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Mensagens - Adriano

#41
Fórum principal / Re:Grand Seiko 9SC5
29 Agosto 2023 às 19:52:25
Citação de: Devenalme Sousa online 29 Agosto 2023 às 17:05:07
Pelo que o Adriano expôs, o que esse sujeito afirmou em 1948 só era verdade e só valeria pra aquela época,  já que os metais usados eram de melhor qualidade. Se ele vivesse (ou escrevesse) hoje em dia, atualizaria a tese por conta da baixa qualidade dos materiais.

É... Eu não disse bem que os materiais de antigamente eram melhores. Pois eu não tenho dúvida nenhuma de que existem hoje mecanismos com materiais de mesma qualidade. Assim como não sei se existiram os de má qualidade como existem hoje, e de repente a gente não os vê justamente porque viraram pó ao longo das décadas. Ou seja, só sobreviveram os bons.

Mas me chama sim a atenção o fato de que vejo até hoje mecanismo daqueles antigos mesmo dos mais baratinhos, equipando aquelas marcas genéricas, e que estão bem inteiros, principalmente escapamento. E tenho lá minhas dúvidas se esses que vejo esfarelando em poucos anos estarão aí daqui 50, 60 anos...

Abs.,

Adriano
#42
Fórum principal / Re:Rolex comprou a Bucherer
29 Agosto 2023 às 15:53:14
Citação de: flávio online 29 Agosto 2023 às 13:13:31
Hahahahah. Tô triste. Enfraqueceu a amizade hahahaha

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Não pô! Eu entendi tudo o que você falou. O que você entendeu não foi o que eu quis dizer.

O que quis dizer é que nem você, que considero que tem a opinião mais inteligente sobre o assunto (sério, sem babação de ovo) me convenceu de que esse assunto merece todo o blá blá blá.

Abs.,

Adriano
#43
Fórum principal / Re:Grand Seiko 9SC5
29 Agosto 2023 às 12:54:59
Citação de: flávio online 29 Agosto 2023 às 12:14:47
Caras... Sobre durabilidade... Tá aí um teste que eu gostaria que alguém da área realizasse... Será mesmo, estou falando sério, que um escapamento de âncora comum, funcionando a seco, com todo o atrito gerado no impulso e, para dizer a verdade, no bloqueio também (o escape inclusive recua um pouco para segurança da retenção do sistema) detonaria com o tempo? Eu gostaria de ver um escapamento de âncora comum lubrificado e um não lubrificado para ver a performance inicial e depois de 1 ano funcuon para ver se seriam tão diferentes assim. Já pensou nisso Adriano, ou já pegou algum escapamento de âncora funcionando a seco por, sei lá, esquecimento do reparador?

Enviado de meu SM-A528B usando o Tapatalk

Vários! A maioria dos relógios chega para manutenção com escapamento seco. Aliás eu arriscaria dizer que uma boa parte, e boa mesmo, quando chega para manutenção não está só seco, mas passou mais tempo funcionando seco do que lubrificado.

Mas tem duas questões aí: seco, mas limpo, é uma coisa. Seco pq o lubrificante secou e arregou é o veneno. É o que arrebenta com qualquer coisa. É um evolução muito rápida pois progride geometricamente. Um pouco de sujeira no óleo começa a ficar abrasivo, que aumenta a quantidade de sujeira, que fica ainda mais abrasiva, até comer eixo. Como tem aquelas várias fotos no meu Insta.


Mas tem outro X aí que é a qualidade dos materiais. Tá cheio de relógio dá década de 1950, 60, 70 que trabalhou morrendo de seco e você vai inspecionar e o desgaste é ZERO, seja no escapamento ou onde mais quiser. Enquanto tem relógio novo que esfarela dentro dos dois anos de garantia. Tudo lubrificadinho certinho, mas a roda de escape já está até falhando bloqueio em vários dentes de tanto que "encurtaram" pelo desgaste.

Mas sendo objetivo: com materiais de qualidade, eu ACHO que o maior problema de trabalhar a seco seria a baixa amplitude, mais do que o desgaste.

Abs.,

Adriano
#44
Fórum principal / Re:Rolex comprou a Bucherer
29 Agosto 2023 às 12:45:19
Citação de: flávio online 29 Agosto 2023 às 12:08:19
Tem um stories que fiz de improviso ontem na minha conta @relogiosmecanicos do Instagram. Vou até salvar

Enviado de meu SM-A528B usando o Tapatalk

Eu assisti. Mas por exemplo, não me "esclareceu". E fui procurar justamente o que você tinha a dizer. Você é minha referência para esse tipo assunto.

Abs.,

Adriano
#45
Fórum principal / Re:Rolex comprou a Bucherer
29 Agosto 2023 às 09:15:55
Citação de: ejr888 online 29 Agosto 2023 às 08:47:40
Mestre Adriano.

Com todo o respeito irei discordar de você.

Bucherer é da hora pacas.
Eu passei na de Frankfurt e parece um parque de diversões de tanto relógio e eles são cirúrgicos para venderem. 

Não tem aquele champanhe da Wempe e bajulação.

São profissionais e apenas vendem e muito.

Entendo, mas eu não disse que a Bucherer não é legal. Não duvido que seja. Mas não entendi em que ponto você discorda.

Ou, se eu entendi, o que você sugere é que a Bucherer pode mudar por conta disso? Mudar a oferta de marcas e modelos, o atendimento e etc.? Se é o que quis dizer, é justamente o que eu quero ouvir: o que pode relmente mudar, especialmente para pior, com isso tudo. Pois de fato, se isso acontecer é ruim. Comprar uma empresa tão tradicional para derreter ela...

Ainda assim aguardo ansioso mais argumentos do por que isso é tão importante.

Abs.,

Adriano
#46
Fórum principal / Re:Rolex comprou a Bucherer
29 Agosto 2023 às 00:01:26
Caras, tudo bem que eu sou um asno... Mas só eu até agora não entendi por que tanto falatório em cima disso? O Instagram vai travar de tanta notícia sobre isso. Só porque tem a Rolex no meio? A resposta é "sim", eu já sei.

Se uma marca qualquer amanhã anunciar que inventou um escapamento sem lubrificação e sem desgaste que promete precisão de 1 segundo ao mês com garantia vitalícia, dá menos ibope do que se a Rolex lançar um imã de geladeira.

Me parece ser a notícia mais importante da indústria relojoeira, entre as menos importantes. "E se ela limitar a quantidade ou grade de outros dealers..." Qual a novidade? Não foi sempre assim? Uma puta tirania sobre os AD's? "E se mudar a disponibilidade e/ou preço dos produtos no mercado?"  Mais demente do que já está?

Sério, não estou sendo cínico. Eduquem-me a respeito de qual a concreta diferença que isso vai fazer.


Abs.,

Adriano
#47
Fórum principal / Re:Grand Seiko 9SC5
28 Agosto 2023 às 22:16:26
Meu entendimento sobre o Seiko Dual Direct é o mesmo do Flávio.

E dizer que objetivo do Co-axial é dispensar lubrificação é um tremendo engano... Talvez induzido pela antiga propaganda que a própria Omega fazia a respeito disso.

Mais uma para a pilha infinita de bullshit da indústria.

Abs.,

Adriano
#48
Há muito anos eu disse provavelmente aqui no fórum mesmo que o Watchuseek era a o pior lugar para pesquisar qualquer coisa sobre relojoaria e pelo visto continua. Maior fonte de desinformação que há na internet.

Eu não li tudo, apenas bati e olho e não vi ninguém falando que os módulos são descartáveis.

Mas vale a pena esclarecer: tanto os módulos DD como os da ETA (2894) são perfeitamente revisáveis. Sendo este último um pouco mais chato. E nenhum dos dois é problemático. Tanto que nem sempre precisam de revisão na mesma frequência que o mecanismo base. O que acontece são duas coisas: como eu já disse, pode haver casos em que o módulo realmente não precisa ser revisado (podendo ficar para uma outra revisão posterior) e realmente não há razão para fazê-lo sem necessidade. Seria o equivalente a ficar revisando a máquina do seu relógio a cada 2 anos sem precisar.

Outra coisa que acontece é que, por serem relativamente complicados, requerem um relojoeiro bem capacitado para fazer a revisão, e em países de primeiro mundo, onde relojoeiros bem capacitados são bem remunerados E não sofrem de taxas de importação estuprantes, as horas de mão-de-obra para revisar esses módulos pode sair mais caro que trocar o módulo. E quando digo trocar, é mandar o módulo de volta para o fabricante (que vai revisar/recondicionar) e eles te mandarem um que pode ser novo, ou revisado/recondicionado (hoje praticamente não há diferença prátic entre ser novo ou recondicionado). Essa troca sai mais barata que a revisão, e possivelmente mais rápida, se houver um banco local desses módulos. Esses módulos não são descartados, nunca.

Se um relojoeiro não revisa esses módulos porque ele não é capaz, aí é outro problema e ele não deveria estar mexendo com isso.

Sobre ser problemático, não só não é como não vejo essa discussão com os Royal Oak Offshore, que usaram basicamente o mesmo módulo DD até outro dia e todo mundo paga os tubos de dinheiro por eles, sem reclamar.

Em resumo: se você está de olho no Reduced, a presença do módulo não deveria ser obstáculo. Inclusive na maioria dos lugares do mundo, que eu saiba, na autorizada Omega você vai pagar a mesma coisa na manutenção de qualquer crono, modular ou não, e precise ou não de revisão ou troca do módulo.

Abs.,

Adriano
#49
Eu não me julgo a opinar sobre como formar uma coleção porque meu critério sempre foi "gosto ou não gosto" e "posso ou não pagar".

Mas me chamou antenção seu comentário sobre o Speedy Reduced e seu módulo. Eu não sei onde leu essa informação dele ser descartável, mas recomendo que reconsidere urgentemente suas fontes pesquisa. Infelizmente a internet está cada vez mais cheia de "especialistas" que presumem e chutam informações, naturalmente erradas.

Abs.,

Adriano
#50
Fórum principal / Re:Grand Seiko 9SC5
09 Agosto 2023 às 09:49:18
Embreagem vertical. Praticamente todo crono com embreagem vertical tem a tendência de não perder amplitude com ele acionado (podendo até ganhar alguns graus) e com isso não tem impacto na reserva de marcha.

Não é nada de outro mundo.

Abs.,

Adriano
#51
Fórum principal / Re:Tornado em La Chaux de Fonds
26 Julho 2023 às 14:46:12
O MIH teve quedas de árvores em seu entorno e na entrada. Está interditado.

A Sellita fica em Crêt du Locle, um dos pontos habitados mais altos da região, um puta descampado alto que deve ventar que nem no inferno.

Abs.,

Adriano
#52
Citação de: fbmj online 21 Julho 2023 às 10:25:17

Hoje acontece algo curioso, os relógios da Cartier estão cada vez mais gigantescos justamente pela falta de movimentos redondos pequenos atuais.

Eu diria o contrário: que o desinteresse por relógios pequenos, inclusive entre as mulheres, não faz valer a pena o investimento no desenvolvimento de um mecanismo de menores dimensões. Afinal a Cartier hoje é uma manufatura, se houvesse falta de mecanismos pequenos atuais (coisa que não há, pois continuam existindo opções da ETA, F. Piguet...), era só ela fazer o próprio. Como fez até com cronógrafos, em um mercado cheio de opções.

Abs.,

Adriano
#53
Citação de: flávio online 19 Julho 2023 às 14:42:14
Quando a racionalização na indústria era menor, muito menor, e havia trocentos tipos de movimentos no mercado, normalmente estes se encaixavam perfeitamente às caixas. Quer minha mais sincera opinião? Eu acho de uma preguiça enorme movimentos pequenos em caixas grandes, sobretudo se o relógio custa caro pra caramba.

Mas só para esclarecer, não é o caso aqui. O que ocorre é a Cartier usar máquinas pequenas redondas em relógios retangulares pequenos, que não parecem tão pequenos, mas são. Um Tank ou Santos médio parece medir uns 36mm de "diâmetro" mas mede apenas uns 30x30mm e o máximo que cabe ali é uma ETA 2000. Nos menores então, só sabe a 2671.

Mas todo relógio maior da Cartier usa máquinas de tamanho "masculino". Aliás, que eu me lembre, todos os calibres mecânicos in-house da Cartier tem mais de 10 linhas.

Abs.,

Adriano
#54
Citação de: Enéias online 19 Julho 2023 às 13:57:33
Existe preconceito contra máquinas pequenas em relógios masculinos. Não sei em que implica na qualidade e precisão. Parecem ser frágeis.

Precisão sim. Normalmente o desempenho cronométrico de máquinas menores é inferior. Quanto a robustez, depende muito da arquitetura adotada.

Abs.,

Adriano
#55
Fórum principal / Re:Curiosidade besta
20 Julho 2023 às 17:03:03
Sim, os Tuna são, ou pelo menos os clássicos, eram assim. Assim como os 6105-8000 e 8110. E os Marinemaster SBDX.

Quanto ao vidro girando, certamente só não caiu por sorte.

Abs.,

Adriano
#56
Fórum principal / Re:Curiosidade besta
20 Julho 2023 às 11:48:31
Funciona assim:

- vidros acrílicos são sempre montados apenas por encaixe. São simplesmente pressionados contra um rebaixo na caixa e por serem relativamente elásticos, a própria interferência entre o vidro e a caixa garante a vedação e mantém o vidro no lugar. Usa-se uma prensa para a montagem.

- vidros rígidos como mineral ou safira são montados de duas maneiras diferentes, dependendo do projeto do fabricante. Uma maneira é a montagem por encaixe com uma junta plástica (hytrel, nylon, delrin...) entre o vidro (em volta de sua borda) e a caixa. A junta veda e mantém o vidro no lugar. É montado com prensa. A segunda opção, normalmente em relógios mais finos (em termos de espessura), e de baixa resistência a água, ou de formado não usual, são colados. Usa-se cola especial, cujo índice de refração é igual à do cristal. A cura da cola é feita por radiação UV.

Duas exceções: é raro mas existem vidros minerais ou safira que são montados contra uma junta de borracha ou outro elastômero (e não plástico) e são pressionados no lugar por um aro montado sob pressão ou rosca. Essa pressão comprime a junta, que fará o papel de vedar enquanto o aro é que mantém o vidro no lugar. É assim em Seiko de mergulho mais antigo ou outros relógios de mergulho mais antigos (antes da década de 1980) ou em alguns Royal Oak. E com certeza em vários outros, mas são poucos e esses são os que me lembro. A segunda exceção é que é aceitável usar essa mesma cola falei naa bordas de um acrílico antigo, que tenha sido adaptado. Afinal quase sempre estamos falando de relógios antigos e cujos acrílicos originais nem existem mais.

Por fim: cola de silicone não existe em relojoaria.

Abs.,

Adriano
#57
Só impressão. Mas considere que relógios retangulares (como boa parte dos Cartier) PARECEM maiores do que realmente são. Mas podem ser estreitos demais para receber uma máquina de 11 linhas (em torno de 25mm de diâmetro) e acabam recebendo máquinas menores. Por isso tantos Santos e Tanks automáticos com ETA 2671.

Mas eles não representam todos os Cartier e nem sequer a maioria deles.

Abs.,

Adriano
#58
De maneira muito resumida, eu sinceramente diria que se gostou do relógio e cabe no orçamento, vá em frente e não se preocupe com o resto. Diga-se de passagem, acho esse modelo belíssimo!

Já respondendo às dúvidas:

1 - a tampa é de pressão, não é rosqueada. A abertura se dá usando um canivete com lâmina apropriada para essa finalidade (aquelas dos famosos "canivetes de relojoeiro). Eu diria de quase impossível o vidro trincar nesse processo. O risco aí, como de qualquer fundo de pressão, é a falta de habilidade (ou uso de ferramenta incorreta, ou ambos) acabar marcando a caixa e a tampa, fazendo um "dente" no aço, e/ou cortar ou danificar a junta de vedação.

2 - as 6497/6498 são famosas por sua robustez e não é para menos que estão aí até hoje. E embora eu confie tranquilamente em suas encarnações modernas, é bom ter em mente que a qualidade dos materiais com que são feitos os mecanismos são mais importantes que de seu desenho, para efeitos de robustez e durabilidade. Logo, não é porque uma Unitas 6497 de 1900 e bolinha seja durável que sua versão moderna também seja. Muita embora nesse caso eu confio tranquilamente que sim. Mas apenas comento isso para que fique claro que um mesmo calibre pode ter diferenças bem grandes de qualidade ao longo de sua vida, dependendo dos materiais usados em determinadas fases de sua existência. Já vi inúmeros casos de um mesmo calibre com diferenças gritantes de qualidade um para outro. Logo, convém ter em mente que um calibre bem reputado em uma época pode não ter a mesma qualidade da época em que fez fama. Repito, contudo, que não vejo ser o caso do 6497/98.

3 - eu não acho absolutamente necessário estocar peças do mecanismo ou do relógio... Acho ok se por acaso se deparar com essas peças por aí e quiser comprar. Mas realmente planejar essa compra, acho excessonde zelo. Além do que, não vai conseguir. Como qualquer outra marca hoje, peças de reposição não são comercializadas avulsas para clientes finais.

Eu não me preocuparia, principalmente com peças do mecanismo. Não é raro revisar uma máquina dessas dos anos 1960 que não precisam de nada, exceto limpeza e lubrificação. Estamos falando em 60 anos de uso? Acha que vale a pena se preocupar em ter peças para trocar no ano de 2080, digamos? De modo algum é uma crítica; apenas pondere se é mesmo necessário pensar nisso agora e se vale a pena ponderar isso em sua decisão de compra.

Abs.,

Adriano

#59
Não creio. Eu apostaria mais em simples defeito de fabricação (falta de adesão da resina usada) ou reação com algum solvente.

Contato com "solvente" pode parecer algo improvável, mas acontece muito com perfumes. Já vi diversos tipos de danos em relógios causados por perfume, especialmente em partes plásticas ou emborrachadas. Já vi Swatch destruído (caixa, cristal e tudo mais) por conta de perfume.

Aliás seria a primeira coisa que eu faria se eu tivesse que avaliar esse problema: cheirar o relógio.

Abs.,

Adriano
#60
Na verdade nem é confidencial. Mas um pouco "comprometedor" para mim comentar o assunto. O que por si só já dá para deduzir que significa que não tenho nada de muito positivo a dizer.

O que posso dizer, pelo menos, é que com o tempo percebi que existem "Sellitas e Sellitas". Entre marcas diferentes e mesmo dentro de uma mesma marca, lotes diferentes e períodos de fabricação diferentes apresentam diferenças MUITO grande de qualidade de acabamento e material.

O que me leva a crer que não seja exatamente um problema da Sellita, mas sim uma opção de quem as compra. Ela parece oferecer qualidades de A a Z, o cliente escolhe. E naturalmente é bem evidente que as marcas mais caras usam a qualidade "A" - vamos dizer assim - e a diferença de qualidade entre elas e uma ETA me parece indistinguível, em termos de qualidade de fabricação (leia-se acabamento funcional das peças) e durabilidade (qualidade dos materiais), o que no fim se reflete em precisão.

Mas nem todas são assim e enquanto novas, a precisão é equivalente à uma ETA (embora eu tenha notado uma quantidade maior de desajustes como penetração de levées e etc.). Mas às vezes começam a apresentar desgastes muito cedo e a precisão se deteriora.

Sobre os Powermatic, nada a declarar, exceto que eu nunca percebi exatamente desgaste nas peças de plástico. Mas apenas que uma bela hora parecem que começam a funcionar mal. E eu pelo menos nem consigo dizer por qual razão (e nem outros relojoeiros). E aí a solução é troca das peças. E não sei dizer se isso faz parte da preço da revisão ou não.

O misterioso é que alguns apresentam problema na primeira semana de uso, e outros estão funcionando do mesmo jeito sem problemas há 20 anos (neste caso, Swatch). A mim pelo menos, incomoda mais essa inconsistência - você nunca sabe quando e se vai dar algum pepino - e o fato dos problemas serem de difícil detecção. É difícil olhar para a roda de escape e âncora e dizer o que há de errado. Mas aí você peça uma nova, que parece exatamente igualzinha até mesmo no microscópio, e ela funciona. Não sei se com o tempo ocorre alguma distorção na forma dessas peças, ou algo assim. Pois visualmente eu pelo menos nunca consegui evidenciar nada. E me parece a mesma opinião de relojoeiros que já revisaram muito mais máquinas dessas que eu (incluindo a C01 também).

Abs.,

Adriano