Trajetória no colecionismo e arrependimento

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Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #20 Online: 08 Agosto 2012 às 18:28:25 »
Belo post Igor!

Desde muito novo que gostei de relógios, adorava pedir o relógio ao meu querido e saudoso avô para dar corda, achava aquilo maravilhoso.

Gostava muito quando era um miúdo/moleque ;)(como quase todos aqueles que actualmente rondam a fase da colagem da etiqueta de "quarentão" ::) ;D) dos digitais, aqueles Citizen e Casio que faziam as delícias dos ainda "sempentelho" ;D (longe de saber que aquela fase quase destruía a relojoaria mecânica e algumas das melhores marcas do ramo...)

Depois, já "frangote" parava tempos e tempos em frente das vitrines da Citizen com os maravilhosos Aqualand...não tinha pilim nem para um Casio quanto mais para uma "pequena" fortuna que custava um sonho daqueles...

Depois comprei umas porcarias(algumas de "marca" de roupa, outros sem marca conhecida, qualidade semelhante...) que esteticamente gostava, um Swatch e tal...e muitos anos sem "actividade" ou interesse na área.

Até que em 2006(creio) comprei o meu primeiro relógio "bom", suiço, um Fortis B42 cronógrafo.

E depois de andar a fuçar na net(o bichinho voltou...) achei este fórum maravilhoso(na casa antiga :D) e foi aqui que aprendi o que era o 7750 que tinha dentro do Fortis, foi aqui que comecei a aprender algo sobre relógios.

Foi aqui que depois de ter visto um Monster à venda vim perguntar se aquilo prestava...resposta unânime - SIM!!!!  8)

Depois disso comprei muitas coisas, vendi outras(me arrependo de ter comprado algumas e de ter vendido outras... ::)) e posso dizer que poucos relógios neste momento me fazem perder a cabeça...de modo a gastar dinheiro neles...quiçá um Rolex Daytona(aço/fundo preto), algum Panerai Submersible(024/5)...sei lá, pouco mais que isso.

Desde há uns meses que tenho andado muito ocupado trabalho e tantas outras coisas que pouco tempo sobra para os relógios...

Percebi que podemos gastar quantias consideráveis em certos relógios, mas no fundo o prazer não reside no preço, reside somente no gosto de usar um SKX007, um Monster, um Aqualand I, um Oris 1000m., um Boctok Amphibia ou um Seamaster 300...naqueles que efectivamente gostamos, não porque é Rolex, Breguet ou Hublot.

Se há uns anos me dissessem que eu teria os relógios que tenho hoje eu ria(não que tenha nada do outro mundo, não tenho nada raro ou especialmente valioso) eu achava que essa pessoa estaria demente. Estou contente com eles, não ambiciono ter aqueles AP ou Patek de 5 dígitos, nada disso, como disse acima, Daytona é céu ;D(tenho um El Primero, que foi relativamente bem comprado, mas no fundo não é "aquele" relógio...esteticamente falando...)

Bom, como é evidente e muitos de vocês bem explicaram, o tempo e o "calo" vão refinando o gosto e a "disparar" pela certa :)

 
E tenho de fazer uma ressalva-agradecimento - por  tantas e tantas vezes todos vocês me terem ajudado, directa ou indirectamente, aqui fica o meu MUITO OBRIGADO, muito muito sincero a todos.

Um forte abraço a todos!
Correia
Convém evitar 3 acidentes geométricos nesta vida : círculos viciosos, triângulos amorosos e bestas quadradas.

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #21 Online: 08 Agosto 2012 às 18:35:37 »
Meu primeiro relógio mecânico foi comprado depois de conhecer o Fórum, a apenas dois anos e dois meses. Nesse tempo comprei e vendi muita coisa, não ganhei dinheiro, mas também não perdi muito, e por incrível que pareça não me arrependi de nenhum relógio que comprei, todos foram importantes e desejados no momento, mesmo que esse desejo tenha se consumido rápido e o relógio tenha conseqüentemente sido vendido rápido. Arrependo-me na verdade de ter vendido vários deles, mas o que me consola e que os que foram vendidos, só saíram da minha caixinha porque infelizmente não tenho condições financeiras de ter todos os relógio que admiro ao mesmo tempo.

Hoje estou perto de me aposentar com as compras. Sério! Tenho três relógios quase que já definitivos na coleção (digo quase, porque se trocá-los será pelos mesmos modelos, apenas variando o material) e tem mais dois ou três outros que ainda quero ter. Meu objetivo sempre foi comprar todos os relógios de marcas, modelos e materiais, o mais diversificados possível, entre os que acho bonito. Em relógios, a minha prioridade sempre foi estética, e não tenho vergonha de dizer isso, mesmo que muitos achem esse pensamento vazio, consumista, ignorante, enfim.,. Se não achar bonito, se não imagina-lo no meu pulso, em tal ocasião, com aquela roupa... Nem me atrevo a comprar!

Ainda sou tarado por vitrines, site de vendas, revistas especializadas, feiras, lançamentos... Tudo relacionado a relógios! Adoro conversar e ler sobre eles. Como alguns gostam mais da parte técnica, eu gosto mais da parte comercial, de mercado, e curto também a história! Lamento ainda não ter amadurecido o suficiente pra entrar no mundo dos vintages, acho que isso com o tempo vai acontecer.

Como um resumo, o que o amigo Marcelo falou, é bem parecido com o que penso:

Gosto e curto usá-lo... independente se é um raríssimo Omega edição limitada ou um simples ETA.......

Igor, que legal esse tópico, que bom que você voltou ao Fórum e parece renovado, mais participativo, fiquei muito feliz mesmo! Sempre gostei do seu posicionamento, e saiba que és um dos que mais admiro por aqui!!!

Abração,

Rafa

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #22 Online: 08 Agosto 2012 às 18:40:51 »
Comecei a gostar de relógios no início dos anos 80, quando me apaixonei por um Porsche Design pretão, como não consegui comprar...fui para os Seiko, principalmente estilo Diver, era garotão e cheguei a acumular um bom número de relógios, incluindo muitos Casios, outra marca que curtia e que estava ao meu alcance financeiro. Aí surgiu minha paixão pela Tag Heuer, nitidamente influenciada pela F1, e pela qualidade de comunicação deles, adorava os anúncios que vendiam seus modelos de mergulho....nesta epóca não importava se eram automáticos, quartz....simplesmente comprava por bonito e por influências como as que citei. Vendi, doei, perdi, mas desde aquela época,  sempre em média tive mais de uns 5 relógios ao mesmo tempo, nunca considerei um hobby ou mesmo um projeto de coleção, curtia usar e abusar deles, até pq todos eram divers, robustos e confiáveis na água...

O FRM foi um divisor de águas...que me transformou em um consumidor apenas de mecânicos, e diversificou meus gostos pessoais, hoje aceito estilo de tudo que é tipo, e o estilo "diver" é atualmente o que menos venho comprando. Mas este efeito FRM, gerou um "acumulismo", e confesso que tenho muita coisa que comprei nos últimos tempos que me arrependo,  que não compraria de novo, e se pudesse venderia muito destes para comprar apenas 2 ou 3 de que realmente curtoe valorizo!

Acho q não tenho muitos relógios, nem considero colecionismo (mesmo que para a minha familia principalmente eu seja...kkk), tenho para curtir, uso todos que eu tenho, inclusive os vintages, apenas com um pouco mais de cuidado responsabilidade que eu tinha anos atrás...

abs

AFTP

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #23 Online: 08 Agosto 2012 às 19:23:16 »
Minha trajetória não foi diferente de muitos aqui: comprei muita tranqueira no começo e acabei me desfazendo de quase tudo desta fase. Qualquer bobagem que fizesse tic-tac e estivesse no alcanço do bolso já virava objeto de desejo. Aí vieram as leituras do FRM e com elas a maturidade. Hoje meu ajuntamento é pequeno e obedece apenas aos critérios de projeto icônico ou relógio para o batidão. Exemplo do primeiro é um Speedmaster Professional e exemplo do segundo é um Omega Dynamic (já dos modernos e não aqueles funk dos anos 70). Esse último tem me acompanhado no trabalho e arrisco a dizer que nele encontrei meu santo graal: pequeno, discreto, legível dia e noite e quando eu olho para ele, sempre me vem a lembrança de dar uma passada no forum  ;D

Já tive mais paciência para ler sobre a história e o processo de fabricação (minha última leitura foi o Revolution in Time e isso já tem um ano). Não tenho mais nenhum grande objetivo de aquisição. Na maioria dos casos, ver um vídeo da fabricação e do funcionamento já sacia a vontade.

Um abraço,
Davi

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #24 Online: 08 Agosto 2012 às 19:29:18 »
Eu só compro aquilo que acho que vou usar.
Os que não uso eu dei para alguém, às vezes até para a esposa, uns poucos vendi(não sou bom para comercializar nada).
Hoje tenho 40 peças. Uso todas, com maior o menor intensidade.
Não acho que aprendo ou deixo de aprender tendo mais ou menos peças. Aprendi o básico lendo aqui e em alguns fóruns estrangeiros. Mas relógio não é algo objetivo. Existe a tal da emoção. Mesmo assim ainda compro um relógio com Miyota 8200 e não o venderia. Ou seja: não aprendi grande coisa, rs!
Por incrível que pareça, só não venderia, caso aparecesse alguém para comprar, um Omega Speedmaster, um Speed Date, um Technos 2000M e outro Skydiver Automático, um Longines Master Collection, um Tissot Visodate, um Omega Aquaterra, um Citizen E2100, um Orient LE e outro Diver 300M e um Seiko Alpinist, além de um G Shock.
Os demais eu venderia se aparecesse alguém. Mas não tenho vontade de vender.
Mesmo que vendesse, usaria o dinheiro para comprar outro/outros.
Sem relógio no pulso sinto que parece estar faltando algo.
Não poderia ser um colecionado nunca, pois uso os relógios de verdade e não gosto de vintages. A não ser aqueles impecáveis. Mas aí são "impagáveis", rs.
Um dia fiz uma conta e com o que gastei poderia ter um Patek e mais dois baratinhos para bater. Ou poderia ter de 4 a 5 Rolex diferentes.
Nesse dia eu me questionei se havia feito a coisa certa, mas...foram comprados aos poucos e não teria coragem(tampouco condição) de despender 90.000 reais de uma só vez(no caso de um Patek).
Abraço.


« Última modificação: 08 Agosto 2012 às 19:31:01 por guilherme augusto »

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #25 Online: 08 Agosto 2012 às 19:54:06 »
Simples assim.

Sempre gostei demais de relógios, de seu visual, de suas funções. Depois de conhecer o fórum, endoidei e só fiquei mais calmo com a compra do meu primeiro automático, um Orient 200m de fundo branco. Meu quartzo novo foi pro fundo de uma gaveta e só saiu de lá pra trocar baterias.

Comprei muitos relógios, todos baratos, tentei me aventurar com relógios usados, tomei uma tufada em um Seiko antigo - quem não tomou?, e me concentrei nos divers, que sempre adorei.

Tenho uns três relógios que gostaria de passar pra frente, mas é isso. O arrependimento não é muito grande por conta de que paguei pouco neles.

Acho que o ciclo de se empolgar totalmente com uma "mania", com algo novo, e cometer alguns deslizes, agir por impulso, é totalmente humano, como também é de nossa natureza, depois de um tempo, ao olhar pra trás, nos arrependermos de algumas escolhas feitas.

Mas, se escolhas não tivessem sido feitas, teríamos vivido? E viva Fernando Pessoa, pois não temos almas pequenas, espero!
Amplexos do Mário

*

Alberto Ferreira

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #26 Online: 08 Agosto 2012 às 20:17:13 »
Salve!

Falou e disse, amigo Mário.
É mesmo por aí.  8)

Só tem uma coisa dentre as que eu não gosto de ver, neste tema dos "gostos e desgostos", ou das "empolgações e arrependimentos"...
Aliás, como diz o povão, este último não mata,...
...mas pode tirar um pedacinho (do, doce, "sossego"  :D), mas esta aqui já é uma mera opinião minha.  :D


Que fique claro que eu não estou falando de (e nem para...) ninguém aqui, ok?


O que eu não gosto de ver é aquela "atitude", meio blasé, de quem se "desencantou" e tenta fazer o mesmo como os outros.
Algo do tipo... “Estás perdendo tempo, meu jovem”.

Postar considerações, experiências e até dar dicas para os "mais novos", como está sendo feito aqui é bem outra coisa, é claro!

Abraços,
Alberto

*

vinniearques

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #27 Online: 08 Agosto 2012 às 20:20:08 »


O que eu não gosto de ver é aquela "atitude", meio blasé, de quem se "desencantou" e tenta fazer o mesmo como os outros.
Algo do tipo... “Estás perdendo tempo, meu jovem”.




  Alberto concordo plenamente, odeio pessoas que fazem isso, meu pai é meio assim ( mais ele eu tolero) rsrsrsrs

 Mais derrepente não se sabe,  ::) ::) ::) uma pessoa comprou um sicura diver e tentou mergulhar com ele, ai acho até justificavel a atitude Blasé  8) 8) 8) 8) 8) 8) ;D ;D ;D ;D

*

Alberto Ferreira

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #28 Online: 08 Agosto 2012 às 20:31:24 »
Pois é...

Mas, na verdade, não é bem isso, o que eu quis dizer, não, Vinnie.

Eu falo daqueles que já foram "apaixonados", muito interessados, ligados mesmo na coisa, e que por razões que não vêm ao caso, simplesmente perderam o "élan", ou cansaram da coisa (um direito de cada um de nós, diga-se), mas que partiram para aquilo que eu chamei de atitude "blasé".

É isso que eu acho meio "chato", para dizer o mínimo.  ;)

Um abração!
Alberto

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Offline Daniel

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Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #29 Online: 08 Agosto 2012 às 20:52:49 »
Salve !

Bem, meu lance com relógios, começaram quando herdei uma mega coleção de Seleções do Reder's Digest, ali, nas propagandas de época, fiquei apaixonado. Comprei um monte de porcaria, como muitos, porém com o tempo passei a estudar marcas, movimentos e selecionar o que comprava, sempre no mercado de antigos, tenho poucos relógios novos.

Dizer que em algum momento desanimei ? Não ! Como nunca tive por objetivo, selecionar uma marca específica, alguns vieram por impulso e nunca usei, outros adoro e estão comigo sempre.

O que me encheu o saco mesmo :( :(, foi comprar relógio para restaurar, isso não faço nunca mais ! Pode ser a raridade que for, independente da marca ! Não tenho mais paciência, para correr atrás de peças, relojoeiros, etc, chega ! O que vier, tem que estar funcionando, e só precisar de no máximo uma simples limpeza e lubrificação. Hoje penso em relógios que ficaram 2 anos parado, esperando peças e no fim o resultado não foi satisfatório, como também outros que ficaram muito bons, um relógio antigo, bom e barato, trás mais satisfação do que um "medalhão", pelo menos para mim, penso que neste meu segmento, não perderei o gosto pela coisa !  ;)

abraços !

Daniel


Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #30 Online: 08 Agosto 2012 às 21:28:19 »
Alberto, como aquele ex-fumante chato, que pára de fumar tão somente pra incomodar os conhecidos (chato não tem amigo) que ainda fumam?

 ;D ;D ;D ;D ;D ;D
Amplexos do Mário

*

Alberto Ferreira

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #31 Online: 08 Agosto 2012 às 21:30:12 »
 ;D ;D ;D

Falou!
 ;D ;D ;D

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edulpj

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #32 Online: 08 Agosto 2012 às 21:43:20 »
Já passei por isso com minha coleção de canetas-tinteiro. Arrependimento propriamente, não passei. Sempre que compro uma caneta, procuro comprar outra no mínimo semelhante e "passo nos cobres" para bancar o hobby.

Certa vez comprei uma Parker Classic Flighter e uma Parker 95 mate black. A segunda vendida, pagou as duas e sobrou dinheiro. O mesmo mais tarde quando comprei uma Parker 21 NOS e uma Parker Frontier. A segunda bancou as duas e sobrou dinheiro.

As canetas que eu "desencanei" e que não teriam grande valor para serem vendidas usadas, eu simplesmente dou de presente para amigos...

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Offline Wilson

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Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #33 Online: 08 Agosto 2012 às 22:02:52 »
Igor,

já cheguei a ter mais de 300 relógios de bolso no meu "ajuntamento",

uns 30 Omegas, uns 20 Roskopfs, Lancos, Tissots e outros,

resumi bem...
Hoje devo ter uns 50 no total,

agora o que eu gosto muito mesmo é de sucata,
sempre que vou a outras cidades eu procuro essas relojoarias antigas
para ver se tem alguma coisa, uma vez comprei de um Senhor
Orients, Seikos, Mondaine e outros no kilo, isso mesmo, no kilo ! ;D

eram mais de 30 kilos de sucata  ;D ;D ;D
tinha muita coisa boa no meio, deu para recuperar vários relógios ;) :D

Também "respiro" relógios o dia inteiro ! ;D

abraços,

wilson

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Alberto Ferreira

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #34 Online: 08 Agosto 2012 às 22:15:02 »
Mais uma vez...

Pois é...  ::)

E um pensamento, amigo Wilson,...
Para quem gosta, e tem o devido "saco" e "amor" pela coisa...

Não estariam estas "almas caridosas" (e "sucateiras"  :D), com o seu "hobby", salvando algo da extinção?
Ou talvez do "engavetamento (quase) eterno"?  ::)

Abraços a todos!
Alberto

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edulpj

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #35 Online: 08 Agosto 2012 às 22:20:49 »

Não estariam estas "almas caridosas" (e "sucateiras"  :D), com o seu "hobby", salvando algo da extinção?
Ou talvez do "engavetamento (quase) eterno"?  ::)

Abraços a todos!
Alberto

Sem dúvida!!! Aposto que vários aqui, já ganharam, de "mão beijada" verdadeiras preciosidades engavetadas, pois os donos originais preferiram dá-las para quem ia cuidar bem...

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Offline igorschutz

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Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #36 Online: 08 Agosto 2012 às 22:27:56 »
E tenho de fazer uma ressalva-agradecimento - por  tantas e tantas vezes todos vocês me terem ajudado, directa ou indirectamente, aqui fica o meu MUITO OBRIGADO, muito muito sincero a todos.

Bem lembrado, Correia!

Também tenho muita gratidão por este espaço e por aqueles que o frequentam e frequentaram, mesmo os zé ruela que só esculacharam, pois aqui tive um aprendizado em diversos níveis, não só sobre relógios, mas sobre a vida.

Obrigado a todos os amigos do FRM!



Igor, que legal esse tópico, que bom que você voltou ao Fórum e parece renovado, mais participativo, fiquei muito feliz mesmo! Sempre gostei do seu posicionamento, e saiba que és um dos que mais admiro por aqui!!!

Obrigado, Rafa! Também lhe tenho em alta estima, e admiro muito sua franqueza, honestidade e humildade.



(...) Mas este efeito FRM, gerou um "acumulismo", e confesso que tenho muita coisa que comprei nos últimos tempos que me arrependo,  que não compraria de novo, e se pudesse venderia muito destes para comprar apenas 2 ou 3 de que realmente curtoe valorizo!

Acho que este é um dos pontos centrais da minha proposta neste tópico, AFTP. Frear um pouco o consumo desenfreado, tentando orientar os novatos a curtir um pouco mais o conhecimento do que o mero consumismo.
Algo que percebo sistematicamente é que, ao passo que as pessoas vão adquirindo conhecimento, estas vão comprando menos e com mais sabedoria.



(...) Não tenho mais nenhum grande objetivo de aquisição. Na maioria dos casos, ver um vídeo da fabricação e do funcionamento já sacia a vontade.

Idem aqui, Davi!



Um dia fiz uma conta e com o que gastei poderia ter um Patek e mais dois baratinhos para bater. Ou poderia ter de 4 a 5 Rolex diferentes.
Nesse dia eu me questionei se havia feito a coisa certa, mas...foram comprados aos poucos e não teria coragem(tampouco condição) de despender 90.000 reais de uma só vez(no caso de um Patek).

Penso que essa questão uma hora ou outra sempre surge na nossa cabeça. Fico feliz que você tenha achado que fez a coisa certa!



Acho que o ciclo de se empolgar totalmente com uma "mania", com algo novo, e cometer alguns deslizes, agir por impulso, é totalmente humano, como também é de nossa natureza, depois de um tempo, ao olhar pra trás, nos arrependermos de algumas escolhas feitas.

Mas, se escolhas não tivessem sido feitas, teríamos vivido? E viva Fernando Pessoa, pois não temos almas pequenas, espero!

Perfeito, Mário. Como sempre, você nos traz sábias palavras!

Acredito que o espaço aqui aberto é pra isso mesmo: trocarmos experiências, contarmos um pouco de nós, nos justificarmos... tipo um "Fala Que Eu Te Escuto" dos relógios.

Arrependimento todos temos, alguns pequenos, outros grandes... Eu tenho uma história que conto e as pessoas riem: quando comprei meu AP Royal Oak, paguei uma barganha na época, mas mesmo assim uma pequena fortuna (tempos de dólar à R$ 4, nos meses pré-Lula).
Em pouco tempo me arrependi. Não que o relógio não fosse maravilhoso, pois ele é, mas é que vi que poderia ter comprado modelos que me agradariam mais, e esse eu só comprei pela boa oferta.
Hoje, se eu fosse vendê-lo, não conseguiria nem metade do que paguei, porém, certa feita, recebi uma boa proposta, e mesmo assim pulei fora.
Quando me perguntam por que não vendi o tal relógio que me causa tanto arrependimento, digo que gosto de tê-lo na minha gaveta, para nunca mais esquecer da minha burrice e aprender a pensar muito antes de pôr a mão no bolso.



O que eu não gosto de ver é aquela "atitude", meio blasé, de quem se "desencantou" e tenta fazer o mesmo como os outros.
Algo do tipo... “Estás perdendo tempo, meu jovem”.

Postar considerações, experiências e até dar dicas para os "mais novos", como está sendo feito aqui é bem outra coisa, é claro!

Certo, certíssimo, meu caro Alberto. Essa não é a função desse tópico, e, me parece, de nenhum dos depoimentos aqui relatados. Ainda assim, acho que seu lembrete merece vir à luz, pois está fresco em minha memória aquele episódio não tão recente onde este tipo de atitude deu muito pano pra manga.

A troca de idéias é sempre pertinente, e engrandece este espaço e seus leitores.

Penso que desistimular um colega seja uma atitude, no mínimo, deselegante (salvo casos bem específicos, onde fica claro que a mania pelos relógios está destruíndo essa pessoa), porém, orientar e externar nossas experiências, a fim de dar aos novatos o que pensar, não só é uma atitude muito bacana, como acho que é até mesmo um dever dos mais antigos.

Já vi muita gente que passou aqui, se animou pacas, saiu detonando no ML, eBay e lojas da vida, e deu um tempo, achou que fez besteira e desistiu de tudo, literalmente queimando a largada.

O objetivo deste tópico é que cada um fale de si, como está em relação aos relógios e, depois, lendo os demais relatos, refletir sobre qual caminho quer percorrer.

Alguns poderão se sentir desestimulados, outros, pelo contrário, podem encontrar mais estímulo ainda para continuar no seu rumo, seja este no sentido de dar um gás ou então uma freada nas aquisições.
A conversa aqui não tem rumo definido, e cada um vai pegar um pedacinho disso aqui e carregar consido em sua jornada.

A única coisa que eu gostaria mesmo de deixar como influência a todos os colegas é que o prazer da relojoaria não deve estar atrelado puramente nas aquisições, rolos, etc., mas também na troca de conhecimentos, na descoberta das variadas facetas deste mundo (tem o lado da mecânica, do gênio humano, da transformação da civilização, historietas curiosas, etc.) e, também, por que não, na possibilidade de conhecermos todo tipo de doido com um prazer em comum...



Mais derrepente não se sabe,  ::) ::) ::) uma pessoa comprou um sicura diver e tentou mergulhar com ele, ai acho até justificavel a atitude Blasé  8) 8) 8) 8) 8) 8) ;D ;D ;D ;D

Os Sicuras são a maior pegadinha da história da relojoaria. Já perdi a conta de quantos compraram um, na expectativa de reformá-lo e fazê-lo "voltar" a ser resistente a 400m.



Eu falo daqueles que já foram "apaixonados", muito interessados, ligados mesmo na coisa, e que por razões que não vêm ao caso, simplesmente perderam o "élan", ou cansaram da coisa (um direito de cada um de nós, diga-se), mas que partiram para aquilo que eu chamei de atitude "blasé".

É isso que eu acho meio "chato", para dizer o mínimo.  ;)

Pura e simplesmente tentar desestimular o outro não é o caminho, porém, acho muito interessante ouvir o relato de pessoas que tenham histórias assim, até mesmo porque é uma forma de aprendizado, para que os demais não caiam na mesma "armadilha".



O que me encheu o saco mesmo :( :(, foi comprar relógio para restaurar, isso não faço nunca mais ! Pode ser a raridade que for, independente da marca ! Não tenho mais paciência, para correr atrás de peças, relojoeiros, etc, chega ! O que vier, tem que estar funcionando, e só precisar de no máximo uma simples limpeza e lubrificação. Hoje penso em relógios que ficaram 2 anos parado, esperando peças e no fim o resultado não foi satisfatório, como também outros que ficaram muito bons, um relógio antigo, bom e barato, trás mais satisfação do que um "medalhão", pelo menos para mim, penso que neste meu segmento, não perderei o gosto pela coisa !  ;)

Putz, Daniel, já perdi um tanto bom de relógios com essa história de comprar pra reformar... Sai pra lá, zica, também não quero isso nunca mais!



agora o que eu gosto muito mesmo é de sucata,
sempre que vou a outras cidades eu procuro essas relojoarias antigas
para ver se tem alguma coisa, uma vez comprei de um Senhor
Orients, Seikos, Mondaine e outros no kilo, isso mesmo, no kilo ! ;D

Legal, Wilson, lembro bem dos seus lindos relógios de bolso. Cada um mais no jeito que o outro (chorei quando você vendeu aquele IWC)!

Agora, esse lance de sucata é coisa pra profissional mesmo, ou para os muito experimentados, pois tá aí um negócio que dá trabalho, que é restaurar relógio. Vixe...



(...) Aposto que vários aqui, já ganharam, de "mão beijada" verdadeiras preciosidades engavetadas, pois os donos originais preferiram dá-las para quem ia cuidar bem...

Eu sou azarado, pois tô nessa há mais de 10 anos e nunca ganhei preciosidade engavetada alguma, infelizmente.


Abraços,

Igor
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
Opinião é como bunda: você dá a sua e eu meto o pau.

NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

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edulpj

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #37 Online: 08 Agosto 2012 às 22:36:57 »
Aí é que tá Igor... O conceito de preciosidade, é algo intangível... Já percebi aqui neste fórum, que muitas pessoas não conseguem enxergar glória em pequenas coisas... Eu posso ter mais prazer comendo um sanduíche de mortadela sentado na sarjeta de uma padaria de interior, do que comendo lagosta ao Thermidor num restaurante de Paris...

Dia desses, perdi meu pai. Dias depois, minha mãe me chamou e me deu um relógio que eu nem sequer imaginava que meu pai um dia tivesse portado. Um Cyma veião, mas que pra mim é uma ENORME preciosidade...

E não é só o valor sentimental... Há um ano, um cliente meu quando viu que eu gostava de caneta tinteiro, me deu a Parker 51 que foi do pai dele. Segundo ele, se passasse mais tempo, ela iria parar no lixo. Na minha mão, ele ficaria feliz, pois a caneta seria bem tratada. Essa caneta, não tem valor sentimental pra mim, mas é uma PRECIOSIDADE REAL...

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Offline igorschutz

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Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #38 Online: 08 Agosto 2012 às 22:39:59 »
Pela sua percepção, qual o meu conceito de preciosidade, Edu?
Opinião é como bunda: todos têm a sua. Você dá se quiser.
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NÃO ACREDITE NO QUE 'FALAM' AQUI, ESTUDE BEM E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES

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edulpj

Re: Trajetória no colecionismo e arrependimento
« Resposta #39 Online: 08 Agosto 2012 às 22:41:33 »
Puts... bateu pesado, cumpadi...