho meio "chato", para dizer o mínimo.
Pura e simplesmente tentar desestimular o outro não é o caminho, porém, acho muito interessante ouvir o relato de pessoas que tenham histórias assim, até mesmo porque é uma forma de aprendizado, para que os demais não caiam na mesma "armadilha".
O que me encheu o saco mesmo , foi comprar relógio para restaurar, isso não faço nunca mais ! Pode ser a raridade que for, independente da marca ! Não tenho mais paciência, para correr atrás de peças, relojoeiros, etc, chega ! O que vier, tem que estar funcionando, e só precisar de no máximo uma simples limpeza e lubrificação. Hoje penso em relógios que ficaram 2 anos parado, esperando peças e no fim o resultado não foi satisfatório, como também outros que ficaram muito bons, um relógio antigo, bom e barato, trás mais satisfação do que um "medalhão", pelo menos para mim, penso que neste meu segmento, não perderei o gosto pela coisa !
Putz, Daniel, já perdi um tanto bom de relógios com essa história de comprar pra reformar... Sai pra lá, zica, também não quero isso nunca mais!
agora o que eu gosto muito mesmo é de sucata,
sempre que vou a outras cidades eu procuro essas relojoarias antigas
para ver se tem alguma coisa, uma vez comprei de um Senhor
Orients, Seikos, Mondaine e outros no kilo, isso mesmo, no kilo !
Legal, Wilson, lembro bem dos seus lindos relógios de bolso. Cada um mais no jeito que o outro (chorei quando você vendeu aquele IWC)!
Agora, esse lance de sucata é coisa pra profissional mesmo, ou para os muito experimentados, pois tá aí um negócio que dá trabalho, que é restaurar relógio. Vixe...
(...) Aposto que vários aqui, já ganharam, de "mão beijada" verdadeiras preciosidades engavetadas, pois os donos originais preferiram dá-las para quem ia cuidar bem...
Eu sou azarado, pois tô nessa há mais de 10 anos e nunca ganhei preciosidade engavetada alguma, infelizmente.
Abraços,
Igor