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Vamos falar sobre canetas?

Iniciado por O Cara, 10 Setembro 2009 às 19:38:07

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edulpj

Ressalvado o entupimento, tenho certeza que você vai gostar da HHC, Adriano... Além de ter um preto intenso, por conter carbono coloidal em suspensão, ela é auto-lubrificante. A escrita desliza com maciez que poucas tintas emparelham. Lembre-se entretanto, que é uma tinta permanente. Pingou no tecido, não sai mais...

edulpj

Reform Basic Trio - Alemanha - 1980



A Reform foi uma empresa germânica de grande tradição. Sempre fabricaram canetas tinteiro de elevadíssimo padrão. Não suportaram a queda de procura das canetas tinteiro e encerraram suas atividades na metade da década de 70.

O trio Reform Basic acima, é composto de caneta tinteiro, lapiseira "pump" para mina de grafite 0.5 mm e caneta esferográfica. As três em aço inoxidável com detalhes dourados. Curiosidade: A esferográfica é 100% compatível com cargas Parker. A esfero da foto, está com carga original fabricada pela Reform.

edulpj

Correção: Onde se lê década de 70, leia-se década de 80...

Paulo Sergio

Vamos lá...
Sem preconceitos...  ;D ;D ;D
Temos, GUARDADAS AS DIFERENÇAS ESTRUTURAIS, alguns modelos de Montblanc dos anos 60 / 70, quais sejam: as MB 220, 22, 32 e 34.
São muito parecidas, diferindo, basicamente, no desenho da pena e no sistema de abastecimento...
Pergunto se os amigos teriam algum desses modelos, e se teriam como postar suas impressões?
Além disso, saberiam dizer se eram modelos, digamos, mais baratos, ou eram as 144, 145, 146 e 149 da época?
Obrigado!
Abraço
Paulo Sergio 
Abraço
Paulo Sergio

edulpj

Obs. 1: Os modelos 146 e 149 foram lançados no final da década de 40.

Obs. 2: Os modelos citados, 220, 22, 32 e 34, vêm da época onde a indústria pensava em INOVAR, ou seja, aposentar as velhas penas expostas. INFELIZMENTE foi uma forte tendência que morreu.

Obs. 3: Preconceito, é idéia não alicerçada em fatos e concebida antes do conhecimento dos fatos. NÃO É meu caso. Usei uma Montblanc pela primeira vez, no início da década de 70, quando ainda não era modinha e quando ainda custava um valor compatível com sua qualidade.


michelim

#985
Citação de: Paulo Sergio online 23 Maio 2012 às 19:03:29
Vamos lá...
Sem preconceitos...  ;D ;D ;D
Temos, GUARDADAS AS DIFERENÇAS ESTRUTURAIS, alguns modelos de Montblanc dos anos 60 / 70, quais sejam: as MB 220, 22, 32 e 34.
São muito parecidas, diferindo, basicamente, no desenho da pena e no sistema de abastecimento...
Pergunto se os amigos teriam algum desses modelos, e se teriam como postar suas impressões?
Além disso, saberiam dizer se eram modelos, digamos, mais baratos, ou eram as 144, 145, 146 e 149 da época?
Obrigado!
Abraço
Paulo Sergio  



As 146 e 149 não saíram de linha na década de 70, mas apareceu a linha da 220, 22, 32, 34, e por aí vai, que são canetas a pistão mais simples. As 146 e 149 o pistão é de latão, muito robusto. As outras, de plástico, mas ainda sim de fácil manutenção.

Eu tenho uma 22 com pena semiflex, encontra-se modelos praticamente novos no e-bay por 150 dólares, uma barbada pelo que oferecem.
No site http://www.fountainpen.de/ você encontra a linha inteira das MB de todas as épocas.

Eu fiz um video review da minha 320, que possui pena fina rígida
http://s59.photobucket.com/albums/g303/michelim/Canetas/?action=view&current=DSC_0989.mp4

Abraço

Mich
"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

Adriano

Tenho uma 74, no meio, nas fotos. Foi presente de um amigo, que até hoje não tenho como agradecer.  ;)

É, de longe, a caneta mais bonita e elegante que tenho.






Abraços!

Adriano

Rafa_Almeida

Esse tópico está tão legal ultimamente que venho me coçando pra comprar minha primeira caneta tinteiro... mas vou tentar resistir ao máximo!  ;D

Antes tivesse resistido ao meu primeiro relógio mecânico também! Hehehehe  :P

Abraços e parabéns a todos pelas postagens!

Rafa

michelim

#988
Eu lembro de um post no FPN que dizia:
O sufixo 2 indica o tamanho normal, o 4 indica que a caneta é um pouco maior que o regular.

E as canetas Meistestuck da década de 70 possuem as diferenças:
12, 14 - Toda em preto com clipe dourado, tampa sem rosca o 14 possui a tampa com o desenho de chapéu de cardeal, e janela para ver o reservatótio de tinta
22, 24 - Praticamente iguais às com prefixo 1, mas sem o chapéu de cardeal
32, 34 - Desenho de pena diferente; tampa rosqueada;
72, 74 - Praticamente iquais às com prefixo 2, mas com tampa folhada a ouro.
82, 84 - a caneta toda folhada a ouro
92, 94 - Inteira de ouro
"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

michelim

Citação de: Adriano online 23 Maio 2012 às 20:27:20
Tenho uma 74, no meio, nas fotos. Foi presente de um amigo, que até hoje não tenho como agradecer.  ;)

É, de longe, a caneta mais bonita e elegante que tenho.






Abraços!

Adriano

Bela coleção Adriano!
"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

michelim

Citação de: michelim online 18 Maio 2012 às 22:53:11
Citação de: Adriano online 02 Maio 2012 às 15:36:58
Minha última aquisição: Pelikan M205 branca.

Acho que a primeira vez que pensei em comprar essa caneta foi há uns 2 anos atrás. A primeira impressão foi de atração, mas depois fiquei com sentimentos dúbios quanto à elegância dela, sei lá, por ser meio "cheguei", toda branca, meio "aparecida" demais para o meu gosto discreto. Bem, pensei nela denovo e mandei ver. Estou aguardando chegar.




Abraços!

Adriano

Adriano,

Esta caneta é muito bonita, e o bacana destas pelikan série 200, é que a pena é intercambeável com as antigas 400NN, e com as M400 modernas. Com isso, você compra um corpo único, e várias penas, muito fáceis de trocar, é só desrosquear uma e colocar outra, e terá uma caneta totalmente diferente. Eu gosto muito das penas OB ou OM das antigas 400nn que são itálicas ( sempre  aparecem algumas MINT no e-bay).

Abraço

MIch

Adriano, aqui um video review da M400 da década de 80 que tenho
"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

Alberto Ferreira

Citação de: Adriano online 23 Maio 2012 às 20:27:20
Tenho uma 74, no meio, nas fotos. Foi presente de um amigo, que até hoje não tenho como agradecer.  ;)

É, de longe, a caneta mais bonita e elegante que tenho.

...



Salve!

Putz!
E matéria de elegância, "disparado"...

Correndo por dentro..., por fora..., na transversal...
Disparado!  8)
 

Abraços, e parabéns pelas peças.
Alberto

Paulo Sergio

Fico feliz e agradeço as respostas do amigo Michelim, que entendeu meus argumentos e minhas perguntas!!!
Quanto à sua resposta edulpj, jamais o chamei de preconceituoso!!!  ;) ;) ;)
Abraço
Paulo Sergio
Abraço
Paulo Sergio

michelim

Citação de: Paulo Sergio online 23 Maio 2012 às 21:51:41
Fico feliz e agradeço as respostas do amigo Michelim, que entendeu meus argumentos e minhas perguntas!!!
Quanto à sua resposta edulpj, jamais o chamei de preconceituoso!!!  ;) ;) ;)
Abraço
Paulo Sergio

;) ;)
"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

michelim

Citação de: michelim online 23 Maio 2012 às 21:56:07
Citação de: Paulo Sergio online 23 Maio 2012 às 21:51:41
Fico feliz e agradeço as respostas do amigo Michelim, que entendeu meus argumentos e minhas perguntas!!!
Quanto à sua resposta edulpj, jamais o chamei de preconceituoso!!!  ;) ;) ;)
Abraço
Paulo Sergio

;) ;)

Achei um comparativo com a MB 22 que postei no FPN ano passado



"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

michelim

"The Quality Remains Long After the Price is Forgotten."

DonPepe

Citação de: michelim online 23 Maio 2012 às 22:01:52
Mais algumas

Caraca!! De cair o queixo! Parabéns pela coleção.

Arriba!

edulpj

Dipless Pens


Talvez alguns dos senhores tenham usado as penas de mergulho. Embora as canetas tinteiro fossem peças de alta popularidade no começo do século passado nos EUA, no Brasil elas só se tornaram populares e acessíveis após a Segunda Guerra. Até então, utilizava-se com freqüência as PENAS DE MERGULHO... A caneta era um bastão em geral de madeira (havia outros materiais como ebonite, vidro, marfim, pedra etc.) onde se encaixava uma pena metálica. As penas eram vendidas em caixas com elevado número de unidades pois uma pena raramente durava mais que um mês. Elas não tinham insert de metal duro na ponta e a corrosividade elevada da tinta em geral provocava desgastes e após um mês a pena começava a arranhar irritantemente o papel.

Na minha infância, freqüentei um colégio em São Paulo, onde as carteiras mais antigas ainda tinham um furo para encaixe de tinteiro.

Mas houve um tipo de caneta muito interessante, as DIPLESS PENS... Eram canetas de mesa feitas para mergulhar a pena, porém usavam um conjunto pena + alimentador de caneta tinteiro. A base dessas canetas era dotada de um reservatório de tinta. Quando a caneta ficava encaixada, o conjunto pena/alimentador "enxarcava" de tinta. Por incrível que pareça, a capacidade do sistema era enorme. Uma mergulhada, acumulava tinta suficiente para escrever uma página inteira e ainda sobrava...

A empresa que se notabilizou por esse tipo de caneta, foi a Esterbrook. Como o sistema utilizava os conjuntos de pena Esterbrook, havia uma enorme gama de possibilidades de escrita.

Há pouco mais de um ano, arrematei num leilão do eBay uma Esterbrook XT. Apenas a caneta, que custou 0.99 obamas (isso mesmo, NOVENTA E NOVE centavos). Não veio com a base entretanto. Construí então minha própria base com um pedaço de mogno.

O conjunto ficou assim:




Algum tempo depois, descobri que esse modelo, foi a caneta de mesa oficial da Casa Branca. Vários presidentes estadunidenses usaram Esterbrook XT para assinar decretos e despachos. O mais notório, foi JFK, que desde a juventude era usuário de canetas Esterbrook.

As XT da casa branca eram assim:






JFK assinando com ela:




Existiram ainda, algumas Esterbrook de mesa, equipadas com sistema próprio de abastecimento. São as Esterbrook Desk Pens. Na foto abaixo, há três canetas, uma XT no topo, uma XXT no meio (uma XT alongada, também dipless) e abaixo uma Desk Pen, com abastecimento próprio:




E pra finalizar, existiram ainda as desk pens da Esterbrook equipadas com corrente... Pelo visto não só nós brasileiros tinham/têm o péssimo hábito de levar "souvenirs" pra casa...


Adriano

#998
A Meisterstuck 74 é ainda mais bonita ao vivo do que nessas fotos. E sua pena, nunca vi uma tão flexível! É até preciso se adaptar à ela.

Agora uma pergunta: nunca vi ninguém aqui falar das Cross. Eu acho-as umas mais bonitas que as outras e estou pretendendo comprar uma. E acho-as de boa qualidade.

E ainda simpatizo pela marca pois tenho sempre a lembrança de minha mãe usando aquela Cross esfero clássica, bem fininha. Aliás, acho que ela usa ainda essa caneta mas minha memória dela é de infância.

O que acham?

Abraços!

Adriano

edulpj

Ótima pergunta, Adriano... A empresa AT Cross, é a mais antiga no negócio de canetas tinteiro. Começou a fabricar e vender nos EUA ainda antes da Waterman. Mas parou um LOOOOONGO tempo e só retomou a fabricação de canetas tinteiro no início da década de 80.

Nenhuma caneta deles hoje, nem esfero, nem tinteiro são mais fabricadas nos EUA. Atualmente, todos os produtos Cross vêm da China (pra mim isso não chega a ser problema).

Entendo que eles não se atualizaram entretanto. Produto pouco criativo, tecnologia fraca. Enquanto todos os fabricantes do mundo aderiram ao melhor material que existe para canetas metálicas, o aço inoxidável, a Cross continua teimando com latão cromado.

O modelo Century (aquelas fininhas que você se referiu) continua firme, mas eles não têm mais o domínio de mercado que tiveram na década de 70...

Em tempo: Para quem gosta do espírito "in house", a AT Cross não é mais uma fabricante. Eles apenas montam canetas. As penas deles, são fabricadas pela Schmidt da Alemanha...