Mensagens

Vi um cara dizer uma coisa genial: está tudo em promoção no Aliexpress - pague dois e leve um.

Abs.,

Adriano

Eu tinha 3 relógios na wishlist do Aliexpress e desisti de 2 por causa do novo valor, que praticamente dobrou. Um deles, por alguma razão, ainda era oferecido em uma loja sem a "remessa conforme" e aí pedi ele.

Mas os outros procurei em todas as lojas e todas estão já com impostos.

Ou seja, acabou a brincadeira.

Abs.,

Adriano

Para estar parado em São José dos Pinhais é indicativo de que seja algo com a Receita Federal, e não algo com a logística. Extravio de Fedex é raríssimo e se acontecesse, poderia ser em qualquer etapa do percurso. Mas para estacionar aí, tem cara de fiscalização. Podem ter "descaracterizado" o regime expresso e  talvez façam pedido de apresentação de documentos, comprovação de valores, etc.

Recomendo ligar para a Fedex e tratar com alguém por telefone para eventualmente ter detalhes melhores e mais rapidamente.

Abs.,

Adriano

Obrigado amigos! Obrigado Flávio pela moral e divulgação!

Logo terei cópias físicas disponíveis aqui no Brasil, provavelmente com capa dura também. Como o Brasil ainda está no século XIV, é mil vezes mais fácil, rápido e viável publicar tudo lá fora.

Esse é um projeto que na verdade tem mais de 10 anos, mas que só agora pôde se concretizar. Inclusive o glossário nem é a obra principal: é um "spin-off" da obra principal que espero conseguir publicar até o fim do ano (já que adquiri uma boa tarimba fazendo absolutamente tudo sozinho).

Eu particularmente acho a versão ebook do glossário muito vantajosa pela mesma razão que o Igor mencionou, pois afinal é um livro de pesquisa (inclusive para mim mesmo).

Assim que eu tiver novidades sobre as opções físicas aqui no Brasil, informarei.

Tenho ainda o projeto de pelo menos mais 2 ou 3 livros. Todos eles terão versão em inglês.

Abraços e obrigado a todos!

Adriano

Como assim descobrir o ângulo do relógio que está testando, não entendi... Afinal, os ângulos de trabalho são questão de projeto. Como saber o ângulo sem ter a informação técnica do fabricante? Como se dá isso na prática?

Vamos por partes. Questão de projeto sim, mas ele continua sendo teórico. Qualquer alteração que você fizer em penetração, batentes e etc., você estará alterando um dos ângulos fundamentais do escapamento, e fatalmente alterará o ângulo de levantamento, que nada mais é que a somatória de vários deles. Claro, alterará um caralhésimo de fração de ângulo, mas alterará. Bem menos que um grau, e que certamente não fará diferença nenhuma na leitura do aparelho. Então ele é questão de projeto, mas é teórico.

Agora, se você vai revisar um relógio de bolso de 1912. Onde você vai encontrar o ângulo dele? Em lugar nenhum. Chutar um ângulo não é inteligente. Ignorar a leitura de amplitude não é profissional. Então você descobre ele.

Não sei se vou conseguir explicar em palavras, pois é muito visual. Mas vou tentar. Com o relógio parado, você faz uma marcação no balanço (ou duas, em posições exatamente opostas, ou seja 180 graus entre elas), como um risquinho, com caneta daquelas de marcar CD, em um lugar conveniente (que depois você remove com um pincel fino e álcool). Começa a dar corda lentamente, e com uma lupa observe até os risquinhos, com o movimento de vai e vem, começarem a parar sempre no mesmo lugar. Você vai ter essa impressão quando o risquinho parecer "piscar" sempre na mesma posição nos dois sentidos de giro. Isso significa que ele está girando exatamente 180 graus para cada lado. Se a amplitude for maior ou menor que exatamente isso, o risquinho não coincidirá. Feito isso, você coloca no cronocomparador e começa a buscar os ângulos de levantamento até que ele mostre 180 graus. Pronto, você descobriu o ângulo de levantamento de QUALQUER calibre na face da Terra.

Por isso essa tabela, para ser sincero, ajuda, pois poupa tempo. Mas não é tããão essencial assim.


Abs.,

Adriano

Na "verdade verdadeira", a tabela é uma praticidade, para poupar tempo. Mas é perfeitamente possível sobreviver sem ela, bastando descobrir qual o ângulo do relógio que está testando (caso não encontre em tabela alguma).

Abs.,

Adriano

Opa, Adriano! O pessoal não costuma reformar com tinta de rádio, então? hahaha, bom saber, muito obrigado!

Só mais uma coisa: o que é "verdão Sarica"? Eu não sou do meio, não sei se é piada interna... 

Pelo que pude notar, ele não brilha no escuro como deveria, só quando ligo a lanterna do celular e aproximo do relógio, e a luz não dura mais que alguns segundos.

Sim! É um tipo de piada interna, entre colecionadores "das antigas" e relojoeiros. Sarica era uma empresa que fazia reforma de mostradores e costumavam usar um material luminoso que tinha uma coloração esverdeada um pouco intensa demais, normalmente destoando de tudo, inclusive de qualquer material luminoso originalmente usado por qualquer marca. Era tão notável que quase todo mundo se refere a ele como o tal "verde Sarica", rsrsrs

Mas pode ficar tranquilo que não é radioativo. É só meio feio mesmo, e pouco eficiente.

Abs.,

Adriano

Toda cara de que já foi reformado e está com o famoso luminoso "verdão Sarica". Pode ficar tranquilo.

Ou não... Capaz do rádio ser menos nocivo que o "verdão Sarica". 

Brincadeira ein? Não precisam me cancelar por isso.

Abs.,

Adriano

"Okay okay okay", baixou o Nelson Rubens no patrão.

Essa aí é a história resumida ainda. Teve mais coisa, tipo o Jaquet até tarde da noite no escritório dele quando passaram una caras de carro metendo bala na janela dele, e também pegou um cano e meteu bala nos caras... Tipo Carapicuiba, mas em La Chaux-de-Fonds.

Patrão, conta também o bafão dos Frank Muller falsos feitos por ela mesma (com ajuda do Jaquet). As milhares de máquinas russas e chinesas compradas por ela mesma para mera "análise" da concorrência...

Abs.,

Adriano

Outra coisa Adriano: considerando a proliferação de casebacks transparentes, vocês se aproveitam disso para olhar se os mancais ainda tem óleo ou mesmo as contra-pedras, sem precisar abrir os relógios?

Depende muito da máquina, o quanto dela é exposta... Contra pedra até para ver, mas não significa muita coisa... Uma contra pedra bem lubrificada é um dos últimos pontos a arregar a lubrificação, e a idéia dela é justamente essa. A condição dela não serve muito de parâmetro, ou melhor, ela estar boa não revela nada sobre os outros pontos de lubrificação. Por outro lado, se até ela estiver seca, nem precisa olhar o resto...

Mas muitos não dá por exemplo para avaliar bem lubrificação do escapamento. Nem da rodagem. Um 2824, 2892 mesmo, sem remover a ponte do automático, não dá para ver nenhum rubi da rodagem e nem avaliar o escape.

Para mim pelo menos não revela muita coisa.

Abs.,

Adriano

Eu não tive esse modelo, mas tenho alguma experiência com relógios em bronze e a aparência é totalmente uma questão de gosto pessoal. Além disso, a formação da pátina é bem aleatória e a velocidade e intensidade que ela se forma também.

Os relógios, quando novos, não tem pátina nenhuma ou ela é muito discreta, resultado do manuseio na loja.

Contato com a água salgada acelera muito o processo e forma uma pátina mais intensa, criando até aquelas crostas verdes. Para quem gosta de um meio termo, em que a caixa fica bem escurecida mas sem ficar verde, recomendo de vez em quando lavar o relógio, principalmente depois de transpirar muito. Manter ele limpo é uma boa para manter ele bonito mas sem crostas. É como eu prefiro e como fiz no relógio que tive (Steeldive).

Abs.,

Adriano

Adriano
Boa tarde
A simples aferição da amplitude rápida na assistência é capaz de sugerir tal problema? Ou é necessária obrigatoriamente inspeção visual?
Abracos
Alexandre


Enviado do meu iPhone usando Tapatalk Pro

O problema é que queda de amplitude pode ser causada por um zilhão de problemas, isolados ou agindo em cascata.  A deterioração da lubrificação em partes de baixa pressão a alta velocidade - como no escape - causa queda de amplitude mais notável do que quando isso ocorre em peças de alta pressão e baixa velocidade, por isso dá para dizer que a queda de amplitude DENTRO DE UM CONTEXTO de um relógio moderno, que já esteve bom, que não sofreu abusos, impactos, que não está magnetizado, é um sugestivo de deterioração de lubrificação do escapamento.

Mas para um diagnóstico preciso, considero a inspeção visual imprescindível. Eu pelo menos gosto de me utilizar de todas as informações que estiverem disponíveis para tecer um diagnóstico. Fazendo uma analogia boba, gosto de cruzar os dados do exame clínico com os exames laboratoriais, e ainda colocá-los no contexto do paciente, como idade, hábitos, doenças pré-existentes... 

Abs.,

Adriano

Ah, e tem homage de Fifty Fathoms da Steeldive, que já tive 3, muito bem feitos. Tem também da Hruoland, que remete aos mais modernos, e tem o da Rdunae que remete ao Tornek-Rayvillle.

Tenho um Rdunae desse.

Abs.,

Adriano

Sim, Moonswatch são blindados. E equipados basicamente com uma G10. Que também é blindada. E apesar de ser uma máquina "descartável", no sentido de que não se dá manutenção, ela não é uma máquina ruim. Nunca foi. Ela serve muito bem ao seu custo e ao propósito que se propõe. Tá cheio de Irony Chrono dos anos 1990 funcionando por aí com a máquina original.

E nesse sentido, o mecanismo Sistem 51 também é descartável. E por mais que seja impossível comparar ele com uma G10 em qualquer sentido, ainda "sinto" que uma G10 ainda é em termos gerais uma máquina de melhor qualidade que uma Sistem 51. Me parece mais fiável e durável.

E eu não sei absolutamente nada sobre o novo colab. Mas desconfio que seja blindado também. Ainda que em um vídeo tenha aparecido a montagem com um fundo que parecia ser de pressão (o desenho com os recessos para receber uma ferramenta de abertura de fundos de rosca parecr ser decorativo, apenas para remeter aos Blancpain).

Abs.,

Adriano

Se for Swatch, troca o relógio, quando dentro da garantia. Fora dela, gaveta...

Se for Tissot, troca a máquina, dentro ou fora da garantia. Com custo, quando fora, obviamente.

Outra coisa: a não ser que seja feito um bom trabalho na hora da venda, vai ter caboclo devolvendo esses relógios reclamando que não conseguem dar corda... Mas é porquw a corda deles é ao contrário, girando a coroa para trás. Anotem aí também...

Abs.,

Adriano

Mas um adendo aqui ao meu próprio comentário: achei legal a IDEIA de usarem um mecanismo automático. Pois na prática, nem se compara a qualidade dos mecanismos a quartzo usados pela Swatch (basicamente, uma ETA G10) com esses Sistem 51.

Anotem aí: quem acompanhar, vai ver a quantidade de reclamações que aparecerão quanto ao funcionamento geral e a precisão desses mecanismos. O público alvo desses relógios não está preparado para isso...

Abs.,

Adriano

Achei bem legal, tal como o Moonswatch. Ainda mais que fizeram automáticos. Uma boa sacada para alavancar a Blancpain, que convenhamos, é um relógio que derrete de preço no mercado, mesmo os Fifty Fathoms. Eu particularmente prefiro um homage. Tem um monte aí, de aço, com safira, resistente a 200 ou 300 metros, com mecanismo muito melhor... por esse preço ou menos. Mas cadum, cadum.

De novo, todo mundo vai falar mal e comprar no final.

Abs.,

Adriano

E tão pedindo quanto no BB?

Abs.,

Adriano

Tudo que é de baixo valor estou abandonando tudo. Só para tumultuar os galpões da Receita.

Porcarias tipo película para tela de celular, que paguei 30 reais e estão cobrando 50 de imposto. Vai ficar mofando lá. Pago 30 conto de novo para o chinês com o risco de perder de novo. E pago mais 10 vezes. Mas não pago imposto sobre uma bosta dessa. Isso não é imposto, é confisco.

Abs.,

Adriano

Pois é bicho. Estou lendo um livro super técnico sobre relojoaria, o The Science of Clocks and Watches, do Rawlings, coisa de 1948, e ele deixa no ar que, conquanto no relógio de pedestal o escape de âncora e dead beat precisem de lubrificação, ele acredita que num relógio de pulso, pelas diminutas forças envolvidas, a impressão que se tem é que tudo poderia funcionar não lubrificado que talvez não tivesse problema algum... Diz ele que parece mais uma convenção da tradição do que necessidade mesmo, muito embora ele não desenvolva o assunto.

Enviado de meu SM-A528B usando o Tapatalk

Na verdade sim, nos pontos de maior velocidade/menor pressão, o risco de desgaste é muuuuuito menor. Tanto que há pontos em que a prática recomenda não lubrificar, pois o óleo vai criar mais resistência. Tipo pivôs de âncora, acumuladores de minutos dos cronos... Aquilo funciona a seco a vida toda e nunca vi um eixo desse gasto.

É fato que o maior índice de desgastes recai nos pontos de maior pressão, não nos de maior velocidade.

Abs.,

Adriano