Sim, depois do co-axial já apareceram diversos escapamentos novos, todos completamente diferentes do escapamento de âncora. O Direct Impulse da Audemars Piguet é um exemplo, e o Dual Ulysse da Ulysse Nardin é outro (há mais exemplos).
Mas tem aquela coisa: apesar de ambos já serem realidade, e estarem equipando relógios a venda no mercado, sua produção é limitadíssima, pois os relógios são bem caros, então é improvável que venham a substituir o escapamento de âncora dentro das próprias marcas, quanto mais na indústria relojoeira inteira.
Assim, a meu ver, acho muito difícil que um dia o escapamento de âncora deixe de existir, pois toda a indústria está moldada à sua volta, e ao mesmo tempo não há uma forte razão para essa mudança.
Penso que os únicos motivos para que se desenvolva um novo escapamento são: a) cobrar mais dos consumidores; b) aumentar a precisão; c) aumentar a robustez.
Para cobrar mais dos consumidores um novo escapamento não é o melhor dos argumentos, pois só uns poucos aficcionados hard core dão valor pra isso.
Para aumentar a precisão ou a robustez, melhor partir pros quartzo logo, ou então será um esforço individual, como os escapamentos acima ilustrados.
Aí eu pergunto: pra que mudar o que já está funcionando tão bem?
Um abraço,
Igor